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Resenha: Sweet – “Full Circle” (2024)

“Full Circle” é o décimo sexto full lenght da carreira da banda britânica de Hard/Glam Rock, Sweet, o sétimo desde que a mesma assumiu sua nova encarnação. Atualmente, além do baixista/vocalista Andy Scott, único membro remanescente da formação clássica, Paul Manzi (vocal), Lee Small (baixo), Tom Cory (guitarrista) e Adam Booth (bateria) compõe o line-up do Sweet. “Full Circle” chegou, oficialmente, no dia 20/9/2024 pela Sony Music, portanto, quase quatro anos após “Isolation Boulevard”, disco que deu nova roupagem a alguns dos seus principais clássicos. Até 2020, coexistiam dois Sweets, Steve Priest’s Sweet e Andy Scott’s Sweet, até que o vocalista/baixista Steve Priest falecera em 4 de junho de 2020. O vocalista Brian Connolly já havia falecido em 1997, enquanto o baterista Mick Tucker morreu cinco anos depois. Em suma, Scott é o único membro original do Sweet que ainda permanece vivo.

   

E fundamental que digamos que quem espera de “Full Circle” algo como “Desolation Boulevard”, “Sweet Funny Adams”, “Give Us a Wink” ou “Off the Record” pode e, certamente, vai se decepcionar. Isso não quer dizer que não haja nada da sonoridade clássica da banda no disco, pois há bastante, inclusive. Mas, por outro lado, há uma mescla com elementos que remetem ao Arena Rock (AOR), só para deixar clara a descrição, se assemelhando com bandas como Journey e Foreigner. Não há mal algum nisso, já que a obra é plena de bons e excelentes momentos, dos quais falaremos a seguir.

Sweet-Full-Circle-Tour-promo-copy

A vida é realmente um circo

Assim que os primeiros riffs de “Circus” começam a soar, todo receio que tínhamos de como o novo time do Sweet gravaria material inédito após longos doze anos se acaba. Trata-se de uma canção divertida, a qual a mente é capaz de assimilar logo depois de algumas audições. Em seguida, temos “Don’t Bring Me Water”, que foi single e ganhou um versão em videoclipe. Essa música tem, ao mesmo tempo, a atmosfera de uma balada e um refrão de Hard Rock festivo. Ou seja, não existe a menor possibilidade de não nos deixar empolgados.

Já “Burning Like A Falling Star”, por sua vez, tem uma veia Hard intensa e, além disso, soma de maneira fantástica as vozes de Paul Manzi, Lee Small e Tom Cory na parte do refrão. “Changes” é a qual mais nos faz lembrar da antiga sonoridade do Sweet, já que Scott assume o vocal principal, deixando um prazeroso clima de saudosimo pairando no ar.

Paul Manzi / The Sweet / Photo by: Bruno Poiret

“Full Circle, somando ótimos momentos entre AOR e Hard Rock

Como comentamos a princípio, o disco tem alguns elementos que rementem ao AOR e talvez “Everything” seja a canção na qual essa característica seja mais explícita. Mesmo assim, estamos um momento excepcional dentro da audição, já que ela é uma balada maravilhosa daquelas comuns desse movimento musical. Em contrapartida, “Destination Hannover” é a faixa que soa mais pesada dentro do “Full Circle”, sendo também uma de nossas favoritas de sua track list. Logo após, a balada “Rising Up” fomenta mais um momento AOR durante a audição e muito bom, diga-se de passagem.

   

O hard riff de “Fire In My Heart” nos coloca, por quase quatro minuto, dentro do universo Hard Rock da década de 80, pois é exatamente assim que nos sentimos a ouvindo.

A absoluta trinca final de “Full Circle”

Em mais um momento balada, Paul Manzi prova o porquê de ser o cara certo para representar todo o legado de Brian Connolly, embora suas características vocais sejam diferentes. “Defender” e “Coming Home” são daquelas canções que têm refrãos grudentos e irresistíveis, com solos de guitarras igualmente sedutores. Entretanto, o melhor momento do registro ainda está por vir.

Sweet / Reprodução

A faixa título do décimo sexto full lenght da carreira do Sweet, “Full Circle”, também é a responsável por seu encerramento. Aqui temos não somente a melhor música do álbum em questão como também umas das melhores desde que a banda iniciou sua discografia. Um híbrido de Prog, Classic e Hard Rock que só não faz a cabeça de quem, decerto, morreu por dentro e não se deu conta desse fato.

Resumindo, quem achava que o Sweet não teria mais nada a apresentar aos seus fãs, estava terminantemente equivocado e, dessa forma, deve ouvir o disco na íntegra, com bastante atenção, para confirmar o quão errado estava.

Nota 9,0

   

Integrantes:

  • Andy Scott (vocal e guitarra)
  • Paul Manzi (vocal)
  • Lee Small (baixo e vocal)
  • Tom Cory (guitarra)
  • Adam Booth (bateria)
  •    
The Sweet / Reprodução

Faixas:

  • 01.Circus
  • 02.Don’t Bring Me Water
  • 03.Burning Like A Falling Star
  • 04.Changes
  •    
  • 05.Everything
  • 06.Destination Hannover
  • 07.Rising Up
  • 08.Fire In My Heart
  • 09.Defender
  •    
  • 10.Coming Home
  • 11.Full Circle
   

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