“The Cult of the Wolf” é o primeiro full lenght da banda brasiliense de Heavy Metal, Nightwölf, que foi lançado no dia 13/10/2023, pelo selo Kill Again Records, três anos após o EP “Unleash the Beast”, que foi uma produção independente, ainda que de excelente qualidade.
Antes de falar das faixas, posso garantir, que assim como no EP “Unleash the Beast”, temos em “The Cult of the Wolf”, o Heavy Metal forjado no mais puro aço da NWOTHM e ausência de importantes ressalvas.
O início do culto
A faixa introdutória, “Lvpvs Cvltvs”, com narração gutural sombria (do baixista Guilherme de Almeida) e atmosfera macabra, funciona como ponte para a acelerada “Glory or Death”, que é uma das minhas favoritas do disco, embora a audição esteja somente no inicio. Devido a sua agressividade e pegada Speed Metal, ele entra de voadora na porta, abrindo o caminho para todas as vibrações positivas que vem doravante.
Em seguida, temos “Kill the Light”, o primeiro single do trabalho, uma canção puramente Heavy Metal tradicional, que possui explícita referência a Judas Priest 80’s e 90’s, como se fossem mescladas, de forma equilibrada, as eras Halford e Owens, com a já conhecida habilidade vocal de Jack Znake. A dupla de guitarristas, Adan Hessen e Rafael Roan, executa riffs e solos de forma, inegavelmente, magistral, superando sua performance no EP, inclusive.
O Culto do Lobo
A faixa título, “The Cult of the Wolf”, começa com um dos guitarristas esbanjando solos flamencos sensacionais, diga-se de passagem, no entanto, creio que pela razão temática, ela seja a faixa mais cadenciada da obra. Znake abusa dos seus agudos, demonstrando que consegue chegar ainda mais alto do que se imaginava anteriormente, ou pelo menos eu imaginava isso. Com aproximadamente 4 minutos de duração, seu ritmo acelera e os solos de guitarra assumem o seu papel com perfeição.
Ao contrário de sua antecessora, “Under the Sky” entra com o pé afundado no acelerador. Jack Znake segue com seus agudos capazes de estilhaçar vidraças, mantendo o que começa na faixa antecessora. Já a canção “Reign in Metal”, que ganhou versão em videoclipe, em contrapartida ao que foi a audição nas músicas antecessoras, tem uma fortíssima veia épica, inclusive me faz lembrar uma composição de outra banda nacional, “Old School Metal” do RF FORCE. “Do and Die” reassume aquele ritmo Speed Heavy inicial tão empolgante, recheada de alguns dos melhores solos de guitarra do full lenght.
Trinca final do Culto
Próximo ao fim do disco, “The Riddle of Steel” me traz, mais uma vez, Judas Priest à mente, mais precisamente na época do clássico absoluto, “Painkiller”, contudo, gostaria de deixar bem claro, que quando cito tais referências, não estou fazendo uma crítica negativa, pois não há cópia, mas tão somente clara influência. E quem não deseja se influenciar no que é bom?
Falando de “God of Iron”, eu gostaria de aproveitar a oportunidade para elogiar essa precisa cozinha formada pelo baixista Guilherme de Almeida e pelo baterista João Videira, que executam suas funções com bastante competência. Aliás, que timbre bonito que é usado nesse baixo, ele preenche todos os espaços vazios com aquele som metalizado, que eu aprecio sem moderação alguma.
Com aproximadamente sete minutos de duração, “Falling from Grace” encerra o primeiro full lenght da carreira do Nightwölf, por sinal, que elogiável trabalho pude desfrutar nessas várias audições que fiz. Assim sendo, gostaria de deixar os meus parabéns para todos os membros do quinteto, pois devem considerar esse álbum de estreia como uma de suas vitórias, simplesmente, porque ele é exatamente isso.
Indicado, principalmente, aos fãs de Heavy tradicional.
Nota: 8,9
Integrantes:
Rafael Roan (guitarra)
Adan Hessen (guitarra)
Jack Znake (vocal)
Guilherme de Almeida (baixo e vocal)
João Videira (bateria)
Faixas:
1.Lvpvs Cvltvs
2.Glory or Death
3.KIll the LIght
4.The Cult of the Wolf
5.Under the Sky
6.Reign in Metal
7.Do and Die
8.The Riddle of Steel
9.God of Iron
10.Falling from Grace
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
O nome da banda me lembra o clássico personagem de MK, Nightwolf!!!! Gostei do som dos caras, inevitável não comparar a influência nítida de Judas priest nos riffs e na voz!!!! Lembro de algumas bandas de Brasília: Dark Avenger, Valhalla, Narcose, Slug…muita coisa boa rola ali na capital do País!!!! Brasília hoje em dia é diversificada em termos de cultura, clima quente e muitas vezes esquecida pelos nossos governtantes em termos de segurança, saúde e educação…muita promessa de político que visa apenas mesmo o cargo de chefia e afins!!!! Em Brasília, tem muito metaleiro e muita banda boa, já foi considerada a capital do Rock…bons tempos de antigamente!!!! Valeu!!!!