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Resenha: Midgard – “Verdugos” (2024)

No dia 2/11/2024, enfim, o segundo full lenght da banda bauruense de Epic Doom MetaL, Midgard, “Verdugos”, viu a luz. O sucessor do debut “From Ashes…” chegou, portanto, quase vinte anos após o seu lançamento. Nesse hiato, além de muita espera por esse momento especial, muitas lutas e histórias de vidas inteiras que se encontraram em algum ponto da linha do tempo, graças ao poder indeciflável que a música é capaz de exercer sobre cada ser vivente.

   

Atualmente, Júlio Tio Chico (bateria), Omar Rezende (guitarra e vocal), F.L.Y (vocal masculino, baixo e vocal gutural), Paula Jabur Müller Demoro (vocal feminino) e Miño Manzan (teclado) formam o line-up da Midgard.

MIDGARD / Divulgação / Facebook

A sonoridade da Midgard

Desde que gravou sua primeira demo homônima em 1999, Midgard sempre trouxe em sua sonoridade uma explícita influência na escola sueca de Epic Doom Metal, na qual podemos citar Candlemass como a principal referência. Recentemente, tivemos a oportunidade de presenciar o atual quinteto se apresentando ao vivo e, aparentemente, notamos que seu estilo musical permanecia da mesma forma que era em seus primórdios.

Quando fizemos a audição do álbum “Verdugos” pela primeira vez, tivemos uma surpresa, já que notamos outros elementos sonoros que não havíamos percebido até então. O vocalista Marco F.L.Y, que também toca baixo, intercala vozes limpas e melódicas com guturais em estilo Black/Death Metal, enquanto a voz de Paula Jabur fornece mais suavidade ao contexto musical. Dessa mescla vocálica, forma-se um atmosfera de Gothic Metal, ou seja, diferentemente de outrora, podemos definir a nova banda Midgard como Epic/Gothic Doom Metal com toques de Metal extremo. Como resultado, temos um subgênero híbrido que soa sensacional aos ouvidos.

Midgard / Divulgação

As primeiras faixas de “Verdugos”

Assim que a canção de abertura, “Another Day”, inicia através de um dedilhado e solo de guitarra, presenciamos, pela primeira vez no registro, o ótimo trabalho do guitarrista Omar Resende. Além disso, destacamos o alicerce sonoro o qual proporcinam a bateria de Júlio Tio Chico e o baixo de Marco F.L.Y. Em seguida, temos a faixa “Last Sanctuary” e, pela primeira vez, observamos as mesclas vocais de F.L.Y e Paula que, inclusive, já enfatizamos na introdução dessa resenha.

   

Na continuação temos “Pearls to the Pigs”, a qual foi tema de videoclipe que a banda lançou anteriormente ao álbum completo, sendo um dos primeiros aperitivos referente a “Verdugos”. A fim de acelerar um pouco o ritmo, temos “Midnight Rainbow”, a qual podemos classificar como Heavy Doom. Aliás, não podemos deixar de elogiar o trabalho do saudoso baterista Marco Gil* e tampouco o feeling e a interpretação vocal de Marco F.L.Y. Ora estamos ouvindo Heavy Doom ora parecemos estar ouvindo Black Metal, essa deleitosa confusão mental acontece a cada vez que o vocalista alterna a intensidade de seu timbre de voz.

“LADO B”

A segunda metade do disco inicia com a canção “Psy-Code-Hellika”, que ao contrário de sua antecessora é recheada de melancolíia, ainda assim com um alto nível musical. Já o riff inicial de “Nocturnal Storm” nos faz lembrar de Black Sabbath e Candlemass, contudo a música alterna a sua dinâmica, ganhando uma faceta um pouco mais moderna. Nessa composição em questão, não poderíamos deixar de destacar o solo de Omar Resende.

Logo depois, temos a faixa “Crying at the Party”, que é diferente de tudo o que ouvimos até esse momento da audição. Ela é a música mais Hard Rock do track list, mas sem abrir mão da veia Doom que dá as cartas do jogo. E por falar em Doom, “Silent Song” o traz de volta ao comando, ao propósito de preparar as almas e os corações dos ouvintes para o fim que está próximo. Óbvio que não estamos falando do fim do mundo, mas da derradeira faixa do segundo full lenght da discografia da Midgard.

Coube a composição “WIld Walkers” a célebre missão de encerrar “Verdugos”, segundo álbum completo da discografia do quinteto bauruense Midgard. Digamos que ela se saiu muito bem, pois manteve a qualidade que o registro trouxe desde os acordes iniciais. Certamente, sua escolha para fechar o disco foi um acerto.

Em resumo, antes de mais anda, devemos parabenizar Midgard por sua música e por toda a sua batalha no intuito de levar sua arte até as pessoas que necessitam dela. Oxalá a banda não tarde muito tempo até que nos traga novos lançamentos, pois estamos aguardando os mesmos desde agora.

   

Nota: 8,7

Integrantes:

  • Júlio Tio Chico (bateria)
  • Omar Rezende (guitarra e vocal)
  • F.L.Y (vocal masculino, baixo e vocal gutural)
  • Paula Jabur Müller Demoro (vocal feminino)
  •    
  • Miño Manzan (teclado)
  • *Marco Gil (bateria em “Midnight Rainbow”) R.I.P

Faixas:

  • 01.Another Day
  • 02.Last Sanctuary
  •    
  • 03.Pearls to the Pigs
  • 04.MIdnight Rainbow
  • 05.Psy-Code-Hellika
  • 06.Nocturnal Storm
  • 07.Crying at the Party
  •    
  • 08.Silent Song
  • 09.WIld Walkers
   

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