“Death In Pieces” é o décimo primeiro full lenght da veterana banda de Death Metal sueca, Centinex, o qual sucedeu o álbum “Doomsday Rituals” (2016).
Antes de mais nada, afirmo que se a sua praia é Death Metal old school, “Death In Pieces” é o seu disco.
A canção “Only Death Remains” abre os trabalhos, demonstrando primordialmente essa afinidade com a velha escola 90’s. Ela é pesada, rápida e direta, da mesma forma, sem firulas, nem experimentalismos.
Em seguida, “Derelict Souls” segue o mesmíssimo roteiro, pois parece que ouço algum disco da década de noventa, o qual havia me passado despercebido.
O peso permanece, enquanto a pancadaria persiste
A deleitosa simplicidade dos riffs do guitarrista Jörgen Kristensen é uma das marcas registradas da sonoridade do Centinex, ao passo que Henrik Andersson impõe respeito com seu gutural selvagem.
A canção “God Ends Here” é mais acelerada que as anteriores, porém mantendo a mesma vigorosa intensidade musical.
A bateria de Florian Rehn é o destaque da faixa “Tomb Of The Dead” e seu arranjo engrandece ainda mais o riff certeiro de Kristensen.
Ausência de solos
A ausência de solos até o momento não chega a me incomodar, sendo que isso, normalmente, me ocorreria.
“Human Torch”
Assim que uma pequena pitada de Thrash Metal impulsiona a faixa “Human Torch”, sua crueza instrumental maximiza sua brutalidade. Nem o cadenciado tema instrumental “Pieces” foi capaz de ocultar essa agressividade.
Logo após, “Cauterized” reutiliza com sucesso a pegada, a qual iniciou o disco. O baixista Martin Schulman, em grande parte dos momentos, dobra os riffs de guitarra, intensificando o peso dos mesmos.
O riff mais poderoso do álbum, “Beyond The Dark”, reina majestoso e triunfante, ao mesmo tempo que faz a sua música soar brutal. Essa canção é minha favorita desde que fiz a minha primeira audição.
“Sacrifice”, certamente, introduz como se fosse parte de um ritual de sangue. A voz de Andersson vai além de seus guturais, liberando gritos mais agudos nos refrãos de uma única palavra, “Sacrifice”.
O disco encerra com a canção “Skin Turning Grey”, com riffs demolidores, peso e velocidade. A ausência de solos na sonoridade é confirmada e, por incrível que pareça, isso realmente não me incomoda no caso específico desse disco.
As canções ficariam melhores com os solos?
Sim, certamente, eles são fundamentais no Metal. Porém, a ausência deles não é comprometedora nessa obra em questão.
Nota: 8,6
Integrantes:
- Jörgen Kristensen (guitarra)
- Henrik Andersson (vocal )
- Florian Rehn (bateria)
- Martin Schulman (baixo)
Faixas:
- 1.Only Death Remains
- 2.Derelict Souls
- 3.God Ends Here
- 4.Tomb Of The Dead
- 5.Human Torch
- 6.Pieces
- 7.Cauterized
- 8.Beyond The Dark
- 9.Sacrifice
- 10.Skin Turning Grey
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz