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Resenha: Catacomb – “When The Stars Are Right” (2023)

“When The Stars Are Right” é o debut da banda francesa de Death Metal, Catacomb.

   

Fundada em 1990, na cidade de Toulon/França, a banda de Death Metal, Catacomb, tinha em sua história, antes de 2023, dois EPs oficiais, “We Shal Inherit”, lançado em 2001, e “Back To Unknown Kadath”, que saiu no ano passado, 2022. No entanto, no último dia 23 de março, pela Xtreem Music, saiu o seu primeiro full lenght, “When the Stars Are Right”, encerrando uma espera de 33 anos.

Dois dos integrantes remanescentes da formação original, o guitarrista Tony (Anthony Derycke) e o vocalista/baixista Ben Bussy (Benjamin Bussy), trouxeram a bagagem de todo o legado do Catacomb para esse debut histórico, acompanhados pelo baterista Bress (Nicolas Ferrero) assim como o outro guitarrista, Ronan Kermarec.

CATACOMB / Divulgação / Facebook

Feitas as apresentações necessárias, é hora de embarcar em mais um excelente disco de Metal extremo nascido em 2023.

FAIXAS

“The King of Edom” abre a avalanche sonora, mesclando peso brutal a uma atmosfera sombria. Há uma pitada de Blackened Death nessa receita, misturada de forma homogênea a muito Death old school. Os solos e os riffs de guitarra já me deixam boquiaberto nessa canção. Imagino então o que vem depois.

“Ruler This World” permanece a unir o antes e o depois, o passado e o futuro, do Metal da Morte que conhecemos em suas versões que vão além dos limites do que determinamos como Metal extremo. “Servants of the Old Ones” exala referências em Behemoth, Deicide e Morbid Angel. Com influências desse calibre, composições bem elaboradas e músicos competentes, não há mínima possibilidade da obra dar errado.

Ao revés, o produto de toda essa loucura aglutinada só pode ser magnífico e exatamente o que pode ser constatado através de cada nova audição.

“Waiting For The Stars”

Em “Waiting For The Stars”, gostaria de destacar os guturais nítidos e bem construídos, executados por Ben Bussy, que também manda bem nas quatro cordas.

A presença de duas guitarras não eliminou os riffs em bordão e os mesmos contrastam brilhantemente com arranjos mais complexos na construção das composições.

“The Great Dreamer” flerta ao mesmo tempo com Brutal e Technical Death, sem deixar de lado a veia da velha escola tão presente durante os mais de quarenta minutos de duração do registro. Os solos de guitarra “a la Slayer” compõe o ingrediente secreto que dá gosto refinado ao prato principal.

CATACOMB / Divulgação / Instagram / Facebook

“Black Goat”

“Black Goat” soa discretamente mais moderna, pois há presença em alguns trechos curtos de guitarras mais limpas, dando a impressão que ela iria convergir para algo mais Melodic Death, todavia isso não acontece e a violência sonora parece mais intensa a cada novo segundo, atenuada somente pela melodia dos solos de guitarra.

   

“In the Blasphemous Name”, em seguida, chega como se fosse continuação de sua antecessora, mesmo não sendo, evidentemente.

Talvez, essa impressão se deva ao fato das duas canções seguirem fórmulas semelhantes, deixando claro que ambas funcionaram muito bem na ordem que estão na tracklist.

Em“Crawling Chaos”, o ritmo acelera. Mas, há um toque de modernidade que em nada incomoda, fomentado por uma guitarra que permanece executando arranjos cadenciados contrapondo a velocidade da faixa. Em contrapartida, a ferocidade sonora atinge níveis superiores, castigando audições sensíveis.

“Blind Idiot God”, mais uma vez, conduz meus pensamentos ao trio de nomes consagrados do Death , Behemoth, Deicide e Morbid Angel. Não posso afirmar certeiramente que o Catacomb tenha essas influências, ainda que essa seja a minha leitura sobre seu estilo de Death Metal.

CATACOMB / Reprodução / Facebook

O debut do Catacomb encerra, enfim, com o cover da canção da banda americana Morbid Angel, Chapel of Ghouls, a qual abre o lado B de seu disco de estreia, “Altar Of Madness”, lançado em 1989, clássico absoluto do Metal da Morte. A versão ficou excelente e capaz de agradar a qualquer fã mais exigente do quarteto de Tampa/FL.

Sobre a parte lírica:

Após observar Cthullu na arte da capa e ler títulos de composições como “The Kings of Edom”, “Servants of the Old Ones”, “The Great Dreamer”, assim como o título “When The Stars Are Right”, não é preciso ser nenhum gênio para perceber que estamos falando de uma temática totalmente baseada na obra do mestre do horror cósmico, HP Lovecraft. E isto obviamente dá um charme a mais ao trabalho, já que em diversos momentos os músicos se utilizam de climatizações e/ou ambientações onde qualquer leitor que conheça a obra de Lovecraft se sentirá em casa.

Sobre o Catacomb:

Temos pouco conhecimento para entender o porquê o primeiro full lenght do Catacomb tardou tanto a sair, mas o que realmente nos interessa e isso é o que pode ser afirmado com toda a absoluta certeza é que “When the Stars Are Right” está entre os melhores discos de Death lançados em 2023, tendo todas as condições para frequentar o TOP 10 desse subgênero, mesmo com a concorrência de peso que irá enfrentar nas votações do ano corrente!

«Félicitations, Catacomb, pour l’excellent premier album sorti. Nous attendons avec impatience un autre enregistrement dès que possible.»

Nota: 9,0

Integrantes:

  • Tony (guitarra)
  • Ben Bussy (vocal, baixo)

Músicos Adicionais:

  • Bress (bateria)
  • Ronan Kermarec (guitarra)

Faixas:

  • 1.The Kings Of Edom
  • 2.Ruler of This World
  • 3.Servants of the Old Ones
  • 4.Waiting for the Stars
  • 5.The Great Dreamer
  • 6.Black Goat
  • 7.In the Blasphemous Name
  • 8.Crawling Chaos
  • 9.Blind Idiot God
  • 10.Chapel of Ghouls (Morbid Angel cover)

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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