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Resenha: Anubis – “Dark Paradise” (2024)

“Dark Paradise” é o primeiro full lenght da banda californiana de Power/Thrash Metal, Anubis, o qual foi lançado no dia 23/2/2024, pelo selo M-Theory Audio. O debut do Anubis saiu, portanto, seis anos após a sua fundação na cidade de Los Angeles/CA, no ano de 2018. Nesse hiato, o quinteto disponibilizou quatro EPs, “Ashes” (2019), “Anubis” (2020), “Hurricane of Hate” (2020) e “Eternal Youth, Eternal Night” (2022).

   

Atualmente, Anubis conta com o seguinte line-up: Will Buckley (baixo), Paul Gehlhar (bateria), Devin Reiche (vocal), Justin Escamilla (guitarra) e Eleazar Llerenas (guitarra).

Power Thrash

Embora pouca gente se atente ao híbrido Power/Thrash, temos aqui uma das mesclas mais fantásticas entre os subgêneros de Metal. Pois, nessa receita, se unem dois ingredientes que na grande maioria das vez são divergentes: a violência sonora do Thrash e a abundância melódica do Power. No entanto, essa união, na maior parte do tempo, acontece de maneira tão homogênea que nem nos damos conta que se trata de uma mistura de estilos que forma um único.

Violência sonora e abundância melódica desde o princípio

Assim que os primeiros segundos de “Venom and the Viper’s Kiss” vêm a luz, fica evidente a grandiosidade do trabalho do vocalista Devin Reiche. Além disso, é possível contemplar a precisa performance do baterista Paul Gehlhar, a qual oferece as canções o que elas necessitam com exatidão, juntamente com o baixista Will Buckley. A dupla de guitarristas, Justin Escamilla (base) e Eleazar Llerenas (solo), igualmente, oferecem riffs e solos que contribuem para a agradável sonoridade do Anubis. Como resultado, esse time pefeito faz com que tudo funcione na parte musical.

Singles

Em seguida, vem a composição “Heartless”, que foi um dos singles de adiantamento do álbum “Dark Paradise”. Eu até poderia dizer essa faixa tem o meu refrão preferido desse disco, mas essa impressão muda a cada audição que faço, já que o registro é pleno de refrãos acima da média. Em alguns momentos, o estilo do Anubis me faz lembrar do que já escutei do Iced Earth, mas em outros, eles me lembram, discretamente, Savage Blood, uma banda alemã que também abraça o Power/Thrash com louvor.

   

O outro single, “Priestess of Dark Paradise”, que faz menção ao título do full lenght, é levemente mais cadenciado que sua antecessoras, porém é tão avassalador quanto as mesmas. Em suma, temos um trinca inicial a qual não cabem críticas negativas.

ANUBIS / Reprodução / Facebook

Melodia é a lei

A canção “Fallen” começa lenta, com dedilhado e uma divina interpretação vocal de Reiche, mas a velocidade e o peso invadem poucos segundo depois. Temos aqui, também, um maravilhoso solo de Llerenas, assim como uma linha de baixo incrível de Buckley. Na sequência temos a regração da faixa “Devour”, a qual, originalmente, faz parte do EP “Ashes”, primeiro registro oficial da discografia do Anubis. Ela é, indubitavelmente, a canção mais agressiva do disco, inclusive alternando vocais guturais, fato que a torna ímpar no contexto da obra. Já “The Uncreated” inicia com uma breve narração inicial, se tornando, logo depois, uma dos melhores momentos da audição, com uma explícita influência em Iced Earth.

Enfim, chegou a hora da versão da música da icônica banda americana Death, “Symbolic”, que batizou um álbum do mesmo nome, que introduz com um riff “a la Iommi”, contando com um show de interpretação e feeling do frontman. Ainda que a voz de Reiche tenha o Power Metal como característica, em “Symbolic”, ela parece soar Thrash Metal do início ao fim, devido ao nível de agressividade que ele a impõe.

ANUBIS / Divulgação / Metal Archives

Parte Final

Ao contrário da faixa que a antecede, “Strife” volta a assumir a pegada Power/Thrash usada a princípio, com o adendo de alguns guturais como back vocals e que dão a ela um pitada necessária de peso. Ela é, portanto, a minha favorita do disco.

A fim de encerrar “Dark Paradise”, “Thy Frozen Throne” é o que chamamos aqui no Brasil de Power Metal “melodicuzinho” ou Power Metal de videogame. Na maioria das vezes, eu correria para as colinas para fugir de uma música desse tipo, mas, no caso do Anubis, que fez um disco de incontestável qualidade, até dessa música eu gostei.

   

Congratulations, Anubis!

Nota: 9,2

Integrantes:

  • Will Buckley (baixo)
  • Paul Gehlhar (bateria)
  • Devin Reiche (vocal)
  •    
  • Justin Escamilla (guitarra)
  • Eleazar Llerenas (guitarra)

Faixas:

  • 1.Venom and the Viper’s Kiss
  • 2.Heartless
  •    
  • 3.Priestess of Dark Paradise
  • 4.Fallen
  • 5.Devour
  • 6.The Uncreated
  • 7.Symbolic (Death cover)
  •    
  • 8.Strife
  • 9.Thy Frozen Throne

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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