“End Of The Line” é o segundo full lenght da banda de Heavy Metal indiana, Against Evil, o qual foi lançado no dia 14 de maio pelo selo Doc Gator Records, sendo o sucessor do debut “All Hail The King” de 2018, que também tive o prazer de resenhar aqui no Mundo Metal.
Palavras me faltam para expressar a imensa alegria que senti ao receber esse material, pois pude constatar a enorme evolução da musicalidade do quarteto indiano nesses três anos que separam um registro do outro.
Siri, Shasank, Noble e Sravan já mais do que provaram que não brincam em serviço, levando o Heavy Metal a sério, conduzindo-o com a alma da banda.
Discografia
Para mim o Against Evil deixou de ser uma promessa, passando a ser efetiva realidade no mundo do Heavy tradicional. As produções do EP, “Frontal Assault”, e do debut, “All Hail The King” foram bastante superadas por “End Of Line” e essa minha afirmação, indubitavelmente, pode ser constatada após a audição do disco.

“The Sound Of Violence”
O álbum abre com a avassaladora “The Sound Of Violence”, a qual foi single e tema de vídeo clipe, lançado antecipadamente ao álbum.
Quando escutei esses riffs pela primeira vez, eu pirei. Eles têm o peso e intensidade que deveriam servir como modelo para produções do gênero, pois são sensacionais.
Os vocais de Sravan estão com uma pitada a mais de agressividade, que os torna inigualáveis. O solo de guitarra de Shasank é fantástico.
“Speed Demon”
Em seguida, “Speed Demon”, a qual é cantada por Siri, é igual em agressividade a faixa anterior, porém é mais acelerada, flertando com o Speed/Heavy Metal. No álbum anterior, “All Hail The King”, havia uma pitada de Thrash Metal na sonoridade do Against Evil. No álbum atual essa característica está ainda mais presente, o que o torna bem mais pesado que o debut e o EP.
“Out For Blood”
Eis que quando eu acreditava que eu não poderia ficar mais impressionado, eu percebo que estava enganado. “Out For Blood”, uma das minhas favoritas do disco, conta com a participação do lendário baixista norte-americano Billy Sheehan (The Winery Dogs, Sons Of Apollo, Mr. Big, David Lee Roth’s Band, Talas, Niacin), que já faz um daqueles seus conhecidos solos esmagadores na introdução.
Além da linha brutal de baixo de Sheehan, os riffs e solos dessa música são capazes de ressuscitar até os mortos e o refrão invade, instantaneamente, o consciente e faz de lá a sua morada definitiva.
“Call To War”
“Call To War” me remete as canções épicas do “All Hail The King”, porém com o fator peso elevado à enésima potência. Ou seja, Against Evil não deixou uma única característica da sonoridade de seus registros anteriores de fora de seu mais recente lançamento, mas com adição de peso e brutalidade, que fazem a diferença.
Destaco também o trabalho do trio de cordas em “Call To War” e, antes que eu me esqueça, da performance de bateria de Noble John em todas as faixas do disco, a qual foi um dos pontos responsáveis pelo mesmo estar bem mais brutal que os anteriores.

“Sword Of Power”
A faixa título é matadora. Os vocais de Sravan mais brutais do que nunca, acompanhados por bases e solos de guitarra, os quais massacram os tímpanos das audições despreparadas. “Sword Of Power”, que é cantada por Siri, é a minha número um do disco, pois ela mistura muitas tendências da banda em uma única canção. Peso, melodia, o lado épico e uma adição irresistível de Power Metal, que a torna única no contexto da obra.
Shasank faz também o seu melhor solo nesse registro e um dos melhores já gravados por ele. Por várias vezes ao ouvir esse álbum, eu sorri sem perceber. Heavy Metal puríssimo faz bem para o meu corpo, meu espírito, assim como para minha alma.
“Metal Or Nothin”
“Metal Or Nothin” é um hino de louvor ao Heavy Metal, pois, essa música é dedicada principalmente àqueles que não encontram sentido em suas vidas sem riffs e solos pesados, os quais lhes preenchem o vazio da existência humana de cada um. Falando por mim, minha vida seria muito mais triste sem Heavy Metal. No entanto, ele é a razão de muitos dos meus sorrisos e momentos felizes. Ele é o alívio da minha alma, principalmente nessa distopia, a qual nós estamos vivendo, atualmente.
A fim de conferir o videoclipe foi construído com imagens de fãs entoando o refrão da canção, clique no link abaixo.
“Fearless”
Siri também assumiu os vocais de “Fearless”, uma das faixas mais aceleradas do disco. Seus vocais se equivalem em peso e brutalidade aos de Sravan. Muitas bandas têm dificuldade de encontrar um único vocal com técnica e agressivade ao mesmo tempo. Enquanto isso, Against Evil tem dois ótimos vocalistas. Siri e Shasank ainda promovem um curto duelo de solos de baixo e guitarra em “Fearless”.
“War Hero”
O álbum encerra com uma regravação de “War Hero”, que faz parte originalmente do EP “Fatal Assault”, primeiro registro da banda, lançado em 2015, que também tive a deleitosa oportunidade de escrever sobre aqui no Mundo Metal.
“War Hero” foi gravada quase como no EP, mas com a adição do peso da produção do “End Of Line”. A atual versão supera a do EP.

Against Evil é, inegavelmente, um dos melhores nomes do Metal indiano da atualidade. Eles se superaram do EP para o debut e se superaram ainda mais, bem mais, do debut para “End Of Ilne”. Dessa forma, esse álbum não sairá tão cedo da minha playlist e a visitará posteriormente com bastante frequência, com toda a absoluta certeza.
Aprovado e indicado para os fãs apaixonados por Heavy tradicional, assim como eu sou.
Nota: 9,3
Integrantes:
- Siri Sri (vocal e baixo)
- Shasank Venkat (guitarra)
- Noble John (bateria)
- Sravan Chakravarthi (vocal e guitarra)
Faixas:
- 1.The Sound Of Violence
- 2.Speed Demon
- 3.Out For Blood
- 4.Call To War
- 5.End Of The Line
- 6.Sword Of Power
- 7.Metal Or Nothin’
- 8.Fearless
- 9.War Hero
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz