Enquanto cedia entrevista ao canal australiano Heavy, Fredrik Åkesson, guitarrista do Opeth, comentou a respeito da musicalidade de “The Last Will And Testament”, décimo quarto full lenght da banda. De acordo com o selo Reigning Phoenix Music/Moderbolaget, a previsão atual de lançamento do registro é 22 de novembro de 2024. Sobre a sonoridade do mais novo disco, Fredrik comentou dessa forma:
“Ele lembra, ao mesmo tempo, um pouco do antigo Opeth e do Opeth mais progressivo, como nos últimos quatro álbuns, mas em uma direção mais inquieta, comprimida e também um passo à frente, eu acho. As músicas são um pouco mais curtas, mas têm mais ingredientes do que nunca. A temática tem um pouco a ver como a sociedade moderna, embora o tema do álbum se passe na década de 1920, o que aparentemente é bastante antigo. Se você ouvir ‘Blackwater Park’, certas composições são demoradas, e isso é diferente com este álbum. Há bastante ação — é um álbum cheio de ação. Há também o que é uma característica comum da música do Opeth, pois é algo meio yin-yang (luz e trevas em equilíbrio). Você tem uma seção realmente pesada, então você tem algo mais melancólico, um tipo de som florestal bonito também.”
Quando questionaram Åkesson sobre a descrição de “The Last Will And Testament” em um comunicado oficial à imprensa como o “disco mais sombrio e pesado” da discografia do Opeth em décadas. Ele disse:
“Eu adoro isso. Sim, é realmente sombrio. E esse era um dos objetivos, torná-lo realmente sombrio, mas também é, em alguns momentos, realmente bonito, eu acho. Mas o belo pode ser bonito de uma forma sombria também. Mas soa bastante maligno, sim. E nós gostamos disso.”
Opinião
Desde que Opeth lançou “Heritage”, seu segundo disco sem vocais guturais (“Damnation foi o primeiro) e, portanto, sem a parte mais extrema de sua sonoridade, houve muita expectativa sobre um possível retorno às raízes. Nesse meio tempo vieram “Pale Communion”, “Sorceress” e “In Cauda Venenum” e a música do Opeth continuou a mergulhar no total Prog. Porém, quando anunciaram “The Last Will and Testament”, o tal regresso enfim ocorreu e já no primeiro single muitos fãs pensaram que a banda retornaria plenamente aos seus primórdios. Entretanto, o segundo single já fez parecer outra coisa.
Esse depoimento que Fredrik Åkesson deu em entrevista deixou claro que há um pouco de cada uma das eras compondo a nova obra. Ou seja, tem Opeth para quem gosta de apenas uma das fases ou de ambas, tanto faz. Só nos resta aguardar o lançamento álbum completo a fim de que encontremos as respostas de todas essas questões.