John Sloman, vocalista, guitarrista e tecladista galês, cedeu entrevista ao redator do Mundo Metal, Cristiano Ruiz, falando sobre a sua história desde que gravou “Firing on All Six”, do Lone Star, sua passagem pelo Uriah Heep e Gary Moore. Além disso, falou também sobre sua carreira solo. A fim de saber mais a respeito, confira o nosso bate-papo abaixo

Questões:
Mundo Metal: em primeiro lugar, vamos falar de como tudo começou, o álbum “Firing on All Six” do Lone Star. Conte para nós, o que significa para você seu período como membro do Lone Star e, da mesma forma, ter gravado o segundo full lenght da banda?
John Sloman:
“Lone Star foi minha entrada no mundo da música. Poucos dias depois de conseguir fazer um show, fui implicado em um processo legal contra todos os membros da banda, movido por um ex-associado do novo empresário da banda. Fiz o teste junto com outro vocalista e a banda não escondeu o fato de que queria esse outro cara. Este episódio influenciou não apenas meu tempo na Lone Star, mas também meu tempo no mundo da música.”
“A banda era formada por ótimos músicos e foi emocionante tocar na frente deles quando eu mal tinha saído da adolescência.”
“Gravamos o álbum em um estúdio em Chipping Norton, Oxfordshire. Eu estive em vários estúdios até aquele momento. Mas nesse caso foi muita pressão. Dito isto, a gravação dos meus vocais foi bastante relaxada, às vezes relaxada demais, se é que você me entende.”

Mundo Metal: a pergunta agora é sobre Uriah Heep, embora consideremos “Conquest” um excelente álbum, ele não recebeu o devido reconhecimento. De acordo com a sua opinião, qual fator ou quais fatores podem haver contribuído para isso?
John Sloman:
“Não tenho ideia de por que ‘Conquest’ não foi bem recebido. Algumas pessoas colocaram a culpa em mim. Mas o álbum estava 70% completo quando entrei na banda. É estranho pensar nessas coisas que aconteceram há tanto tempo, coisas com as quais não tenho mais nenhuma ligação.”
Mundo Metal: como mencionamos anteriormente, você gravou materiais com Lone Star e Uriah Heep entre a árte final da década de 70 e início de 80. Além disso, particiou de trabalhos do U.F.O e Gary Moore. Contudo, por que sua carreira solo só começou após um longo intervalo?
John Sloman:
“Minha carreira solo começou no momento em que deixei o Uriah Heep. É que ninguém sabia disso (Rs!). Passei um ou dois anos escrevendo material. E Gary Moore foi uma ruptura nesse processo. Quatro décadas depois, ainda estou sozinho e ninguém sabe disso!”
Mundo Metal: voltando ao Uriah Heep, escolha as suas três melhores performances do álbum “Conquest”, justificando suas escolhas em seguida?
John Sloman:
“Acho que ‘No Return’ é muito boa. Eu gostei da música ‘Imagination’ do Ken, e acho que meu gosto pela música se refletiu no vocal. Uma música que achei fácil de cantar foi ‘It Ain’t Easy’ do Trevor. Foi decepcionante ver Trevor creditado pelos vocais, mas não surpreendente, dado quem estava encarregado dos créditos do álbum.
Mundo Metal: atualmente, você acaba de lançar seu novo trabalho solo, comente sobre ele:
Jonh Sloman:
“Você está se referindo ao meu novo álbum, Vaudeville? Estou feliz em vê-lo lançado depois de ter sido adiado por mais de um ano. Tal como aconteceu com os meus álbuns anteriores, eu escrevi, toquei e produzi tudo. O lançamento digital foi há algumas semanas. A versão em CD estará disponível em agosto.”
Mundo Metal: esse espaço serve para que você avalie a entrevista, fale sobre algo que não perguntamos, do mesmo modo, fique a vontade e diga o que sentir que deve dizer:
John Sloman:
“As coisas pelas quais as pessoas me conhecem aconteceram quando eu tinha vinte anos. Eu sinto que aquela era outra vida. Mas tudo acabou em 1989, quando as portas do mundo da música bateram na minha cara. Desde então gravei dez álbuns solo em completa obscuridade. Vou lançar algo novo no próximo ano. Mas além disso, não tenho planos. Para alguém como eu, não há como viver da música. É um trabalho de amor.”
Mundo Metal:
Acreditamos que muitos excelentes músicos vivem do amor a música, já que tem que trabalhar em alguma outra atividades para suprir a própria sobrevivência. Isso é triste, mas é a realidade. Ainda assim ficamos muito felizes pelo contato e por saber que continua fazendo o que você faz muito bem, que é música!
Entrevistado: John Sloman
Entrevistador: Cristiano “Big Head” Ruiz