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MUNDO METAL ENTREVISTA: FRANK GASPAROTTO (SACRIFIX)

Sacrifix, banda paulistana de Thrash Metal, através de seu vocalista/guitarrista Frank Gasparotto, cedeu entrevista ao redator do Mundo Metal, Cristiano Ruiz, falando sobre sua história e sonoridade desde que iniciou sua discografia com o single homônimo em 2020. A fim de saber mais, confira o nosso bate-papo abaixo.

   

Atualmente, o line-up da banda conta com os seguintes músicos: Frank Gasparotto (vocal e guitarra), Filipe Tonini (baixo), Fábio Moisés (bateria) e Diego Domingos (guitarra).

Sacrifix / Divulgação / Facebook

Questões:

Mundo Metal: como já mencionamos no quadro GARIMPO MUNDO METAL, Sacrifix, a princípio, contava apenas com Frank Gasparotto na voz e nos demais instrumentos. Dessa forma, podemos afirmar que a ideia inicial era somente de um projeto e não de uma banda completa?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“Fala pessoal, blz? Primeiramente muito obrigado pelo espaço! Na verdade não, o Sacrifix nunca foi pensado como um projeto, a ideia sempre foi ser uma banda
com integrantes, mesmo porque, a ideia de one man bands não combina muito com o espírito do thrash metal old school, o que aconteceu foi que,
devido as circustâncias da época, não tinha como eu juntar o pessoal pra tocar e, como eu não queria ficar esperando, resolvi assumir a bronca e fazer tudo sozinho.”

FRANKGASPAROTTO / Entrevista / MUNDO METAL ENTREVISTA / Reprodução

Mundo Metal: o debut “World Decay 19” veio a luz enquanto o mundo vivia uma pandemia que foi devastadora em muitos sentidos. Toda essa situação catastrófica chegou a inspirar as letras das canções ou tais composições já estavam prontas anteriormente?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

   

“Sim, com certeza foi uma das fontes de inspiração, não tinha como passar por esse período tão conturbado sem ser influenciado por ele, foi uma época sinistra
que na realidade ainda não acabou, a pandemia pode ter acabado, mas as consequencias dela continuam, e os eventos que se sucederam a ela estão aí, agora temos
duas ‘novas’ guerras em andamento, mas antes disso o planeta nunca esteve em paz, as guerras cívis na Africa, por exemplo, continuam acontecendo há decadas, a fome,
miséria, corrupção, tudo isso esta aí e, infelizmente, ao meu ver, só estão aumentando. Vivemos literalmente em um disco de thrash metal.”

Mundo Metal: embora a sonoridade de álbuns os full lenght caracterizem o Thrash Metal old school, como a banda avalia sua própria evolução de um lançamento para o outro?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“A evolução foi inevitável e, na realidade, de certo modo planejada, mas tudo dentro do estilo que seguimos, Thrash Metal Old School, nunca foi a ideia, e nem
será, de incorporarmos novos elementos que não estejam dentro do genero de metal que tocamos, mas, sim…com certeza procurei elevar o nível nas composições
de Killing Machine, tanto nas composições como nas harmonias e no próprio vocal.”

Shows pós-pandemia

Mundo Metal: como foram os shows de divulgação do álbum “Killing Machine”, já que o mundo voltou a funcionar normalmente, e quais são os planos futuros do agora quarteto?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“Até o momento os shows estão sendo muito bons, tanto em termos de publico como de energia, o Thrash Metal é um estilo pra ser tocado ao vivo, rola muita energia
e agressividade no ar e, é pra isso que estamos lá no palco! Decerto é uma forma de protesto contra tudo de ruim e pesado que estamos vivendo, não podemos ficar
em casa chorando acoados em um canto, acredito na agressividade construtiva. Nossos planos são: tocar ao vivo o máximo possível, compormos o próximo album e,
no próximo semestre lançarmos nosso primeiro single com essa formação.”

Mundo Metal: após a renascimento do Thrash Metal, que ocorreu no início da década de 2000, novos nomes surgiram. Assim sendo, Havok, Suicidal Angels, Warbringer e muitas outras bandas colocaram o subgênero em evidência novamente. No entanto, não em uma intensidade que possamos comparar a década de 80 e início dos anos 90. Na opinião da banda, ainda assim, o Thrash Metal pode ter uma segunda era de ouro?

   

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“Na realidade já esta acontecendo…pelo menos no Brasil, se pararmos para olhar dentro de casa temos excelentes bandas fazendo esse tipo de som: Sadistic Messiah,
Deathgeist, Evil Sense, Inferno Nuclear, Warbound e, claro Sacrifix! rsrsrs…isso pra falar somente das bandas aqui de São Paulo, temos muitas bandas aqui, pra ser sincero eu não acompanho muito as bandas de thrash de fora, no geral eu acho que elas tem um pouco de medo de sairem dos moldes “modernos” de sonoridade, atualmente
as bandas seguem uma fórmula em termos de produção, mixagem e masterização e não queremos isso. Então, sim, acredito em uma era de ouro, porém sem a grande vitrine
que tivemos nos anos dourados (80), mas com muita qualidade com certeza.”

Mundo Metal: Sepultura, Angra e Krisiun foram nomes do Metal nacional que, inegavelmente, ecoaram mundo afora. Atualmente, o que falta para surgirem novos nomes no Metal nacional que possam atingir esse mesmo patamar ou além?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“Essa é uma excelente pergunta que, sinceramente não sei responder! hahahaha…Conseguir o que esses nomes conseguiram é realmente muito difícil, são excelentes
bandas que muito trabalho conseguiram mostrar ao mundo que o Brasil pode produzir coisas muito boas. Hoje temos o Crypta e a Nervosa fazendo esse papel de forma
perfeita, sou fã das duas bandas e elas realmente merecem estar onde estão. Já no lado mais extremo, temos bandas como o Mystifier, Vulcano, Vazio entre outras que
são extremamente respeitadas lá fora.”

Mundo Metal: Há pouco tempo, entrevistamos uma banda de Black Metal francesa que nos disse que a desvalorização cambial da moeda está impossibilitando turnês internacionais, pois as tornou custosas demais. Como uma banda brasileira underground, que vive uma calammidade inflacionária, ainda é possível sonhar com uma turnê europeia, por exemplo?

Sacrifix (Frank Gasparotto):

   

“Eu tenho conhecimento de algumas bandas brasileiras que fazem tour pela Europa mas, não como a gente imagina, elas fazem tours em pequenos bares, não em festivais
em sua grande parte, mas, isso tudo por conta própria, não tem gravadora nem nada as apoiando, tiram o dinheiro do bolso e vão, mas aí, no geral, a banda se organiza
financeiramente, tira o mês de ferias no trabalho e vai! rsrsrs…o retorno é basicamente emocional, nada de grana no geral, é uma forma, mas precisa ter $$ pra se
fazer, do contrario, por que não focar aqui no BR não é? O país é enorme temos fãs de metal em todo canto.”

Mundo Metal: esse espaço serve para que você avalie a entrevista, assim como para que fale sobre algo que não perguntamos. Ou seja, fique a vontade e diga o que sentir que deve.

Sacrifix (Frank Gasparotto):

“Só temos a agradecer o espaço e as perguntas inteligentes e muito bem colocadas, quem curtir um thrash metal old school e quiser saber mais sobre o Sacrifix,
basta nos seguir nas mídias: @sacrifixofficial (instagram/facebook/youtube). Ainda no próximo mês vamos lançar o novo modelo de camisetas com a capa do album
‘Killing Machine’ então, nos procurem e LET´S THRASH !!!”

Mundo Metal:

Bom saber que haverá novidades em breve, pois as estaremos esperando. Assim que elas sairem, serão divulgadas! Longa vida ao Sacrifix!

Entrevistado: Frank Gasparotto
Entrevistador: Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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