“First Sighting” é o disco de estreia da banda americana de Heavy Metal, Blood Star.
Após a Suécia, a América é o maior nascedouro de bandas da NWOTHM, pois são incontáveis os excelentes trabalhos surgidos na terra do tio Sam.
Nascido em Salt Lake City, no ano de 2017, Blood Star lançou seu debut, “First Sighting” no último dia 21 de abril, pelo selo Shadow Kingdom Records.
O quarteto conta com a ótima frontwoman Madeline Smith, que tem em seu time o guitarrista Jamison Palmer, o baixista Noah Henley, assim como o baterista Al Lester. O line-up desenvolve uma sonoridade agradável completamente voltada ao Heavy Metal tradicional.
“All For Nothing”
“All For Nothing” abre o registro confirmando o que fora afirmado na última frase do parágrafo inicial. Destaco a voz suave, afinada e convincente da estrela do nosso quadro, Madeline Smith.
O guitarrista Jamison Palmer atua sozinho nas seis cordas, porém o som não fica vazio, graças às marcações do baixista Noah Henley, que é acompanhado de forma precisa pela bateria de Al Lester.
A minha canção favorita vem logo em seguida. “Fearless Priestless” não foge dos padrões do Heavy tradicional, porém é toda misteriosa e especial em suas estrofes e principalmente em seus convidativos refrãos. Sra.Smith manda bem demais, todavia destaco o lindíssimo solo do Sr. Palmer.
“Congelada de medo a inocência é morta / Coração preso pelas correntes do diabo / Anoitece e ela vagueia sozinha / Espírito no exílio para uma tola desamparada / De sua mente adormecida, cenas selvagens se desenrolam / À luz da lua, ela luta contra o frio / Sacerdotisa destemida / Nascida pelo sangue das estrelas / Rainha do gelo, lutando / A angústia envenena seu coração / Sangue e trovão atormentam o céu / Torre em chamas, sua carruagem segue / Parede de chamas divide a noite / Ruínas reveladas em luz âmbar quente / Do mundo que ela conheceu, apenas cinzas permanecem / Olhos fantasmas refletem de chamas ofuscantes / Sacerdotisa destemida / Nascida pelo sangue das estrelas / Rainha do gelo, lutando / Seu caminho camuflado no escuro / Sacerdotisa destemida / Adagas perfurando seu coração / Rainha do gelo, lutando / Mente assombrada dilacerada / Vítima de seu próprio engano / Ajoelhada diante de seus demônios / Alma quebrada, enterrada pela derrota / Essas cicatrizes sangrentas prometem liberdade? / Renascida da escuridão, seus demônios jazem mortos / Um flash de luz acendeu a chama / Ela pega a lâmina que derramou seu sangue/ Ela reivindica seu trono, sua traição desfeita / Sacerdotisa destemida / Nascida pelo sangue das estrelas / Rainha do Gelo, subindo / Chama eterna em seu coração / Sacerdotisa destemida / Abençoada pela luz da lua / Rainha do Gelo, subindo / Ela tomou o caminho da tola / Sacerdotisa destemida / Um lótus floresceu no escuro / Rainha do gelo, subindo / Livre para fazer um novo começo / Sacerdotisa destemida / Nascida pelo sangue das estrelas / Rainha do gelo, subindo / Chama eterna em seu coração…”
“No One Wins”
A composição “No One Wins”, que é mais acelerada que suas antecessoras, completa a primeira trinca do registro. Composição simples, porém com o espírito do Heavy Metal vivo dentro de si. Jamilson é que canta, e o faz bem, “The Observers”, seguindo de maneira perceptível o mesmo estilo de Madeline, que no minuto final, assume o vocal.
Essa faixa resgata o padrão rítmico das duas primeiras do disco. O tema instrumental “Dawn Phenomenon” relaxa os estresses e faz arrepiar. Eis uma boa quebra que serve como preparação para o restante da audição.
“Cold Moon”
Mal terminam os acordes de “Dawn To Phenomenon” e já entra a batida ritmada de “Cold Moon”.
Eu mencionei a batida, justamente, porque faço questão de mencionar o trampo competente da cozinha composta por Henley e Lester.
Não que eles não tenham feito um bom trabalho no restante do tracklist, mas se sobressaem justamente na faixa número seis.
Em “Goin Home”, Madeline grava a sua melhor performance no registro. Sua voz reúne todas as qualidades necessárias para a canção que está sendo interpretada. Seu timbre é suave, mas com uma pitada de drive e agressividade que o deixa perfeito. É, portanto, desnecessário afirmar que sua afinação é precisa. O solo de Jamison passeia do autofalante direito para o esquerdo, voltando a se dividir nos dois logo após.
Vale à pena usar o repeat!
“The waning sun is burning low
Dying in a violet glow
In the twilight the first stars come alive”“I’m going home
I’m going home”
“Wait To Die” encerra o ótimo full lenght de estreia do Blood Star com sua composição mais pesada e veloz. Guardar essa carta para a jogada final foi uma decisão inteligente da escolha do tracklist.
Sra. Smith impõe um pouco mais de agressividade através de sua voz e o resultado soa bonito demais. O baterista Al Lester mostra toda a sua competência técnica nessa derradeira canção.Essas oito músicas me deixaram com vontade de muito mais. Espero que o Blood Star não tarde a lançar seu segundo álbum, pois estou curioso desde já para conhecer o sucessor de “First Sighting”.
“Congratulations Blood Star on an excellent debut album. Congratulations Madeline Smith, you are a great singer”
Nota: 8,8
Integrantes:
- Madeline Smith (guitarra)
- Jamison Palmer (guitarra, vocal principal na faixa 4)
- Noah Henley (baixo)
- Al Lester (bateria)
Faixas:
- 1.All For Nothing
- 2.Frealess Priestess
- 3.No One Wins
- 4.The Observers
- 5.Dawn Phenomenon
- 6.Cold Moon
- 7.Goin Home
- 8.Wait To Die
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz