O icônico guitarrista alemão, Michael Schenker (UFO, Scorpions e outros), sempre demonstrou ser uma pessoa difícil de lidar e, em muitos momentos, suas atitudes e falas pareceram arrogantes ou até mesmo detestáveis.
Embora seu comportamento gere muita discussão mesmo entre seus fãs mais assíduos, é inegável o talento e aptidão para criar músicas incríveis. Outro ponto impressionante é que Schenker lança novos trabalhos com regularidade e sempre parece estar renovado tanto musicalmente como estilisticamente.
Observando tudo isso, seria fácil imaginar que o músico estivesse antenado às novas tendências de mercado no mundo da música. Talvez, ele buscasse inspiração em novos artistas e bandas. Mas ele surpreendeu a todos dizendo que simplesmente não escuta nada de música feita por outras pessoas.
Em uma nova entrevista concedida a Jorge Botas do Metal Global de Portugal, Schenker foi questionado se ele ainda mantém esta postura de não ouvir bandas novas e nem prestar atenção ao que está acontecendo no mundo do Rock.
Schenker manteve suas falas, mas explicou o que pensa a respeito:
“Sim, eu ouvia no passado. No começo, quando eu estava começando, eu era inspirado por todos os guitarristas do final dos anos 60. Mas então, quando eu tinha 15 anos eu já sabia inconscientemente que isso era algo que eu queria fazer. E quando eu tinha 18, eu tomei a decisão de ficar longe de ouvir novas músicas para me expressar. Porque quando eu ouvia os guitarristas no final dos anos 60, todos eles tinham seu próprio estilo. E era muito bom, tudo era, tipo, ‘uau, isso é ótimo. Oh, isso é realmente ótimo’. Era tudo diferente. Mas nos anos 80, tudo era igual. E isso era basicamente uma década de 70 diluída, eles simplificaram e comercializaram para ganhar dinheiro. Mas os guitarristas dos anos 70 e do final dos anos 60, era arte, eles eram artistas puros.”
Em uma entrevista anterior para a revista Classic Rock, Michael Schenker respondeu se ele ouve músicas de outras bandas ou artistas. Surpreendentemente, ele disse:
“Nunca. Eu nunca tive um toca-discos, nada. Eu só assisto ao noticiário e pronto. Ouvir música seria um veneno para mim. Preciso estar completamente vazio para criar o que preciso criar.”