Muitas perguntas sem resposta sobre o Megadeth são abordadas na autobiografia de Marty Friedman, de acordo com ele próprio.
Enquanto participava recentemente do podcast “Talk Louder”, que conta com a apresentação do veterano jornalista musical “Metal Dave” Glessner e do vocalista da banda de Hard Rock, Dangerous Toys, Jason McMaster, o ex-guitarrista do Megadeth, Marty Friedman, comentou sua próxima autobiografia, “Dreaming Japanese”, que tem lançamento previsto para 3 de dezembro pela editora Permuted Press.
Em relação ao assunto Megadeth, o guitarrista explicou:
“Eu acho que há muitas perguntas sem resposta sobre o Megadeth e há muitas perguntas sem resposta sobre o Hawaii e sobre o Cacophony. Poucas pessoas fazem as perguntas sobre o Hawaii, mas todas elas estão respondidas lá, porque eu acho que é importante, em um livro como este, realmente expor tudo sobre a pessoa — não importa qual ponto da minha carreira alguém possa estar interessado, eu acho que é importante saber tudo que te levou a esse ponto. Então, há todos os detalhes da minha primeira banda, DEUCE, e então o Hawaiian VIXEN e todas essas coisas e o CACOPHONY e, claro, o MEGADETH. Eu acho que as pessoas vão ficar genuinamente surpresas com a clareza dos detalhes sobre os tempos do MEGADETH porque não é algo sobre o qual eu tenha falado desde que deixei a banda. E as coisas sobre as quais eu falei enquanto estava na banda eram muito promocionais, falando sobre as partes de guitarra e coisas do tipo: ‘estamos em turnê por esta parte do mundo agora.’ Muitas entrevistas eram promocionais e coisas assim, mas muito raramente, se é que alguma vez — provavelmente nunca — em um nível pessoal. Então acho que as pessoas vão gostar de ler isso. E então, é claro, tudo o que aconteceu depois disso. Porque minha vida deu uma reviravolta completa depois disso, e todas as coisas japonesas. Acho que vai abrir os olhos de muitas pessoas. Mas voltando ao MEGADETH, acho que as pessoas vão realmente gostar. Acho que vai ser uma leitura muito agradável para elas, porque elas vão dizer: ‘oh, eu não sabia disso, ‘oh, eu não sabia disso também,’ Só um monte de coisas que não são comentadas e que eu realmente nunca tive a oportunidade de trazer à tona. Muitas coisas boas.”
Em seguida, Friedman continuou a valorizar o seu período como membro do Megadeth:
“Estou incrivelmente orgulhoso de todo esse tempo que fui membro do Megadeth e do que fizemos juntos. O que o MEGADETH fez pela minha carreira, foi absolutamente meu primeiro passo no mundo real da indústria musical e quão incrivelmente grato eu sou por essa oportunidade. Não há absolutamente nenhuma amargura relacionada ao MEGADETH. Não há absolutamente nenhum sentimento negativo, e nada disso. Então não há nenhum tipo de crítica; não há negatividade. Há apenas verdade. Todas as coisas são exatamente do meu ponto de vista, como aconteceu, como eu escrevi. Eu estava completamente limpo e sóbrio o tempo todo que estive na banda. Eu nem bebi uma cerveja. Quando eu tinha, tipo, 14, 15 e 16 anos, eu era um maníaco. Eu vivi três vidas usando todas as drogas, todas as bebidas, todas as festas, todas as coisas de rockstar na minha primeira banda DEUCE. Eu fiz muito disso, e houve algo que me fez parar de repente, o que é uma longa história, na qual eu entrei. Mas na época em que eu estava no MEGADETH, eu era ‘careta’ muito antes de ‘careta’ ser um termo comum. Então eu me lembro de todas essas coisas com clareza e grande apreciação.”
A fim de desmistifcar boatos que possam existir em relação ao seu relacionamento com sua ex-banda, Marty finalizou:
“As pessoas leem coisas na Internet, e eu odiaria que elas pensassem que tenho sentimentos negativos em relação àquela época, porque isso não é verdade. Algumas das minhas músicas favoritas que fiz na minha carreira foram feitas naquele período de tempo, então eu realmente gostei de descrever exatamente o processo, como toda aquela música foi criada, como foi feita, como foi gravada. Foi um processo definitivo, e esse processo foi apenas dedicado ao Megadeth. Em todos os projetos, bandas e artistas com quem trabalhei e todos os álbuns que fiz sozinho, antes e depois, o MEGADETH tinha um processo único de fazer música, e eu entrei em grandes detalhes sobre o que isso significava para mim e como funcionava para mim e todas essas coisas.”
Em sua era no Megadeth, Marty gravou cinco full lenghts: “Rust in Peace” (1990), “Countdown to Extinction” (1992), “Youthanasia” (1994), “Crypt Writings” (1997), assim como “Risk” (1999). Assim que deixou o Megadeth em 2000, ele retornou a sua carreira solo, cujo o debut foi “Dragon’s Kiss” em 1988. No último dia 17 de maio de 2024, Mary Friedman disponibilizou seu atual trabalho, “Drama”, pelo selo Frontiers Records, o décimo quarto disco de sua extensa discografia.