Tema do Madrugada Metal de hoje: Motörhead
Criamos o quadro “Madrugada Metal” para aquelas noites de insônia, para ouvirmos e batermos as cabeças até que o sono venha, porém, isso vocês já estão cansados de saber.
Já que estamos na semana especial do Motörhead no Mundo Metal, nada mais justo que dedicarmos o quadro Madrugada Metal desse fim de semana em homenagem a Lemmy e Cia Ltda. Desse modo, elegemos quatro álbuns que representam momentos importantes da história da banda londrina.
Vamos lá?
“Overkill” (1979)
Embora o início do Motörhead ocorrera com o debut homônimo, em 1977, foi com o lançamento de seu segundo full lenght, “Overkill”, que o power trio britânico começou a realmente escrever o seu nome na história da música pesada. Ainda que para mim, a faixa-título, Stay Clean, Capricorn e No Class sejam os destaques do disco, não há músicas ruins dentre suas dez canções.
Posteriormente, ainda em 1979, veio o terceiro álbum completo, “Bomber”, que também poderia rolar aqui nessa madrugada. No entanto, preferimos escolher discos lançados em anos distintos.
Clique no link abaixo, a fim de confirmar tudo isso que dissemos, tirando suas próprias conclusões sobre o álbum “Overkill”:
“Ace Of Spades” (1980)
Enquanto “Overkill” colocou Motörhead pela primeira vez em evidência, “Ace Of Spades” foi o auge do line-up clássico, o qual reunia: Lemmy, Fast Eddie e Animal Taylor. Além disso, a canção que intitula o álbum é indubitavelmente o maior clássico da história do power trio. Mas fora ela, ainda temos aqui: “Love Me like a Reptile”, “Live To Win”, “(We Are) The Road Crew” e “The Chase Is Better than the Catch”, as quais também se destacam. Contudo, podemos realizar a audição desse disco sem pular faixa alguma.
“Orgasmatron” (1986)
Logo após o lançamento do quinto full lenght, “Iron Fist”, o guitarrista Fast Eddie Clark deixou a banda, colocando fim no line-up clássico. O álbum que veio em seguida, “Another Perfect Day”, contou com o guitarrista Brian Robertson, com um estilo completamente distinto de Eddie. Como resultado, o disco não fez a cabeça dos fãs e Robertson nem chegou a completar a turnê do registro que gravara.
Três anos mais tarde, veio “Orgasmatron”, porém o formato do Motörhead passou de trio para quarteto, contando com dois guitarristas, Würzel e Phil Campbell. Aliás, Phil Campbell entrou para jamais sair, permanecendo no Motörhead até seus últimos dias. Assim como Eddie Clark, Phil Animal Taylor também havia saído do Motörhead, sendo assim, Lemmy sobrou como único integrante da formação original. Taylor foi substituído por Pete Gill.
Ainda assim, com todas essas mudanças, “Orgasmatron” foi o primeiro destaque do Motörhead sem a sua formação clássica. A faixa que intitula o álbum, “Dr Rock”, “Mean Machine” e “Deaf Forever” são os destaques, mas o disco é bom de ponta a ponta.
“March Or Die” (1992)
Desde que iniciara a sua carreira, Motörhead conseguira certa relevância, porém sem um significativo sucesso comercial até então. Entretanto, após o início da década de 90, Lemmy Kilmister e Ozzy Osbourne se juntaram como parceiros colaboradores em algumas composições. Essas colaborações estiveram presentes em dois discos, “No More Tears” de Ozzy Osbourne, que saiu em 1991, e “March Or Die” do Motörhead, que chegou no ano seguinte.
A canção “Hell Raiser” saiu em ambos os discos, Ozzy participara na versão do Motörhead, assim como Lemmy na faixa que saiu no “No More Tears”. Além dela, o álbum de Ozzy ainda tem a parceria de Lemmy nas faixas: “I Don’t Want to Change the World”, “Desire” e “Mama I’m Coming Home”.
No “March Or Die” há também a balada “I Ain’t No Nice Guy”, a qual fez sucesso nas rádios na época de seu lançamento. De acordo com o que o próprio Lemmy afirmou algumas vezes, ele ganhou mais dinheiro nessa época que em toda a carreira do Motörhead, sendo assim, esse disco não poderia estar fora do Madruga Metal de hoje.
Curta esses discos em sua playlist, sem moderação alguma, até que o sono venha, se é que ele virá (rs)!
Seleção e redação: Cristiano “Big Head” Ruiz