Muitos álbuns acabaram entrando para história não de uma forma muito boa, pois as suas produções e mixagem deixaram a desejar. O Judas Priest possui um caso muito específico e famoso dentro do cenário da música pesada. Logo em seu álbum de estreia, “Rocka Rolla”, lançado em 6 de setembro de 1974, a maré acabou secando para os britânicos. Muito disso pelo fato do corte de várias músicas impactantes e da produção. Já que não tinha muito ou quase nada a ver com o que era previsto.
Eis que chegou o momento do fã ter a chance de conferir uma releitura desse clássico às avessas. Isso pode ser comparado ao que ocorreu com “Forbidden”, controverso álbum lançado pelo Black Sabbath em 1995, contando com os vocais de Tony Martin. Todos os discos com a presença de Martin (exceto “The Eternal Idol”) foram remixados e muito bem aceita pelo público. O que ajudou a melhorar e muito a visão sobre o “Forbidden”.
O baixista do Judas Priest, Ian Hill, concedeu entrevista para a rádio WRIF de Meltdown of Detroit, na qual informou que existem planos de relançamento do debut dos ingleses. Afinal, o álbum está completando 50 anos desde o seu lançamento oficial.
Ian Hill informou da seguinte forma:
“Ele foi reprojetado pelo (produtor de longa data do Priest) Tom Allom depois de todos esses anos. As multifaixas estavam em condições notavelmente boas, e ele mudou alguns sons, tornou-o mais moderno e obviamente remixou. E ele fez um ótimo trabalho. Ele será lançado em breve, eu acredito. Faltam apenas algumas semanas, tenho certeza. Sim, mas ele o refez. Ele será relançado, o que é uma ótima notícia. Finalmente tem a produção de que sempre precisou.”
Detalhes sobre as gravadoras envolvidas com o Judas Priest
Em resumo, foi informado que, em abril de 2023, a Reach Music Publishing havia adquirido os direitos de publicação do debut e também do segundo álbum, “Sad Wings Of Destiny”, da Gull Entertainments.
A Reach Music Publishing tem trabalhado em parceria com a banda nesses dois álbuns e está planejando uma variedade de projetos, incluindo lançamentos especiais para o 50º aniversário de “Rocka Rolla”.
Além disso, vale ressaltar que o Judas Priest não ficou preso apenas a uma gravadora. Afinal, para lançar o seu terceiro disco, acabou por assinar com a antiga CBS Records (agora Sony). Embora, os direitos das masters e de publicação tenham ficado por quase 50 anos nas mãos da Gull Entertainments – até vender para a Reach Music Publishing.
A maré está muito boa quanto aos relançamentos de obras mais antigas e até mesmo o catálogo completo das bandas, vide Kreator, Destruction e até mesmo o Celtic Frost. E, certamente, “Rocka Rolla” merece uma chance de mostrar o seu potencial oculto.
Fico na expectativa, valeu!!!!