O Judas Priest anunciou a sua nova turnê para 2025. O nome dado a esta sequência de shows foi “Shield Of Pain”, com referência ao nome do novo álbum, “Invincible Shield”, e também do clássico “Painkiller”, de 1990.
O grupo pretende celebrar os 35 anos do álbum no ano que vem, trazendo diversas músicas icônicas do registro para as apresentações ao vivo.
Não devemos esquecer que o Judas Priest tocará no festival Monsters Of Rock em abril de 2025, justamente, em meio a esta celebração. Sendo assim, os fãs de “Painkiller” podem comemorar, pois, certamente, diversas composições do disco estarão presentes no setlist do show em São Paulo.
Sobre “Painkiller”, é certo afirmar que trata-se de um registros mais aclamados do Priest. Certamente, também é considerado por muitos fãs de Heavy Metal em geral como uma das obras fundamentais para o estilo.
Em 2023, durante uma entrevista concedida ao “The Jeremy White Show”, o ex-guitarrista do Judas Priest, KK Downing, falou sobre a importância da chegada do baterista Scott Travis para a gravação desse álbum:
“Acho que com a adição de Scott , porque conhecíamos suas capacidades de sua antiga banda, Racer X, que era uma ótima banda… Depois de tantos anos, ter Scott na banda com aqueles bumbos duplos novamente, abriu portas para mim e Glenn Tipton para escrever ritmicamente e musicalmente. E sabíamos que Scott poderia tocar qualquer coisa que pudéssemos escrever, tão rápido quanto podíamos tocar na guitarra, sabíamos que ele poderia nos igualar no kit, o que ajudou muito, realmente, porque significava que poderíamos expandir a composição depois de tantos anos em relação ao lado mais rápido do Metal, se você preferir.”
Scott Travis, em 2022, concedeu uma entrevista a Philipp Koch, do canal Drumtalk. No bate papo, ele comentou o fato da introdução de “Painkiller” ter se tornado uma das mais icônicas do Metal:
“Eu, pessoalmente sempre adorei a introdução de bateria de certas músicas. Todos nós conhecemos ‘Rock And Roll’ do Led Zeppelin, e ‘Walk This Way’ do Aerosmith e, claro, ‘Hot For Teacher’, que é do Van Halen. Então, de qualquer forma, eu cresci assim, sempre entendendo que, ‘cara, se eu pudesse inventar uma introdução de bateria exclusiva, sem guitarras, apenas a bateria, e torná-la realmente impactante’. E às vezes eu fico emocionado agora que toco há tanto tempo, por ter conseguido inventar algo assim.
Recentemente vi um vídeo com os ‘Top 15 intros de bateria’. E, claro, é subjetivo. Não sei exatamente quem fez a lista, acho que foi alguma revista importante de Rock. Então, naturalmente, assisti, e tinha ‘Where Eagles Dare’, do Iron Maiden, tinha ‘Rock And Roll’, e o número dois era ‘Painkiller’. E eu fiquei tipo, ‘meu Deus. Muito obrigado’. E o número um, que fico feliz em deixar para trás, era ‘Hot For Teacher’, Sir Alex Van Halen. Se estou em segundo lugar para o velho Alex, então, cara, isso é fantástico. Novamente, essa é uma opinião e uma coisinha que alguém inventou. Mas, mesmo assim, estou feliz que as pessoas apreciem ‘Painkiller’ e ela se tornou uma música característica do Judas Priest, o que eu nunca, nem em um milhão de anos, imaginaria.”