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[ Isto é clássico ] The Who

Rebuscando a história do Rock, ainda impressiona a quantidade de rótulos aos quais as bandas e seus discos foram (e ainda são) submetidos.

   

Tudo seria muito mais simples, se usássemos apenas a palavra “Rock” para definir um grupo ou um disco o qual gostamos. A mesma banda que particularmente soa como Rock ganhou subgênero, rótulo e vários apelidos: Acid, Rock, Soft Rock, Art Rock, Arena Rock, Southern Rock, Stoner Rock, Modern Rock, Prog Rock, Hard rock e tantos outros.

Porém, foi em meados dos anos 60 que surgiu o Classic Rock, definição dada a músicos de Rock ‘N ‘ Roll, surgidos naquela década, passando pelos anos 70 , indo até o começo dos anos 80. Embora, não seja especificamente um estilo, o rótulo foi dado a bandas como: Beatles, Kinks, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, Creedence Clearwater Revival, Yardbirds, Free, Cream, Bad Company e tantas outras.

Abrindo um espaço para o estilo, vamos falar de discos (e grupos) que merecem atenção e audição especial. Alguns destes por trazerem em sua sonoridade elementos simples e que influenciou e continua influenciando inúmeras bandas. Algumas delas, chamadas de “Nova Geração do Rock”.

Preparem seus ouvidos afinal de contas, “Isto… É Clássico”.

   

Nossa máquina do tempo aterrissou no ano de 1964 na cidade de Shepherd ‘s Bush, região de Londres na Inglaterra. Foi lá que nasceu o The Who, quarteto formado inicialmente por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria).

Além de sua música, o quarteto ficou mundialmente conhecido por quebrar seus instrumentos ao final de suas apresentações. Em especial, o guitarrista Pete Townshend que passou a ser uma espécie de exemplo para outros grupos.

O quarteto também chamou a atenção pelo dinamismo em suas apresentações e são considerados como os pioneiros na criação da chamada “Rock Opera”, principalmente com o álbum “Tommy”, quarto álbum de estúdio, lançado em maio de 1969, considerado pela crítica como um dos discos mais importantes do finalzinho dos anos 60 e um marco na história do The Who. “Tommy” ( o disco) figurou no Top 20 nos EUA, alcançou a 5a posição no Reino Unido, é considerado como o 90° “Melhor Álbum de Todos os Tempos” e em 1998 “Tommy” foi incluído no Hall da Fama do Grammy Award.

Porém, apesar de toda a qualidade do álbum supracitado e sua excelência musical que dispensa comentários, é preciso falar de dois outros grandes trabalhos do quarteto britânico: Who’s Next (1971) e Quadrophenia (1973), discos extraordinários, relevantes e bem sucedidos em sua história.

Lançado em 02 de agosto de 1971, “Who ‘s Next” é o quinto trabalho do quarteto e o sucessor do aclamado “Tommy”. Contendo nove faixas inéditas, o disco é considerado um dos melhores álbuns de estúdio da banda, figurando no Rock and Roll Hall Of Fame como um dos “200 Álbuns Definitivos do Rock”.

   

Musicalmente o disco foi considerado “espantoso” para a época, e praticamente inédito no rock (embora a ala mais Xiita de seus fãs tenha manifestado certo desagrado).

Apesar de um disco com canções excepcionais, ganharam destaques “Baba O’Riley”, “Won’t Get Fooled Again” e “Behind Blue Eyes”, faixa que anos mais tarde seria impiedosamente assassinada pela banda (!) Limp Bizkit. Até o atual momento eles (Limp Bizkit), continuam soltos, andando livremente e certamente prontos para um novo crime.

Ainda sobre “Who’s Next”: Em 2003, o canal de TV VH1 classificou-o como o 13° “Melhor Álbum de Todos os Tempos”, enquanto a revista Rolling Stones consolidava o disco na 28a posição na lista dos “500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos”.

Observações acerca do disco:

  • A versão remasterizada contém um CD bônus, contendo sete faixas.
  • “My Wife” tornou-se um destaque dos shows, sendo uma das músicas obrigatórias nas apresentações da banda.
  •    
  • “Baby Don’t Do It” tornou-se popular em sua versão de Marvin Gaye, de quem o Who era fã no começo de sua carreira.
  • “A Edição de Luxo, traz o show completo no Old Vic Theatre e o álbum original (sem as faixas bônus), foi remasterizado e relançado em vinil.
  • Recentemente, “Won’t Get Fooled Again” e “Baba O’Riley” têm sido usadas como as canções tema das séries de TV CSI: Miami e CSI: NY, respectivamente.
  • “Won’t Get Fooled Again” também foi uma das músicas tocadas pelo The Who em sua apresentação em 2 de julho de 2005 no Live 8, perante um público de duzentas mil pessoas.
  • “A capa do disco traz uma fotografia do grupo que acabara de urinar em um imenso bloco de concreto. A foto parece ser uma referência ao monolito descoberto na Lua no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, lançado em 1968.
  •    

Do maravilhoso “Who’s Next” para o espetacular “Quadrophenia”:

Após “Who ” s Next” a banda entraria em estúdio no início de 1972 e davam início às gravações de seu próximo álbum, “Quadrophenia”, mais uma ópera rock escrita por Peter Townshend.

Lançado em 19 de outubro de 1973, “Quadrophenia” é o sexto trabalho e a segunda Ópera Rock na discografia do quarteto e conta a história de Jimmy, um adolescente e sua luta contra tormentos internos e a busca por um lugar na sociedade.

Contendo 17 faixas, o disco foi mais um grande feito na história do quarteto alcançado a 2a posição na parada da Billboard dos EUA, a posição mais alta de qualquer álbum do The Who naquele país. O disco foi precedido de “5:15” single que atingiu a 20a posição nas paradas musicais do Reino Unido ficando atrás apenas do camaleão David Bowie que alcançava o lugar mais alto do pódio.

Se o single atingiu posições expressivas o mesmo vale para o disco. “Quadrophenia” alcançou a 2a posição da Billboard Americana, dessa vez ficando atrás do britânico Elton John e seu “Goodbye Yellow Brick Road”, que merecidamente figurou na primeira posição.

   

Mostrando que “Quadrophenia” não era apenas mais um disco e sim uma obra musical de primeiríssima qualidade, o single “Love Reign O’er Me” lançado em 27 de outubro de 1973. A canção alcançou a 76a posição da Billboard Hot 100 e também figurou na 54a posição da Cash Box, revista americana de renome voltada à música pesada.

Por tratar-se de uma Ópera Rock, as músicas se conectam entre si e escolher uma faixa em específico é uma missão quase impossível. Porém, algumas canções, que foram lançadas como singles, representam brilhantemente o disco. São elas: “The Real Me”, “The Punk and the Godfather”, “I’m One”, “5:15”, “Sea and Sand”, “”Drowned”, “Bell Boy” e “Love, Reign O’er Me”.

Observações acerca do disco:

  • À época de sua gravação, brigas e crises internas aconteceram principalmente entre Townshend e Daltrey, que buscavam a perfeição e cobravam de si próprios a obrigação de gravar um disco que estivesse à altura de “Tommy” e “Who’s Next”, duas obras geniais do grupo e que agora tornavam-se dois grandes pesadelos na vida dos músicos.
  • Após 15 meses de muita pressão psicológica criada pelos próprios integrantes, a banda deixava os estúdios e com eles a certeza de terem gravado um disco espetacular, bem como a sensação de dever cumprido, embora o quase fim da banda.
  • “Quadrophenia” seria posteriormente transformado em filme, com várias canções adicionais acrescentadas pela banda em sua trilha sonora.
  •    
  • Em 2003 o canal de TV VH1 nomeou Quadrophenia o 86º melhor álbum de todos os tempos.
  • “The Real Me”, ganhou regravação no álbum “The Headless Children” da banda americana WASP, lançado oficialmente em abril de 1989.
  • Em março de 2017, The Who foi confirmado como uma das atrações do Rock in Rio, sendo esta a primeira vinda da banda ao Brasil. O grupo ainda tocaria em Porto Alegre e São Paulo no Festival São Paulo Trip.
  • Em dezembro de 2019, a banda lançou o álbum” Who”, contendo composições do guitarrista Pete Townshend. O projeto foi cercado de críticas favoráveis e definido por Roger Daltrey (vocalista) como o melhor trabalho do The Who desde 1971.
   

Em sua majestosa carreira, o The Who conta com um acervo imenso de lançamentos que vão de Álbuns Oficiais (10), Live Álbums (13), Coletâneas (20), EP’s (04), Trilhas Sonoras (04), Singles (52), Longas-Metragens (02), Documentários (03), Concertos (12), além de outras aparições em Festivais como Woodstock, Monterrey Pop, Concert for Kampuchea, etc.

Faixas – “Who’s Next”:

  1. Baba O’Riley
  2. Bargain
  3. Love Ain’t For Keeping
  4. My Wife
  5.    
  6. The Song Is Over
  7. Getting In Tune
  8. Going Mobile
  9. Behind Blue Eyes
  10. Won’t Get Fooled Again
  11.    

Faixas – “Quadrophenia”:

CD 1:

  1. I Am The Sea
  2. The Real Me
  3. Quadrophenia (Instrumental)
  4. Cut My Hair
  5.    
  6. The Punk And The Godfather
  7. I’m One
  8. The Dirty Jobs
  9. Helpless Dancer
  10. Is It In My Head?
  11.    
  12. I’ve Had Enough

CD 2:

  1. 5:15
  2. Sea And Sand
  3. Drowned
  4.    
  5. Bell Boy
  6. Doctor Jimmy
  7. The Rock (Instrumental)
  8. Love, Reign O’er Me
   
   

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