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Isto é… Clássico: Mountain e o gigante Leslie West

Discografia Mountain: “Climbing” (1970), “Nantucket Sleighride” (1971), “Flowers Of Evil” (1971), “Avalanche” (1974), “Go For Your Life” (1985), “Over The Top” (1995), “Man’s World’ (1996), ‘Mystic Fire” (2002) e “Masters Of War” (2007).

   

Rebuscando a história do Rock, ainda impressiona a quantidade de rótulos aos quais as bandas e seus discos foram, e ainda são, submetidos. Tudo seria muito mais simples se usássemos apenas a palavra “Rock” para definir um grupo ou um disco o qual gostamos. A mesma banda que particularmente soa como Rock, ganhou sub-gênero, rótulo e vários apelidos: Acid, Rock, Soft Rock, Art Rock, Arena Rock, Southern Rock, Stoner Rock, Modern Rock, Prog Rock, Hard Rock e tantos outros.

Porém, foi em meados dos anos 60 que surgiu o Classic Rock. Essa definição foi dada a músicos de Rock ‘N ‘Roll, surgidos naquela década, passando pelos anos 70 , indo até o começo dos anos 80. Embora, não seja especificamente um estilo, o rótulo foi dado a bandas como: Beatles, Kinks, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, Creedence Clearwater Revival, Yardbirds, Free, Cream, Bad Company e tantas outras.

Abrindo um espaço para o estilo, vamos falar de discos (e grupos) que merecem atenção e audição especial. Alguns destes, por trazerem em sua sonoridade, elementos simples e sonoridade que influenciou e continua influenciando inúmeras bandas. Algumas delas chamamos de “Nova Geração do Rock”.

Preparem seus ouvidos. afinal de contas, “Isto É… Clássico”.

Mountain – Breve Histórico:

Mountain / Reprodução / Foto: K.C. Wilsey

Formado em 1969 na cidade de Long Island, Nova York (EUA), Mountain é mais uma daquelas bandas influentes quando o assunto é Classic Rock. Por que não dizer que os mesmos fazem parte das raízes e da base de sustentação do que hoje conhecemos como Heavy Metal?

   

Trazendo em sua sonoridade elementos de Blues, Hard e Heavy Metal, inicialmente o quarteto contou com a seguinte formação: Leslie West (vocais e guitarras), Steve Knight (teclados), Norman D. Smart (bateria), substituído em seguida por Corky Laing, além do baixista Felix Pappalardi, também produtor do Cream, banda inglesa de Classic Rock.

Apesar de uma carreira longa, o grupo lançou apenas nove discos oficiais no período entre 1970 e 2007, ano em que “Master Of War”, último registro, que consiste em canções gravadas originalmente por Bob Dylan, chegou às lojas.

“Climbing” (1970) – estréia em grande estilo:

Isto é… Clássico: Mountain e o gigante Leslie West

O primeiro registro “Climbing” foi lançado oficialmente em 07 de março de 1970 através da gravadora Windfall Records. O lançamento alcanlou a 17a posição da Billboard 200, mantendo-se durante 39 semanas nas paradas de sucesso.

O disco despontou nas paradas canadenses e americanas, atingindo a 19a no Canadá, enquanto na América, a banda foi contemplada com disco de ouro ao ultrapassar a marca de 500 mil cópias vendidas.

Contendo nove faixas divididas em pouco mais de 32 minutos de duração, “Climbing” é sem dúvidas um dos grandes discos do Classic Rock, garantindo ao Mountain não apenas o sucesso absoluto, e claro, figurando também na lista de discos essenciais lançados nos anos 70.

   

O êxito do álbum de estreia deu-se através de “Mississippi Queen”. A anção alcançou a 21a posição na Billboard Hot 100, tornando-se uma das músicas mais conhecidas da banda.

“Mississippi Queen”, o grande hit do Mountain

Além do sucesso de “Mississippi Queen”, o disco traz outros grandes momentos musicais como “Theme For An Imaginary Western”, “”For Yasgur’s Farm”. Tais faixas que nos remete a sonoridade dos gregos do Aphrodites Child, e “Never My Life”, esta última apresentando riffs mais pesados, lembrando em alguns momentos o que Tony Iommi fazia com sua banda, o Black Sabbath.

Contudo, o disco não consiste apenas nos singles de sucesso, haja visto a qualidade musical presente em canções como “Silver Paper”, com seus riffs pesados, e guitarras cortantes, a instrumental “To My Friend” , e suas similaridades musicais com Led Zeppelin, “The Laird”, canção que nos remete aos primeiros trabalhos do Queen, “Sittin’ On a Rainbow”, e suas guitarras à la Jimi Hendrix , assim como a excelente “Boys In The Band”, com suas linhas belíssimas de piano, fechando o disco em alto estilo.

Em suma, estamos falando de um disco perfeito (musicalmente falando). Cada faixa traz a genialidade sonora de uma banda responsável por um registro importante, influente e relevante dentro da música pesada.

Mais que um disco de estreia, “Climbing” é sem sombra de dúvidas uma das grandes obras do Classic Rock dos anos 70. Ele é obrigatório e indispensável na coleção dos apreciadores do chamado Rock Setentista.

   

Em síntese: um disco onde TODAS as faixas se destacam.

“Nantucket Sleighride” (1971)

Se o debut “Climbing” serviu para que o Mountain conquistasse o seu espaço dentro do Classic Rock, seu segundo disco, “Nantucket Sleighride”, chegou ao propósito de ir ainda mais longe. Como resultado, o registro conseguiu escrever o nome do quarteto em definitivo na história desse subgênero.

Assim que ouvimos “Don’t Look Around” pela primeira vez, já somos capazes de entender o porquê Mountain é uma banda cultuada entre os amantes do Classic Rock. O vocalista/guitarrista Leslie West era, ao mesmo tempo, dono de uma voz fantástica e um jeito único de tocar guitarra, influenciando vários instrumentistas das futuras gerações.

O Blues/Hard Rock do Mountain

Da mesma forma que “Climbing”, “Nantucket Sleighride” também possui elementos pesados que beiram o Heavy Metal. Inclusive, “Don’t Look Around”, a qual já citamos anteriormente, tem uma atmosfera pesada e intensa que poderia muito bem se transformar em Heavy Metal apenas com alguns ajustes. “Taunta (Sammys Tune)” e “Nantucket Sleighride (To Owen Coffin)” começam como se fossem baladas, mas ganham peso e intensidade, tornando a obra mais que perfeita.

“You Can’t Get Away” é genuinamente um Blues Hard Rock americano do início dos anos 70, portanto, nos fazendo lembrar de Grand Funk Railroad e outras bandas seminais que nasceram no mesmo berço. Já “Tired Angels (To JMH)” soa mesmo mais balada, no entanto com um swing sedutor. Aliás, West dá uma verdadeira aula de guitarra nessa canção.

   

“The Animal Trainer And the Toad” segue a mesma fórmula Blues/Hard de “You Can’t Get Away”, contudo com uma pitada irresistível de Charleston. Ainda que Leslie West seja realmente a figura principal do Mountain, não há como não citar a bateria de Corky Laing como albo que parece buscar fugir do que seria o óbvio. Além disso, Felix Pappalardi é um baixista com a alma setenteira e, igualmente, podemos nos referir ao saudoso tecladista Steve Knight. A canção “My Lady” serve como comprovação de tudo isso que acabamos de afirmar.

Leslie West e sua musicalidade de altíssimo nível

Ainda completam o full lenght as faixas: “Travellin In The Dark (To EMP)” e “The Great Train Robbery”, na qual Leslie West exibe toda a beleza do seu timbre vocálico que tornou-se sua marca registrada com o passar dos anos.

  • “Nantucket Sleighride”, do mesmo modo que o debut “Climbing”, ganhou disco de ouro pela vendagem de 500 mil cópias na época de seu lançamento.

Leslie West faleceu em 2020 e merece a nossa homenagem pelo grande músico que foi.

   

Redatores: Geovani Viera & Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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