O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, refletiu sobre o uso de faixas pré-gravadas em shows ao vivo durante uma entrevista a Classic Rock. Atualmente, o uso das famigeradas faixas de apoio gera muitos debates e, Bruce Dickinson, sempre adepto da autenticidade e da integridade artística, prefere deixar o Iron Maiden a ter que recorrer as backing tracks.
“A ideia de transformar isso em uma espécie de Disneyland Maiden, usando faixas de apoio ou alguns truques… Não! O Iron Maiden tem que ser cem por cento real – e absolutamente feroz!”.
Ele acrescentou:
“Sim, e estamos fazendo tudo ao vivo. Não há afinações baixas. Não! Não, não! No dia que usarmos backing tracks, eu saio. Ou paramos. Se não for real, não é Maiden.”
Para Bruce Dickinson, promover um espetáculo verdadeiro e honesto é muito benéfico, e algo que público valoriza, já que, hoje em dia, shows reais estão se tornando cada vez mais raros:
“Tocamos todas as músicas na tonalidade original; não abaixamos, não desafinamos, nada disso. Tocamos tudo rápido demais, porque estamos animados. Nunca usamos click tracks ou time code. Agora vejo muitas bandas e penso: ‘Espere um minuto. Como você cantou isso sem mover os lábios?’ Há vozes de apoio surgindo de todos os lados. Mas não fazemos nada disso. Tudo é analógico e real. Acho que isso nos traz benefícios, porque o público entende que a realidade se tornou algo raro hoje em dia.”