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Resenha: Uriah Heep – “Living The Dream” (2018)

“Living The Dream” é o novo full lenght do Uriah Heep.

Com mais de 50 anos de existência, o Uriah Heep lançou o seu vigésimo e quinto álbum de estúdio, chamado “Living The Dream”, em 2018. Na minha opinião, eles são a banda mais injustiçada e subestimada entre os dinossauros do Hard Rock clássico.

Reprodução / Facebook / Uriah Heep

Se o Uriah Heep pudesse ser definido com uma única palavra, essa palavra seria resistência, pois, resistiu:

As pedras no caminho de um sonho

Mick Box sempre manteve o Uriah Heep

O “mago” guitarrista Mick Box sempre manteve o Uriah Heep em pé, independentemente, dos problemas pelos quais a banda passou, por mais difíceis que eles tenham sido.

Mick Box é o responsável pelo Uriah Heep não ter paralisado suas atividades até hoje e, decerto, a banda só parará com a sua morte.

Reprodução / Facebook / Mick Box

“Living The Dream”

O album, “Living The Dream”, tem canções que se destacam mais que outras. A faixa de abertura, “Grazed By Heaven”, que também é single desse trabalho, é excelente e de qualidade similar as melhores da era Shaw, que é vocalista desde 1986.

Mick Box faz mais um daqueles lindos solos com pedal Awah, pois, sempre foram sua marca registrada. A faixa título “Living The Dream” possui uma atmosfera completamente setentista, a qual remete a uma mistura do próprio Uriah Heep mais antigo com Deep Purple.

“Take Away My Soul” e “Knocking At My Door”

Similarmente, “Take Away My Soul” e “Knocking At My Door”são Hard Rocks mais intensos, sendo canções de fácil assimilação com refrãos grudentos. Ou seja, aquela mescla de Uriah Heep e Deep Purple volta ser notada em “Rocks In The Road”.

Bernie Shaw

As baladas geralmente são destaques na interpretação vocal de Bernie Shaw, “Waters Flowin’” não é exceção a essa regra.

“It’s All Been Said” começa com uma introdução de teclado de Phil Lanzon, ao passo que varia para um Hard Rock Prog com toda a energia psicodélica comum nos anos 70, linda canção, que remete inclusive as duas fases clássicas da banda com Byron e Lawton.

Davey Rimmer

Em seguida, “Goodbye To Innocence” traz a tona o Hard Rock novamente e o baixista Davey Rimmer se destaca uma linha de baixo que nada deixa a desejar em relação as de Thain, Wetton ou Bolder, de outros tempos.

“Falling Under Your Spell”

“Falling Under Your Spell” é fantástica e a minha preferida do full-lenght, pois, essa canção me lembra as melhores sonoridades do “Demons & Wizards” e “Magician’s Birthday” com uma impecável e energética performance de Shaw e também do baterista Russell Gilbrook, que ficou muito parecida com as que usava Kerslake.

Mick Box gravou, ao mesmo tempo, dois tipos diferentes de solo, um fazendo papel dele mesmo e outro tentando lembrar os solos de saudoso Hensley.

“Dreams of Yesteryear”

“Dreams of Yesteryear” é a segunda balada do “Living The Dream”, uma canção bonita, mas talvez não fosse ideal para fechar um trabalho que tanto buscou resgatar a identidade Hard Rock setentista da banda. Em suma, indico o novo trabalho do Uriah Heep a todos os fãs da banda, do Hard Rock anos 70 e da música tocada com a alma.

Nota: 8,8

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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