Na fonte abundante do NWOTHM, mais um elixir sagrado fora jorrado, o qual se chama Riot City. Fundado em 2011, na cidade de Calgary/Alberta, Canadá, o quarteto (atualmente, quinteto) lançou o seu debut, “Burn The Nights”. Eis outra grata surpresa que o ano de 2019 reservou aos apreciadores de Heavy Metal tradicional.
Assim que o selvagem riff executado por Roldan Reimer começa, um grito estridente de Cale Savy entra na canção, “Warrior Of Time”, arrombando as portas sem piedade e levando até os ouvintes mais resistentes a nocaute.
Uma sensacional canção que parece uma mescla de Grim Reaper e Judas Priest na era “Painkiller”. Um começo realmente marcante para um primeiro full-lenght. Mal se consegue levantar e se restabelecer e a faixa título, “Burn The Night”, te leva à lona novamente com a mesma violência da primeira música.
“In The Dark”
Entretanto, “In The Dark” lembra o clássico “Don’t Talk To Strangers” do Dio em seus primeiros acordes, mas novamente o andamento fica mais rápido e o peso reassume o seu lugar.
Pois, a voz alterna momentos a la Rob Halford e outros mais semelhantes com o saudoso Mark Shelton, vocalista e guitarrista do Manilla Road.
“Livin’ Fast” é daquele tipo de canção que já me conquista na primeira audição, pois é Heavy Metal puro, simples e sem firulas na melhor fórmula da escola britânica. Não teria como não ser minha favorita no disco.
“The Hunter” começa seguindo a mesma receita das faixas anteriores, mas após dois minutos, sua dinâmica varia para uma canção lenta, dedilhada e com um solo de guitarra de três minutos de duração, o qual esbanja feeling e musicalidade. Perfeita música para os fãs de Iron Maiden em seus primórdios. Há que ser acrescentado, que embora o Riot City demonstre as claras influências supracitadas, a banda possui personalidade própria, indubitavelmente. “Steel Rider” é a mais acelerada do álbum “Burn The Night” e não acrescenta nenhuma novidade ao que já fora apresentado no conceito. A canção “329” é o melhor exemplo da identidade “Riot City” já formada e apresentada no registro. Uma banda que tem tudo para crescer muito e agradar mais e mais em seus futuros trabalhos. O álbum encerra com uma homenagem póstuma, pois “Halloween At Midnight” foi gravada com o baterista Ty Gogal, falecido em setembro de 2018.
O disco de estreia dos canadenses do Riot City fica melhor a cada nova audição. Não é um álbum que se assimila no primeiro contato, porém, após haver sido assimilado, não sai tão cedo da play list. Convido a todos os fanáticos por Heavy Metal tradicional a compartilharem essa rica experiência.
Vale à pena.
Nota: 8,8
Integrantes:
- Dustin Smith (baixo e vocal)
- Cale Savy (vocal)
- Roldan Reimer (guitarra e vocal)
- Chad Vallier (bateria)
- Ty Gogal (bateria em “Halloween At Midnight) R.I.P
Faixas:
- 1.Warrior of Time
- 2.Burn the Night
- 3.In the Dark
- 4.Livin’ Fast
- 5.The Hunter
- 6.Steel Rider
- 7.329
- 8.Halloween At Midnight
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
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