“Shake The World” é o debut do projeto de Hard Rock intitulado Black Swan, que conta com os renomados Robin McAuley (ex-MSG) nos vocais, Jeff Pilson (Foreign, ex-Dokken) no baixo, Matt Starr (Ace Frehley, Mr. Big) na bateria e Reb Beach (Whitesnake, Winger) na guitarra. O Hard Rock 80’s assim como o AOR formam as principais influências da sonoridade do disco.
A faixa título, a qual também teve sua versão em formato de vídeo clipe lançada, “Shake The World”, abre o full-lenght de forma magistral, em alta vibe, sendo a fim de apresentar a banda para os apreciadores de Hard Rock.
“Big Disaster” – “Johnny Came Marching”
Em seguida, mais um single que também foi vídeo clipe, “Big Disaster”. O guitarrista Reb Beach, através de seus solos, demonstra que merece muito mais reconhecimento do que têm, já que essa canção é tão esplêndida quanto à de abertura.
A faixa “Johnny Came Marching” é discretamente mais calma, se destacando pelos tons médios e afinadíssimos de Robin McAuley. Mas, é impressionante como sua voz soa agradável o tempo todo.
“Immortal Souls” – “Make It There”
“Immortal Souls” tem, inegavelmente, o riff mais bonito do disco. Pois, enquanto a estou ouvindo, ela me remete a sonoridades perfeitas para mim, como Whitesnake dos anos 80, o disco de Paul Stanley na época dos quatro solos do Kiss, Foreigner, Kansas e todas as minhas preferências dentro do vasto campo do Hard Rock. O solo de Reb Beach beira a perfeição. Todas essas características, citadas por mim, fazem dela a minha favorita do debut. No Hard Rock, principalmente AOR e 80’s, as baladas sempre proporcionaram momentos de altíssima musicalidade e beleza.
Logo depois, “Make It There”, a qual também foi single em forma de vídeo clipe, se encaixa, exatamente, nessa definição. Até aqueles headbangers “troozaums” que fingem total insensibilidade, no fundo se sentem apaixonados quando escutam uma canção maravilhosa dessas, mesmo que escondidos dentro do seus quartos (sic).
“She’s On To Us” – “The Rock That Rolled Away”
“She’s On To Us” resgata traz de volta a fórmula das primeiras faixas, regada de pesados riffs e bends que beiram o Heavy Metal. McAuley demonstra influências em Robert Plant, Steven Tyler e David Coverdale. “The Rock That Rolled Away” tem uma vibe de puro e legítimo Rock’N’Roll, deixando a faceta Hard Rock em segundo plano, embora ela permaneça aí, firme e forte. Com uma introdução de harmônicos de McAuley, “Long Road To Nowhere” inicia o oitavo capítulo do disco de estreia do Black Swan, mantendo o altíssimo nível presente na obra.
“Sacred Place” introduz a trinca final do disco com um solo que exala blues, porém o blues fica apenas na introdução. Essa balada me lembra a sonoridade do álbum “Restless Heart” do Whitesnake, lançado no ano de 1997. O Hard Rock volta a propor o jogo em “Unless We Change”, a qual tem variações dinâmicas e rítmicas. O primeiro álbum do Black Swan se encerra com mais uma linda balada, “Divided United”, daquelas próprias para dançar coladinho (sic) durante uns três minutos, depois tudo pega fogo, inclusive a canção. Nem uma única vez, nem sequer no apagar das luzes do disco, sua qualidade deixou a desejar. Para amantes do Hard Rock como eu, tudo é perfeito da primeira a última faixa.
Essa audição é, simplesmente, obrigatória aos que dizem apreciar Hard Rock.
Nota 9,0
Integrantes:
- Robin McAuley (vocal)
- Matt Starr (bateria)
- Jeff Pilson (baixo)
- Reb Beach (guitarra)
Faixas:
- 1.Shake The World
- 2.Big Disaster
- 3.Johnny Came Marching
- 4.Immortal Souls
- 5.Make It There
- 6.She’s On To Us
- 7.The Rock That Rolled Away
- 8.Long Road To Nowhere
- 9.Sacred Place
- 10.Unless We Change
- 11.Divided United
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
