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Indicação Extrema: Mystifier – “Protogoni Mavri Magiki Dynasteia” (2019)

Season Of Mist

   

“Protogoni Mavri Magiki Dynasteia” é o quinto full-lenght da tradicional horda baiana de Black Metal. Dezoito anos haviam se passado desde o álbum “Profanus”, mas em março de 2019, a espera finalmente findou e diretamente do inferno, forjado em blasfêmia e maldade, o novo registro ascendeu.

A faixa título, “Protogoni Mavri Magiki Dynasteia”, abre o álbum com uma atmosfera Doom/Black Metal que já faz a audição ter valido a pena, as variações vocais e de andamento dão a canção o clima sombrio, o qual é parte do subgênero. Um arranjo introdutório do baixista Sorcerer Do’Urden dá inicio a “Weighing Heart Ceremony”, essa música é recheada de belos e melódicos solos de guitarra e uma linha de bateria com muito blast beat. Na terceira canção já é possível se envolver com o álbum, após sua introdução, “Witching Lycanthropic Moon” chega a lembrar a fase mais Black Metal do Behemoth, porém o trabalho diferenciado com os vocais dá ao Mystifier uma peculiaridade interessantíssima.

Reprodução / Facebook / MYSTIFIER

O ritmo acelera bastante na faixa “Akhenaton (Son Mighty Sun)”, porém mantém as características vocálicas de suas antecessoras. “Six Towers Of Belial’s Path”, a qual começa ainda mais acelerada que sua antecessora, possui todos os elementos presentes nas minhas bandas favoritas de Black Metal e é de longe a melhor música do disco.

Uma faixa com o título em espanhol, “Demoler Las Torres Del Cielo (En Nombre Del Diablo)”, abre a segunda metade do álbum em perfeito estilo, uma canção rápida, técnica e vibrante, cujo refrão também é em castelhano. Apesar de “Soultrap Sorcery Of Vengeance” introduzir com a mesma atmosfera da primeira música do álbum, ela acelera, mantendo a velocidade das três faixas anteriores. Já “(Introcucione D’la Melodia Mortuoria) Thanatopraxy” tem uma introdução lenta e melódica que se transforma numa sabbática canção com riff a lá Iommi, possivelmente por essa razão seja o melhor riff do disco.

Reprodução / Facebook / Mystifier

Os músicos do Mystifier demonstraram que a estrada lhes deu maturidade para entrarem no estúdio e saberem exatamente o que transmitir, e eles tiveram êxito nessa tarefa. A canção “Al Nakba (666 Days Of War)” foi a que mais me fez lembrar do Behemoth, o que é longe de ser um fato ruim, pois a banda polonesa é um dos ícones mundiais da música extrema. O álbum encerra com a faixa com o título em italiano, “Chiesa Dei Bambini Molestati”, que em português significa “Igreja Das Crianças Molestadas”, cuja letra fala dos casos de pedofilia ocultados pela igreja católica.

Reprodução / Facebook / ARMANDO MYSTIFIER

O ano de 2019 foi produtivo para o Black Metal de forma geral e tivemos dentre dezenas de lançamentos exuberantes, um destaque nacional.

Parabéns ao Mystifier e a todos os fãs do subgênero, o álbum altamente recomendado e trata-se de outro tiro no alvo “Made in Brasil”.

Nota: 8,7

Integrantes:

  • Beelzeebubth (guitarra e vocal)
  • Sorcerer Do’Urden (vocal, baixo e teclado)
  • WarMonger (bateria)

Faixas:

  • 1.Protogoni Mavri Magiki Dynasteia
  • 2.Weighing Heart Ceremony
  • 3.Witching Lycanthropic Moon
  • 4.Akhenaton (Son Mighty Sun)
  • 5.Six Towers Of Belial’s Path
  • 6.Demoler Las Torres Del Cielo (En Nombre Del Diablo)
  • 7.Soultrap Sorcery Of Vengeance
  • 8.(Introcucione D’la Melodia Mortuoria) Thanatopraxy
  • 9.Al Nakba (666 Days Of War)
  • 10.Chiesa Dei Bambini Molestati

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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