Formada em 1981, na cidade de Molln, Alemanha, a banda de Heavy Metal, Black Hawk, surgiu em plena ascenção da NWOBHM e de importantes bandas do estilo no mundo todo, porém, só conseguiu lançar seu primeiro registro em 1989, EP “First Attack” , com 5 canções muito boas, mas com uma produção precária. O quarteto se manteve sem nenhum outro registro oficial até 1997, quando encerrou suas atividades por um período de 4 anos, em 2001, Black Hawk retornou a ativa e, finalmente, em 2005, lançou o seu primeiro full lenght, “TwentyFive”. Em minha opinião, do debut em diante, a discografia do Black Hawk é impecável. “Dragon Ride” (2007), “The Invasion” (2008), “Straight To Hell” (2010), “A Might Metal Axe” (2013) e em 2017, “The End Of The World”.
O álbum “The End Of The World” abre com a bem elaborada faixa introdutória “Return of The Dragon” e segue com a massacrante “Streets of Terror”, uma canção com riffs e refrões grudentos, rápida, agressiva e sem qualquer espécie de firula, com a marca registrada do Heavy Metal teutônico. “Killing For Religion” segue a mesma levada, um pouco mais cadenciada que a canção anterior, mas igualmente agressiva e facilmente assimilada por mentes puramente metalizadas, é a minha canção favorita desse registro. “What a World” é mais voltada para o Heavy Hard comum na década de 80, todavia, menos agressiva que as anteriores e com um atmosfera capaz de ressuscitar até os mortos mais indolentes.
“Ruler of The Dark”
O disco segue com uma versão de “Ruler of The Dark”, originalmente gravada no já citado “TwentyFive” (2005). Uma excelente regravação para uma das principais canções da banda. Pode-se definir a faixa título “The End of The World” como aquelas baladas marcantes gravadas por bandas de Heavy Metal e Hard Rock nos anos 80, as quais fazem a mente viajar. Ela só não é tão perfeita quanto “Seven Years Of Pain” do álbum “Straight To Hell” de 2010, porém , muito boa.
“Seven Years Of Pain” é a canção mais reconhecida da banda pelos fãs e admiradores do estilo e é também tema do vídeo clipe mais visualizado já lançado pelo Black Hawk.
“Scream In The Night” foi o single de trabalho do “The End Of The World” e também tema de videoclipe disponível para visualização no Youtube. Belo Heavy tradicional com características similares a canções de bandas do recente movimento NWOTHM, que a próposito, foi muito importante para que alguns nomes dos anos 80 voltassem a cena ou finalmente se firmassem na mesma, que foi o caso do Black Hawk. “Legacy of Rock” mostra claramente suas principais, Accept, Judas Priest e Saxon.
“Just Like in Paradise” é diferenciada do restante do álbum, pois é uma típica canção de Power Metal gêrmanico, sendo tão qualificada quantos as anteriores. A penúltima faixa inédita do álbum, “Dancing With My Demons”, faz lembrar a fase clássica do Saxon nos anos 80, uma canção recheada de belos solos de guitarra e empolgante até o último acorde. O álbum encerra com mais uma regravação, “Dragon Ride”, música que intitula o segundo álbum da banda, lançado em 2007, a regravação ficou boa, mas prefiro a versão original.
Quem ama Heavy Metal, deve não somente ouvir o álbum “The End Of The World”, mas também conhecer toda a discografia do Black Hawk, como eu fiz durante as duas últimas semanas, pois, anteriormente, eu só conhecia o lançamento atual e não estava a par da bela história e discografia dessa injustamente subestimada banda alemã.
Nota: 8,8
Integrantes:
- Michael Wiekenberg (baixo)
- Matt Mess (bateria)
- Udo Bethke (vocal)
- Wolfgang Tewes (guitarra)
Faixas:
- 1.Return Of The Dragon
- 2.Streets of Terror
- 3.Killing For Religion
- 4.What A World
- 5.Ruler Of The Dark
- 6.The End Of The World
- 7.Scream In The Night
- 8.Legacy Of Rock
- 9.Just Like In Paradise
- 10.Dancing With My Demons
- 11.Dragonride’17
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
Confira a resenha do álbum do Black Hawn, “Destination Hell”, de 2020:
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