A lenda alemã do Power Metal, Helloween, está neste momento terminando de gravar seu mais novo trabalho de estúdio. O material sucederá o bem avaliado disco autointitulado, lançado em 2021.
Este será o segundo registro que contará com a formação expandida que consiste em: Andi Deris e Michael Kiske nos vocais, Kai Hansen, Michael Weikath e Sascha Gerstner nas guitarras, Markus Grosskopf no baixo e Daniel Löble na bateria.
Em uma nova entrevista concedida a Tony Webster do The Metal Command, Andi Deris comentou sobre a musicalidade e o direcionamento do novo álbum. Ele disse:
“Eu diria que é muito mais fácil de ouvir, porque há menos coisas construídas nele. É mais fluido como o vento, por assim dizer. É muito, muito positivo, então eu diria que é um Helloween mais feliz, feliz do que o outro álbum. Acho que é um pouco mais… vejamos, o fluxo é para o meu gosto não tão nervoso quanto o último álbum, o que foi legal, eu gosto de coisas nervosas, mas deveríamos ter mais ou menos alguma contrapartida para coisas nervosas e mais exaustivas.
O último álbum, para mim, foi ótimo de ouvir, era nervoso, era pesado, era complicado aqui e ali, mas depois de ouvi-lo, então eu precisava de uma pausa. Foi exaustivo. Depois de dele eu precisava de uma pausa, digamos assim. Eu amei, e ainda amo, mas é exigente. Acho que o próximo álbum será muito mais fácil de ouvir, acho que muito mais agradável de cantar junto, há muitas partes lá que são feitas para isso. Então, eu prefiro descrevê-lo como um álbum mais feliz do Helloween. Essa seria a melhor descrição.
É difícil descrever, porque há muitas coisas rápidas e pesadas nele. Mas quando eu o ouço, me sinto bem. Quer dizer, isso é um bom sinal. Não que eu tenha me sentido mal quando ouvi o último álbum, não é isso que eu quero dizer. É divertido. Eu o ouço e é divertido. Definitivamente divertido.”
O vocalista ainda foi convidado a falar sobre as lições que a banda tirou do processo de gravação do disco passado. Deris respondeu:
“Sim, acho que a palavra-chave principal seria confiança. No último álbum, tivemos que nos conhecer nessa nova configuração, nessa formação, como trabalhar uns com os outros, como trabalhar juntos, e dessa vez nós apenas percebemos que, ok, na verdade todo mundo tem ideias muito boas, só não podemos tentar controlar uns aos outros. Não precisamos ficar em um estúdio para pré-produção por dois meses porque cada um fez isso por si mesmo. Vamos apenas ouvir e dizer, ‘uau, legal.’ Então, dessa vez, fomos preguiçosos, na verdade, e apenas dissemos, você sabe, a pré-produção nós mesmos fazemos em casa, cada um em seu próprio estúdio, e nós apenas pegamos a técnica que nos é dada. A Internet é ótima, e você pode ter sessões ao vivo online, e isso tornou a vida muito mais fácil porque todo mundo fica aliviado por ainda estar em casa. Você ainda trabalha duro, mas está em casa.
E como todos sabemos, quando você está em casa, o trabalho não dói tanto quanto estar de volta ao estúdio em algum lugar do mundo, mas não com sua família. E hoje em dia você pode realmente ter sua vida familiar, você tem suas oito, nove horas por dia no estúdio, você mesmo decide quando faz uma pausa ou quando vai comer com sua namorada ou quando vai à praia, no meu caso. Isso torna a vida muito mais fácil e muito mais agradável do que ficar sentado em um estúdio de merda repetidamente, todos os dias por dois meses, apenas para uma pré-produção, o que você poderia facilmente fazer em casa. Então, dessa vez, tenho que dizer que há uma confiança que conquistamos como banda que ajudou muito a tornar as coisas ainda mais fáceis. E acho que é exatamente isso que você ouve, quando você passa pelas músicas e as ouve, você sente aquela facilidade: ‘uau. Uau. Ok, isso está muito legal’. Eu adoro isso. Então é assim que se faz.
Não quero dizer que quero estar em casa quando estou em turnê. Então, odeio a ideia de shows de laser ou algo assim. Enquanto eu puder andar, quero estar no palco. Mas em termos de produção, tenho que dizer que adoro a técnica que temos hoje em dia.”
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