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Ghost: “Tik Tok? Que porra é essa? Eu já estava farto de ouvir sobre isso”, diz Tobias Forge

“Mary On A Cross”, o lado B de 2018 do Ghost viralizou no TikTok em 2022 e tornou a música um verdadeiro sucesso da banda. O líder do Ghost, Tobias Forge abordou este assunto em uma entrevista Qobuz:

   

“Nós realmente não vimos isso chegando. Honestamente, foi ótimo. No entanto, levando tudo em consideração, foi um golpe para a Impera. Como você deve lidar com algo assim? Porque você tem que lidar com isso de alguma forma. Voltando à sua pergunta anterior, se as coisas começassem a estagnar amanhã e não fôssemos mais considerados “relevantes” (risos), se fôssemos relegados ao passado e vistos como um ato nostálgico, acho que desaceleraríamos tudo. Eu apenas manteria tudo superconfortável.”

Ele mencionou as bandas Faith No More e Marillion como exemplos:

“Veja a banda Marillion , por exemplo. Eu realmente admiro a maneira como eles administram suas carreiras. Eles só fazem as coisas que importam! É o mesmo com Faith No More ; essas bandas não fazem muitas perguntas. Eles apenas fazem o que parece natural, divertido, simples ou necessário — às vezes, tudo isso junto. Não há restrições de tempo; as coisas acontecem quando é a hora certa. Então, se eu estivesse diante de tal situação, provavelmente decidiria fazer menos shows do Ghost, por exemplo.”

O sucesso de “Mary On A Cross” fez com que a banda ganhasse milhões de jovens pelo mundo, e Tobias também falou sobre isso:

“Eu realmente tenho tentado descobrir o significado do que aconteceu com essa música, pelo menos com o capítulo “TikTok” de sua existência (risos). Quando eu a gravei alguns anos atrás, ela acabou no lado B de um single que eu literalmente concebi como uma paródia. Isso não me impediu de colocar meu coração e alma nisso, no entanto, e eu gravei essas faixas com toda a paixão que eu pude reunir. De qualquer forma, eu tinha os arquivos no meu computador, e eu toquei “Mary On A Cross” para meus amigos e familiares, que imediatamente acharam que era ótima. Eu também achei. Eu ainda acho. Eu acho que é uma das melhores músicas que eu já escrevi.”

“Em mesmo sendo ótima ele terminou no lado B de um Maxi?”

“Sim, é uma pena. Acho que me irritou um pouco lá no fundo. Acho que é por isso que pensei imediatamente que se eu quisesse dar valor a ela, teríamos que tocá-la ao vivo. Então eu a toquei em todos os shows do Ghost. Era minha maneira de dizer: ‘Quero que você ouça isso, e quero que você ame!'”

Questionado como ele soube do sucesso da canção no Tik Tok, ele respondeu:

   

“Estou realmente fora de contato com as mídias sociais. Não é que eu não tivesse ouvido falar do TikTok, mas era apenas uma palavra para mim. A gravadora estava falando bastante sobre isso e parecia bem interessada, mas eu realmente não entendia o porquê. Afinal, estamos falando de um conceito em que você só ouve vinte segundos de uma música. Que porra é essa? Eu já estava farto de ouvir sobre isso!”

Ele acrescentou:

“Um dia, fui convocado para uma reunião de crise com a gravadora, e havia uma vibração estranha na sala. Eles disseram: “Você está ciente do que está acontecendo no TikTok?” Minha filha me disse que a música estava indo bem no TikTok, então eu sabia que algo estava acontecendo, mas não percebi a extensão disso. Lembro-me deles me dizendo: “O que está acontecendo aqui é o objetivo final de toda gravadora, mas não temos nada a ver com o que está acontecendo com ‘Mary On A Cross’. (risos)

Eles explicaram exatamente o que eu precisava fazer para surfar nessa onda do TikTok, como você esperaria, eu suponho. Eu só pedi para eles manterem o mais simples possível. Eu não queria que as pessoas pensassem que estávamos abandonando nosso álbum só porque o TikTok estava funcionando tão bem. Eu não queria que nós apenas atendêssemos os novos fãs. Nós não passamos anos construindo o imenso bolo de várias camadas que é o Ghost só para fazer movimentos como esse! Nós já temos milhões de pessoas nos apoiando; não precisamos procurar em outro lugar. Eu quero que outras pessoas se juntem a nós sem que precisemos mirar nelas exclusivamente.”

Leia a entrevista completa aqui.

   

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