Algumas bandas importantes para o desenvolvimento do Thrash Metal nos anos 80, aos poucos, tem retornado com atividades mais constantes e menos esporádicas. Podemos mencionar o Vio-Lence, o Dark Angel e, é claro, o Forbidden.
Em uma nova entrevista concedida a revista Rock Hard, o guitarrista Craig Locicero e o baterista Chris Kontos, falaram um pouco sobre o novo álbum do Forbidden que já está em processo de composição.
Segundo Craig:
“Eu tenho o início de muitas músicas e todo mundo está aprendendo essas partes e adicionando sua própria marca a elas. Porque eu acredito que todos deveriam escrever sua própria história dentro delas. Penso que sempre haverá todo mundo adicionando algo, embelezando e tornando o trabalho melhor. Então, todo esse processo está acontecendo. E esta será a primeira vez que trabalharei com um cantor no Forbidden que não seja Russ Anderson, nosso vocalista original. Eu escrevi a maior parte das letras, mas Russ e eu escrevíamos todas essas melodias juntos. E então Norm e eu faremos isso e tenho total confiança nesse cara.”
Chris acrescentou:
“Temos uma grande vantagem, porque eu e Craig temos uma química muito forte por estarmos juntos em outras bandas, em lugares como no The Boneless Ones e no Spiralarms temos esse fluxo de confiar uns nos outros, o que nos dá uma vantagem para começar a escrever novas músicas do Forbidden, isso é incrível.”
Quando questionados se o novo material iria soar como Thrash Metal old school, as respostas foram as seguintes. Para Craig:
“Sim, terá elementos de Thrash da velha escola. Eu digo às pessoas, até agora, o sentimento que estou tendo com as coisas que estamos escrevendo, eu digo que é um cruzamento entre ‘Twisted Into Form’, de 1990, e ‘Omega Wave’, de 2010, com um pouco de outras coisas entre eles. Agora, as pessoas dizem: ‘E quanto à ‘Forbidden Evil’?’ É como se o Judas Priest não estivesse escrevendo ‘Rocka Rolla’. Seu primeiro álbum tem uma vibração totalmente diferente e teremos elementos disso, mas posso dizer com muita clareza que a vibração de ‘Twisted Into Form’ é realmente predominante, porque é uma versão mais madura daquilo que queríamos.”
Chris acrescentou:
“Algo que notei é que os bateristas que estiveram na banda permaneceram nesta fórmula. Há uma fórmula para isso, e o que Craig diz é que você está aprendendo a língua, e quero permanecer fiel a ela. Eu quero ter certeza de que há, porque cada baterista fez isso. Há algo que Paul Bostaph fez no primeiro álbum que é especial. E cada baterista, consciente ou não, permaneceu nesse mesmo território musical. Então eu ainda tenho aquela vibe de “Forbidden Evil”, mas não sou contra qualquer música que não tem aquelas mesmas características. Mas há algo muito legal com a bateria que acontece com cada baterista na banda. Eu fico tipo, ‘Uau, ele fez isso também.’ Mark Hernandez fez isso. Até Gene Hoglan entrou nisso, e até mesmo Sasha Horn.”
Craig continuou:
“O ponto comum é a maneira pouco ortodoxa como escrevo músicas e riffs. Isso faz você sincopar. Então, cada baterista tem sua própria maneira diferente de sincopar. E Mark Hernandez tinha ótimos pés e era isso que ele estava fazendo, onde Chris Sincopa de uma maneira diferente e tem uma comunicação diferente. Todo mundo faz isso de maneira diferente. E todos esses caras são ótimos. Todos que já tocaram no Forbidden são excelentes em seu trabalho. É o Thrash da Bay Area. Você teve que passar pelo Forbidden para chegar à porra dos grandões. E agora aqui estamos, é uma loucura ter a chance de estar nesta posição. Provavelmente estou mais impressionado com a resposta positiva da multidão e com a sensação de boas-vindas que estamos recebendo. Não é besteira. Toda noite, é tipo, ‘Uau, eles estão realmente felizes por estarmos de volta.’ Então, não podemos desperdiçar isso, cara.”