Fernanda Lira, baixista e vocalista da banda feminina de Death Metal, Crypta, tem causado algumas polêmicas dentro da comunidade Metal ao longo de sua carreira. Posicionamentos, publicações infelizes e declarações controversas competem quase de igual para igual com álbuns bem avaliados mundialmente, turnês de sucesso e uma enorme base de fãs que cresce a cada dia.
A moça parece não estar preocupada com nada disso e segue com suas convicções. Em uma entrevista passada ao Garza Podcast, Lira comentou sobre ser chamada de poser por parte da comunidade Metal. Ela se defendeu da seguinte forma:
“Eu meio que entendo de onde isso vem porque acho que eu sou mais aberta sobre isso, e eu realmente não me importo. Eu realmente uso minhas redes sociais como uma extensão da minha vida e minha vida é um universo inteiro.
O metal é a parte mais importante da minha vida, com certeza, eu sou uma metalhead, mas tem muito mais que eu quero compartilhar. Eu sempre digo, se você quiser saber sobre música e sobre a Crypta, tem a página da Crypta, tem muita coisa lá. Mas nas minhas redes sociais eu vou falar muito sobre metal, sobre Crypta, mas também vou falar sobre… Sei lá… Yoga, veganismo e Beyoncé.
Então eu acho que as pessoas dão mais importância para isso do que eu mesma. Às vezes eles estão falando sobre isso enquanto eu estou ouvindo Napalm Death. E eles falando sobre mim ouvindo Beyoncé.
Isso acontece porque eu sou mais aberta sobre isso e não me importo. Eu convido as pessoas através das minhas postagens a se libertarem para fazer o que quiserem, para postar sobre o que quiserem. Mas, na verdade, todo mundo ouve coisas fora do metal e isso não me torna menos metal.
Sou chamada de poser, mas a razão pela qual eu não me importo é que como meu pai é um metalhead, eu ouço metal desde quando eu tinha seis, sete anos, e ele gravava fitas cassete com Suicidal Tendencies, Iron Maiden, Doro Pesch… Então eu ouço metal durante toda minha vida, como quando eu era adolescente e minha vida era ir a shows.
Depois disso, minha vida era literalmente trabalhar para o metal. Eu tinha um programa de TV sobre metal, um programa de rádio sobre metal, onde eu convidava e entrevistava bandas e tudo o mais. Antes disso, eu estava fazendo resenhas de shows, fotografia de shows e entrevistando bandas para revistas e sites.
É por isso que quando as pessoas me chamam de poser eu fico tipo, ‘Essa pessoa provavelmente não sabe de onde eu venho e o que eu fiz no metal’. É por isso que eu não me importo. Você pode falar que eu gosto de Beyoncé, mas eu conheço o meu metal, eu conheço minha história no metal e é isso que importa.”
Em meio a tudo isso, Fernanda Lira decidiu mais uma vez não dar a mínima para as críticas e lançou um tributo para a cantora inglesa Amy Winehouse. O show se chamou “Remembering Amy” e aconteceu no Cine Joia em SP, no último dia 8 de março. O show mergulha na obra e na personalidade de Winehouse, dessa forma, tentando recriar a atmosfera de seus shows e trazendo uma nova perspectiva para sua arte e legado.

Sobre Amy
Amy Winehouse foi uma cantora inglesa de muito sucesso, vendendo mais de 40 milhões de discos. Apontada por muitos como a precursora da “nova invasão britânica” que ocorreu na música, assim como também a responsável por desencadear a revolução da música Soul no início dos anos 2000, Amy era extremamente talentosa.
Winehouse não conseguiu dar sequência a sua carreira por conta de diversos fatores extra música. A cantora teve uma relação muito difícil com o ex-marido, bem como não conseguiu vencer os muitos vícios em substâncias como cigarros, álcool, anfetaminas, cocaína, cannabis, ecstasy, LSD, heroína e crack. Após um período de abstinência, foi encontrada morta em sua casa em Londres no dia 23 de julho de 2011. Amy faleceu aos 27 anos devido a uma intoxicação alcoólica.
Fernanda Lira é vegana e anti-drogas, mas Amy Winehouse é uma de suas heroínas na música.
Além de Lira, uma banda com 10 músicos esteve no palco para cantar os sucessos de Winehouse. O setlist consisti em material dos álbuns “Frank” (2003) e “Back To Black” (2006). Entre as músicas, Lira compartilha histórias sobre a trajetória de Winehouse, suas influências e os desafios enfrentados ao longo de sua carreira.
Assista abaixo um pouco da apresentação:
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