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Dream Theater: “Inteligência artificial é um nome muito ruim para esta tecnologia”, justifica o tecladista Jordan Rudess

Jordan Rudess, tecladista do Dream Theater, voltou a falar sobre o assunto do momento: a inteligência artificial.

   

Este, com toda a certeza, é um dos assuntos mais debatidos dos últimos tempos. Principalmente, se levarmos em consideração o que aconteceu no mundo pouco tempo atrás. O universo virou uma caixa de manipulação sombria e compulsória, colocando tudo em cheque, mesmo o que apresente prova para justificar seus meios e motivações.

A inteligência artificial utilizada nos dias de hoje e aprimorada dia após dia, é ou não é maléfica para a humanidade? Esse é ponto de conflito entre quem apoia a ideia e quem é totalmente contra. Porém, o que falta muitas vezes é o poder de argumentação e estudo sobre este e qualquer outro assunto. As pessoas discutem por discutir e ninguém se aprofunda nos detalhes e, por consequência disso, não absorvem nada de útil para si. Todavia, é bom entender que a I.A. (A.I., no original) é mais complexa e abrangente do que se aparenta, além de envolver vários fatores e caminhos.

Com a palavra, o tecladista Jordan Rudess

Jordan Rudess foi questionado pelo Metal.it, da Itália, se ele possui algum receio sobre a tecnologia do momento. O tecladista do Dream Theater disse:

“Uma das empresas com as quais trabalho muito de perto se chama Moises. É uma empresa muito interessante. Eles são mais conhecidos por seu trabalho em separação de faixas, e músicos do mundo todo usam isso. Porque basicamente a maneira como funciona é que você pode carregar no sistema deles um arquivo de áudio estéreo ou até mesmo um vídeo, e então quando estiver no sistema deles, o sistema pode desmontá-lo. Então digamos que você carregue uma música do Dream Theater, e então quando ela voltar para você, você pode decidir: Eu quero ter os vocais, o piano, o baixo, a bateria, a guitarra solo, o violão. Você pode separá-los. É como ter acesso a todas as faixas individuais. É uma espécie de milagre musical moderno, realmente, a maneira como funciona. E há algumas empresas diferentes que trabalham na separação de faixas, mas Moises é praticamente o topo do jogo. É incrível. Mas não só isso. Então, depois que eles meio que colocaram sua separação de faixas no mundo, eles começaram a desenvolver o sistema ainda mais, a ponto de agora fazer coisas como – bem, primeiro de tudo, o tom e o tempo são completamente flexíveis. Você pode ter coisas tocando em tons diferentes, mas manter o ritmo da música. Mas também ficou muito bom em mostrar os acordes exatamente na batida em que eles caem na música, e está ficando muito preciso também, o que é realmente ótimo. Além da ideia ou implementação de ser capaz de separar as seções da música para que alguém que esteja aprendendo uma peça possa dizer, ‘Eu só quero ouvir o verso’, e fazer um loop do verso, talvez o verso na ponte e conectar esses dois e fazer um loop perfeitamente.”

Rudess seguiu com seu embasamento sobre a tecnologia utilizada pela empresa Moises:

   

“A razão pela qual eu os menciono é porque eu amo a tecnologia, mas também porque todos os músicos ao redor do mundo que usam isso, alguns deles têm essa ideia de que a I.A. é uma coisa ruim, mas eles nem sabem que o Moises é construído com I.A. Esta é a tecnologia que é a estrutura para tudo o que Moises faz. Lamento ser o portador de más notícias para alguém que é contra a I.A., mas agora está aprendendo uma peça musical usando-a.”

O tecladista justificou o motivo de achar ruim o nome dado para essa tecnologia:

“Primeiro de tudo, acredito cada vez mais que inteligência artificial é um nome muito ruim para esta tecnologia. Há muitas outras maneiras de pensar sobre isso. Não há nada realmente artificial sobre isso. Deveríamos voltar no tempo, realmente, e mudar isso. Isso está levando as pessoas ao processo de pensamento errado para pensar sobre o que realmente está acontecendo com a ferramenta e como essas coisas são montadas.”

Ele acrescentou mais à conversa:

“Dito isso, há muita preocupação no mercado musical por parte das pessoas sobre seus direitos, como esses modelos foram instruídos ou carregados com diferentes músicas e estilos, e com razão. Pessoas, músicos estão preocupados. Eles sentem que isso talvez não seja justo. Talvez suas músicas estejam sendo carregadas em um computador sem sua permissão. Todos esses tipos de coisas são realmente, realmente importantes para descobrir. Tudo isso são questões legais que precisam ser resolvidas em grande estilo. Vai levar tempo e, honestamente, embora eu esteja ciente, simpático e também preocupado, essa não é minha especialidade, esse tipo de coisa. Minha especialidade é pensar, ok, bem, você tem essa nova tecnologia. Como podemos usá-la para fazer instrumentos mais expressivos? Como podemos usá-la para ter mais diversão musical? Como podemos envolver mais pessoas na beleza de fazer música elas mesmas? E como posso usá-la para apenas estender o que faço no mundo musical e fazer coisas que nunca foram possíveis antes, e também ser uma das pessoas que meio que ajuda a direcioná-la em direções que são mais valiosas para o futuro de música e tecnologia musical. Então isso é muito importante para mim. Essa é uma das razões pelas quais estou realmente animado com o trabalho que estou fazendo com o MIT (Center for Art, Science & Technology), porque eles têm algumas mentes maravilhosas lá que estão pensando de maneiras positivas sobre como você pode pegar essa tecnologia, a tecnologia que está disponível para nós hoje, e fazer coisas incríveis, benéficas, legais, importantes, educacionais e divertidas com ela.”

Jordan Rudess se mostra bastante aprofundado quanto ao assunto mencionado, pois traz a campo uma forma diferente de visualizar o que a tecnologia pode proporcionar para as pessoas, desde que se faça a coisa certa, sem formas de manipulações das quais vemos aos montes por aí. Abaixo, estão as informações sobre o envolvimento de Rudess com a tecnologia I.A.

O músico está colaborando com o grupo de pesquisa Responsive Environments do MIT Media Lab. Além disso, seus principais parceiros no empreendimento são os alunos de pós-graduação do Media Lab Lancelot Blanchard, que explora aplicações musicais de I.A. generativa (informado por seus próprios estudos em piano clássico), e Perry Naseck, um artista e engenheiro especializado em mídia interativa, cinética, baseada em luz e tempo.

Só para ilustrar, Jordan Rudess lançou um disco solo no dia 6 de setembro intitulado “Permission To Fly”. Mas aí vem a pergunta que não quer calar e nós sabemos que você quer fazer. Vamos a ela:

   

“Permission To Fly” é legítimo ou foi feito por I.A?…

   

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