Chuck Schuldiner, vocalista, compositor e guitarrista do Death, faleceu de forma prematura em 2001 quando tinha apenas 34 anos. Como um dos precursores do Death Metal, a banda continua sendo uma das maiores influências para músicos do mundo inteiro que querem seguir pelo caminho da música pesada e, o inovador e talentoso Chuck Schuldiner, uma das maiores referências do gênero e também da guitarra.
Mas, como será que era trabalhar ao lado de Chuck Schuldiner? Essa é uma pergunta que muitos fãs têm curiosidade de saber, e o ex-baixista do Death, Steve DiGiorgio (Testament), respondeu sobre isso em uma nova entrevista com D’Addario and Co:
“Trabalhando com Chuck, ele estabeleceu a música com seu riff. E ele permitia que os músicos ao redor dele pegassem isso e interpretassem como bem entendessem, contanto que ele ainda tivesse a direção que ele estabeleceu. Ele realmente pressionou os músicos a adicionarem a essas coisas.
Houve até momentos em que eu escrevia algo, um pequeno contraponto, algo que estava ficando louco, e eu pensava tipo, ‘Oh, ele vai ouvir isso, e provavelmente vai querer domar porque é um pouco corajoso.’ E ele apenas balançava a cabeça. Ele dizia, ‘Eu sei que você poderia fazer mais. Eu gosto da sua ideia, mas vamos lá, vá em frente.’ Então ele foi um grande fator para eu ir em frente.”
Mas nem todas as sugestões as sugestões eram aceitas por Chuck e, para algumas, ela tinha o momento e o lugar certo de encaixá-las:
“As pessoas dizem: ‘Ele é um tirano no estúdio?’ Eu fico tipo: ‘Cara, você tá brincando? Esse cara é o mais mente aberta, pensador livre.’ E houve momentos em que suas ideias se afastaram um pouco do que ele estava procurando, e ele te controlava e dizia: ‘Você pode guardar isso para aqui? Porque talvez eu tenha uma parte de harmonia que entra, eu não quero que entre em conflito.'”
Ele não estava apenas deixando tudo voar. Ele era um bom controle de qualidade, mas tinha confiança suficiente em sua própria habilidade de composição para permitir que os músicos fossem eles mesmos, trouxessem sua personalidade e decorassem seus riffs.”