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Clássicos: Morbid Angel – “Altars Of Madness” (1989)

“Altars Of Madness” é o debut da banda americana de Death Metal, Morbid Angel.

   

O ano de 1989 pode ser considerado como um dos melhores em se tratando de Metal extremo.

Claro que esta frase é pessoal e tal afirmativa é tão somente uma forma de enaltecer o que de bom aconteceu naquele ano em termos de Death e Thrash Metal.

Tais estilos estiveram em alta através de bandas que se tornaram grandes em um futuro não muito distante e alguns discos lançados no referido ano entraram anos mais tarde na galeria dos clássicos absolutos.

Porém, é importante lembrar que os estilos viriam de países diversos já que o momento era oportuno e a ordem era simples. Lançar um disco relevante e mostrar o que de melhor o grupo tinha a oferecer. Sendo assim, nasceram pérolas como:

   

“Extreme Aggression” (Kreator), “Slowly We Rot” (Obituary), “Symphonies Of Sickness” (Carcass), “Severed Survival” (Autopsy), “Consuming Impulse” (Pestilence), “Realm Of Chaos” (Bolt Thrower), “Beneath The Remains” (Sepultura), “Rotting” (Sarcófago), “Agent Orange” (Sodom), entre outros.

“Altars Of Madness”

Pois então, se você é um fã ardoroso dos estilos citados, tudo indica que esta lista está perfeita (ou quase) e nada mais poderá ser acrescido, certo?

Errado! Para que a lista esteja perfeita, é preciso citar um dos discos mais insanos e extremos de todos os tempos, o todo poderoso “Altars Of Madness”, debut da banda americana Morbid Angel.

Formado em 1983 em Tampa, Flórida, por Mike Browning, Trey Azagthoth e Dallas Ward, o Morbid Angel é conhecido como um dos pioneiros do Death Metal, além disso, também a primeira banda do estilo a obter sucesso comercial significativo, ultrapassando a marca de um milhão de discos vendidos ao longo de sua carreira.

Trazendo em seu line up (na época) David Vincent (baixo, vocais), Trey Azagthoth (guitarras), Richard Brunelle (guitarras) e Pete Sandoval (bateria), o grupo lançou, em setembro de 1989, o magistral “Altars Of Madness”, debut e, inegavelmente, um marco na história da banda e também do Death Metal mundial.

   

Contendo 10 faixas inéditas, divididas em pouco mais de 38 minutos, eis que o disco é influência para bandas do estilo.

MORBID ANGEL / Divulgação / Facebook

Black Metal

Considerado um dos discos de Death Metal mais influentes de todos os tempos, “Altars Of Madness” também teve influência significativa nos primórdios da cena Black Metal norueguesa, já que suas letras retratam de forma aberta, o satanismo, ocultismo e o anticristianismo.

Enfim, é hora de conferir esta maravilha e invocar o mal que há dentro de sua alma, afinal de contas o momento é propício.

“Immortal Rites”

As boas vindas ficam por conta de “Immortal Rites”, excelente faixa de abertura e uma das músicas mais geniais do disco. Trazendo em sua sonoridade a fórmula brutal do Death Metal, somos conduzidos por melodias agressivas, vocais insanos, riffs cortantes, daqueles que parecem navalha cortando a carne e ao final a certeza de que o grupo bebeu na fonte do Possessed e Slayer, embora este último não seja banda de Death Metal.

Destaques para os vocais e para as linhas pesadas e técnicas do contra baixo, conduzido grandiosamente por David Vincent.

   

“Suffocation”

E já que falei de “riffs cortantes”, é exatamente isso que ouvimos na abertura de “Suffocation”, faixa que faz uma ponte entre o Heavy e o Death Metal, soando cadenciada em alguns momentos, ao mesmo tempo veloz e extrema no sentido literal da palavra.

Em pouco mais de três minutos de duração, somos nocauteados pelo baixo de Vincent, que mais uma vez se destaca, embora Azagthoth & Brunelle destilem o melhor das guitarras. além disso, temos Pete Sandoval e sua bateria no melhor estilo “rolo compressor”.

“Visions From The Dark Side”

O ataque sonoro continua com “Visions From The Dark Side”, uma das faixas mais insanas e destruidoras do álbum.

Unindo baixo e bateria, podemos dizer que estamos diante um dos melhores momentos do disco, bem como uma das músicas monstruosas do Morbid Angel.

MORBID ANGEL / Divulgação / Facebook

Com suas linhas de guitarras espetaculares e solos em forma de bisturis, mergulhamos na sonoridade de bandas como Obituary, Carcass, Atheist, Massacre, Sepultura, Monstrosity, Cancer, Celtic Frost, entre outros.

   

“Maze Of Torment”

Com suas guitarras iniciais mais técnicas, “Maze Of Torment” oferece ao ouvinte mais um momento de destruição sonora, já que as bases simples de guitarras em seu início descambam para uma pancadaria de altíssimo nível. Daquelas onde o pescoço certamente sofrerá as consequências.

Aqui, temos o flerte com linhas de Black Metal, embora, tecnicamente, tenhamos uma faixa que une o Death e Thrash. Ouvindo atentamente é possível descobrir algumas linhas de Speed. É possível dizer que daqui saíram riffs e vocais para futuros grupos de Thrash, Death e Black Metal.

“Chapel of Ghouls”

Como uma locomotiva descontrolada, “Chapel Of Ghouls” é o que podemos chamar de chute no crânio. Oferecendo ao ouvinte uma aula de pancadaria e riffs insanos, somos apresentados a uma das melhores músicas do disco, bem como uma composição diferente das demais, já que a mesma também apresenta guitarras mais trabalhadas, andamentos mais cadenciados, linhas sutis de teclados no estilo Black Metal e David Vincent vomitando seus vocais “assustadores” de forma infernal.

“Bleed For The Devil”

Seguindo a cartilha do Death Metal perturbador, “Bleed For The Devil” é um verdadeiro massacre em forma de riffs e velocidade. Rápida, agressiva e pesada. Assim sendo, a música representa um dos momentos mais infernais do disco, transportando o ouvinte ao submundo da pancadaria em forma de notas musicais. Em seus quase 2 minutos e meio de duração, é válido dizer que temos aqui a verdadeira “Trilhas Sonora para a Destruição”. Destaques mais uma vez para Pete Sandoval, uma verdadeira máquina de destruição usando como rolo compressor sua bateria.

“Damnation”

Sem deixar a peteca cair e contribuindo com a grandiosidade de “Altars Of Madness”, “Damnation” tira o fôlego que ainda resta do ouvinte, causando-lhe asfixia e torcicolo. Seguindo uma linha Death/Thrash amparada, ao mesmo tempo, pelos riffs de Azagthoth & Brunelle, somos dominados pela bateria de Sandoval e por Mr. David Vincent, uma fera nos vocais e uma máquina de demolição com seu baixo que destila peso e agressividade. Aliás, os blast beats do monstro Pete Sandoval promovem o caos em “Blasphemy”, faixa onde a banda mergulha nas profundezas obscuras do Black Metal, numa música que faz jus ao título.

   

Trazendo em seus “três minutos e meio” de duração, melodias mórbidas e perturbadoras, estamos diante um dos momentos mais insanos do disco. Igualmente, podemos destacar os vocais vomitados e perturbadores de Mr. Vincent, numa verdadeira profanação sonora.

“Pete ‘Commando’ Sandoval”

Antes de mais nada, ouso dizer que temos aqui uma das músicas mais absurdas e a melhor atuação de Pete Sandoval em todo o disco. Embora fique claro que estamos falando de um registro onde a perfeição faz-se presente da primeira à última faixa.

Ainda sobre Sandoval: O cara promove um verdadeiro terremoto, causando destruição com sua bateria absurdamente pesada.

“Evil Spells”

Fechando o disco em alto estilo, “Evil Spells” chega como um tanque de guerra, destruindo e esmagando tudo à sua frente. Seguindo a fórmula de sua antecessora, somos conduzidos pelos vocais furiosos de Vincent, pelos riffs de Trey Azagthoth & Richard Brunelle, assim como pela avalanche de Sandoval.

MORBID ANGEL / Divulgação / Facebook

Death Metal old school

Apesar de ser um dos representantes do Death Metal old school, Morbid Angel demonstra num único trabalho todos os elementos primordiais do Metal extremo. Ou seja, do Heavy ao Thrash Metal, do Death ao Black Metal. “Altars Of Madness” é, inegavelmente, um dos grandes registros de Metal extremo, além de ser um dos melhores álbuns do finalzinho dos anos 80 de Death Metal.

   

Apontado como um dos maiores clássicos da banda, bem como um dos melhores do estilo, “Altars Of Madness” tornou-se referência para uma geração que se formou, logo depois. Dessa forma, “Immortal Rites”, “Suffocation”, “Visions From The Dark Side”, “Damnation”, “Maze Of Torment” são apontadas como grandes “hinos” do quarteto.

Apesar de sua grandiosidade, “Altars Of Madness” traz referências de Venom, Hellhammer, Celtic Frost, Death, etc, grupos relevantes entre os grandes do Metal extremo.

“Altars of Madness” foi eleito o melhor disco de Death Metal de todos os tempos pelas revistas Decibel e Terrorize, figurando desse modo na lista dos “40 Maiores Álbuns de Death Metal” de todos os tempos.

Mais de uma década após o lançamento, no início do ano 2000 (em 2003 para ser mais exato), “Altars Of Madness” havia vendido aproximadamente 500 mil cópias em solo americano.

O álbum estava atrás apenas de “Covenant” da própria banda, que ultrapassava a marca das 600 mil cópias vendidas (na época). Mais que um disco, temos aqui uma obra inigualável do bom e velho Morbid Angel.

   

Numa palavra: Obrigatório.

Integrantes:

  • Trey Azagthoth (guitarra)
  • David Vincent (vocal, baixo)
  • Richard Brunelle (guitarra)
  • Pete Sandoval (bateria)
  •    

Faixas:

  1. Immortal Rites
  2. Suffocation
  3. Visions From The Dark Side
  4. Maze Of Torment
  5.    
  6. Lord Of All Fevers & Plague
  7. Chapel Of Ghouls
  8. Bleed For The Devil
  9. Damnation
  10. Blasphemy
  11.    
  12. Evil Spells

Redigido por: Geovani “Qual é a Música?” Vieira

   

Comentários

  1. Acredito que os anos 80 e 90 foram melhores em termos de tudo!!!! Hoje com tanta tecnologia, internet e meio streamming…era melhor retroceder para antigamente!!!! Estamos avançados em determinadas áreas e parada em outras, a ambição dos homens tá pior do que antigamente, violência paira até mesmo diante da tragédia da Região Sul…o ser humano é o próprio capeta!!!! E as vezes quando vc para para ouvir um bom som ou disco de Metal, muitos dizem ser som do capeta…fala sério!!!! Bons tempos de Altars of Madness, ouvia muito em uma fita cassete que eu tinha, valeu!!!!

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