Tracii Guns, o grande líder do LA Guns, é um cara com muita bagagem dentro do Hard Rock. Parece que ele sempre esteve ali, observando e participando de tudo. São muitas as histórias, vivências e lições que ele tem transformado em declarações muito legais em entrevistas recentes.
Em uma nova aparição no podcast Talking The Talk With Don, Tracii falou à respeito de seu talentoso amigo, Jani Lane, saudoso vocalista do Warrant. Lane morreu em agosto de 2011 após perder uma batalha de anos contra os vícios.
Sobre ele, Tracii Guns deu o seguinte depoimento:
“Bem, Jani, eu quero dizer que ele era quase o que chamo de talento acima da média no departamento de composição, o que significa que ele não apenas entendia ritmo, bateria e montava a base de como uma música pop deveria soar, mas também entendia de Metal. Ele entendia melodias vocais e entendia de marketing. A coisa da ‘Cherry Pie’ era enorme. Eram todos os ingredientes certos na hora certa. É como, ‘Olha esse bolo que eu fiz’. E do ponto de vista de Jani, ele estava tentando realmente estourar, e esse era seu objetivo.
E então, quando você chega ao terceiro álbum do Warrant, de 1992, ‘Dog Eat Dog’, o clima mudou, e ele era um cara muito metaleiro. Isso é o que as pessoas não percebem, é que se você está em uma banda de Hair Metal dos anos 80, bem, a palavra ‘Metal’ está lá. Isso significa que você tem influências do Metal. Isso significa que você ouviu Sabbath, Priest Maiden e Scorpions. Então, é como se todos nós fôssemos melhores em escrever música pesada, porque essas são nossas influências mais intensas.
Voltando ao Warrant, essa era a banda do Jani. Era o bebê dele. Era a coisa dele. E ele era imparável. Mas ele levou isso a sério quando a ascensão do grunge no início dos anos 1990 forçou a maioria das bandas de Hard Rock a sair das rádios e da MTV, as vendas de álbuns e turnês despencaram. Fizemos turnê com eles na era de ouro do Nirvana e estávamos nos matando. Estávamos em turnê e tocando para 2.500 pessoas por noite. Foi terrível.
E eu estava muito com o Jani. Fui eu quem deu a ele o maldito moicano. Mas ele era realmente um cara gentil. Se tivesse sido cem anos antes ele teria sido o poeta sensível. Ele era realmente esse cara, e ele só queria ser aceito, ele queria validação. E ele teve algum trauma em sua vida que o levou a fazer o que fez. Mas ele definitivamente deixou sua marca. Quer você ame o Warrant ou odeie, cara, você sabe quem eles são.”
