Precisamos concordar que o fã de Heavy Metal é bastante exigente, principalmente, quando se trata de seus discos do coração. Sendo assim, regravações sempre são vistas com receio até que o lançamento se prove realmente necessário. Muitos deles acabam recebendo mais críticas do que elogios e este é um risco que o músico assume correr assim que decide trilhar este caminho.
O ex-vocalista do Accept, Udo Dirkschneider, resolveu encarar o desafio. O baixinho irá lançar comsua banda solo no próximo dia 28 de fevereiro, “Balls To The Wall – Reloaded”, através do selo Reigning Phoenix Music.
É verdade que não estamos falando de fato de uma regravação comum nos moldes aos quais estamos acostumados. Trata-se de uma espécie de homenagem/tributo repleta de convidados especiais estelares.

Em uma nova entrevista a Jorge Botas do Metal Global de Portugal, o vocalista Udo Dirkschneider e o baixista Peter Baltes, ambos presentes na gravação do disco original, falaram sobre o sentimento de revisitar um dos maiores clássicos do Heavy Metal oitentista.
Udo começou dizendo o seguinte:
“Regravar o álbum ‘Balls’ é como, ‘não toque na vaca sagrada’. Mas com a coisa dos cantores convidados, o que fizemos agora, acho que funcionou muito bem. As reações estão muito boas até agora. E então acho que estou feliz com o resultado de tudo.”
Peter Baltes revelou que ficou nervoso:
“Eu gostei tremendamente. Eu também estava nervoso tocando o álbum novamente. Mas depois que começamos a gravar eu realmente me senti atraído por ele. E eu toquei do jeito que toco ao vivo hoje as músicas. Decidi não copiar o original, no meu baixo especificamente, porque essas músicas evoluíram ao longo de muitos anos para o que estou tocando hoje em dia. E essa foi uma das razões. A outra é, por mais sagrado e icônico que seja, sabemos que o disco fica na prateleira em algum lugar atrás de você e em 20 anos ele não foi movido dali. Então é uma honra para nós podermos reintroduzir o álbum para uma geração mais jovem, para um mundo totalmente novo de hoje. E eu acho que isso dá ao álbum a grande honra que ele merece, é onde ele está.”
Por fim, Udo disse que em determinado momento se sentiu inseguro com seus vocais:
“Eu estava bem nervoso quando comecei a gravar o álbum, estava nervoso com os vocais. Quer dizer, eu não tinha certeza se eu atingiria todas as notas (risos), as notas altas e tudo mais. Mas no final, eu acho que funcionou. Então eu tenho sorte. E eu acho que especialmente toda a atmosfera entre os cantores convidados e meus vocais, eu acho que dá a coisa toda uma nova dimensão, uma nova atmosfera. E sim, eu gosto muito disso.”