É um consenso entre os fãs dizer que a fase clássica do Slayer vai do disco de estreia, “Show No Mercy” (1983), até o quinto disco de estúdio, “Seasons In The Abyss” (1990). Esta fase possui até um marco divisório que é o lançamento do ao vivo “Decade Of Aggression” (1991).
Uma nova fase
Depois disso o grupo trocou de baterista e o lendário Dave Lombardo foi substituído por Paul Bostaph. Em meio aos anos 90, o quarteto ainda lançou o excelente “Divine Intervention” (1994) e todos pensaram que o Slayer passaria pela era do Grunge, Groove, Alterna e Nu Metal, ileso e sem ser alvejado. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Quase no apagar das luzes da década de 90, em junho de 1998, chegou o criticado “Diabolus In Musica” e o disco é um retrato fiel de sua época. O sétimo trabalho de estúdio da banda ainda é pesadíssimo, mas inegavelmente flerta com sonoridades mais modernas que faziam sucesso neste período.
Há algumas músicas neste tracklist que representam o absoluto avesso a tudo que a banda vinha criando desde sua formação. Mas Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Paul Bostaph não pararam por aí. “God Hates Us All” chegou em 2001, foi melhor aceito, mas ainda recebeu críticas, principalmente, dos fãs mais antigos.

Mudou, mas nem tanto…
Algo precisava ser feito e a solução foi trazer Dave Lombardo de volta. Como diz o ditado, a corda sempre estoura do lado mais fraco e, inegavelmente, foi Paul Bostaph que pagou o pato. Com Lombardo à bordo, vieram mais dois álbuns, “Christ Illusion” e “World Painted Blood”.
Com uma sonoridade que mesclava os bons momentos do início da carreira com a manutenção de algumas faixas mais modernas, os trabalhos fizeram a festa dos fãs die hard da banda, mas não significaram muito para amantes do Thrash e do Metal em geral.
Em 2013, Lombardo deu no pé novamente e, no mesmo ano, infelizmente, o guitarrista Jeff Hanneman nos deixou de forma precoce. Parecia o fim, mas o Slayer ainda tinha uma última carta na manga. Com Paul Bostaph novamente assumindo o posto de Lombardo, assim como o guitarrista do Exodus, Gary Holt, suprindo a vaga deixada por Hanneman, Araya e King nos ofereceram uma última valsa com o elogiadíssimo “Repentless” (2015).
Particularmente, sou o tipo de fã que gosta de todos os trabalhos da banda. Mas entendo perfeitamente que esta fase pós “Seasons In The Abyss” possa não arrancar suspiros de todos os admiradores do grupo. Neste artigo, separamos 10 músicas simplesmente imperdíveis lançadas à partir de “Divine Intervention” e vamos ver o que esse pessoal vai pensar ao reouvir tais composições. Arrisca um palpite?

Top 10 pós anos 90
Goste ou não, o Slayer possui um DNA musical fortíssimo e, portanto, mesmo em seus momentos de menor brilho, consegue entregar músicas absolutamente incríveis. Vamos as nossas escolhas (no final da matéria há uma playlist com todas as faixas agrupadas).
Ouça sem moderação:
Bitter Piece
Psychopathy Red
Dittohead
Supremist
Disciple
Cult
Repentless
Hate Worldwide
Catalyst
Sex.Murder.Art
Ouça todas as faixas em uma playlist exclusiva no perfil oficial do Mundo Metal no Spotify: