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Resenha: Soulthern – “Riding To The End” (2020)

“Riding To The End” é para minha grande surpresa apenas o debut da banda de Speed Metal, Soulthern. O power trio nasceu na cidade de Brusque/SC no ano de 2012 e forjou no puro aço, durante oito anos, o seu full lenght de estreia.

   

Minhas palavras foram cuidadosamente calculadas, pois estou, sem exagero algum, me referindo a um dos melhores discos do ano de 2020 no subgênero Speed Metal.

Flavio Cavilha

Os vocais de Flavio Cavilha, que também é o guitarrista do trio, me remetem a vozes como as de Noddy Holder do Slade e Jenny Haan do Babe Ruth.

Ambos foram vocalistas de bandas inglesas de Hard Rock que se destacaram na década de 70.

Porém, nada a ver com Speed Metal, não é?

   

Pois é, mas o mais impressionante nessa história é que são vozes extremamente altas e recheadas de drive, assim como a de Cavilha.

Ademais, como guitarrista, Flavio manda perfeitamente bem nos riffs e nos solos, não deixando nada absolutamente a desejar.

Divulgação / Facebook / SOULTHERN

Beto Barth

Em relação à cozinha do Soulthern, tampouco tenho críticas negativas a fazer. O baterista Beto Barth dá sentido ao termo Speed Metal, através de sua performance rápida e cheia de viradas insanas. Lucas Foxx executa com precisão o seu baixo em meio a todo esse rolo compressor sonoro, arriscando solos em alguns momentos.

“Out Of Control”

“Out Of Control”, por poucos segundos, me faz lembrar a faixa “The Oath” do Kiss, que abre o álbum “Music From The Elder”, mas essa impressão se desfaz com rapidez, pois a canção subitamente se transforma em puro Speed Metal, o qual é legítimo e venerável.

“Runaway”

No entanto, o disco já teria valido a pena só pela sua faixa de abertura, mas ela é somente o início de tudo de bom que vem pela frente.

   

Mantendo os pés afundados no acelerador, “Runaway” potencializa os adjetivos que cabem à música anterior. Foxx se destaca com frases de baixo rápidas e muito bem elaboradas.

Heavy Tradicional

“Rock The Night ‘Till I Die” desacelera minimamente, flertando fortemente com o Heavy Tradicional, como se fosse um Judas Priest com uma única guitarra.

“Midnight Wild”

Todavia, o Heavy chega em “Midnight Wild”, que é uma canção com forte potencial comercial e seria hit se tivesse sido gravada por qualquer banda consagrada da história do Heavy Metal. Duvidam? Escutem e comprovem o que digo.

“Christine The Killer”

A veia Speed Metal é imediatamente resgatada na faixa “Christine The Killer”. Refrãos fortes e agressivos são marcas registradas da sonoridade do Soulthern.

“Assassina, Christine A Assassina” fica lenta na metade de sua duração, proporcionando momentos de puro feeling de Flavio Cavilha, tanto no vocal, quanto na guitarra.

   

“Pillage The City (With Rock’N’Roll)”

A canção mais acelerada do disco, “Pillage The City (With Rock’N’Roll)”, é também mais complexa e trabalhada da obra, tendo sido eleita por mim, minha favorita.

O power trio gaúcho prova que é mais do que uma simples banda de Speed Metal e veio para fazer história, ainda que seja para poucos no undergound, porém, eles merecem muito mais do que isso. Flavio Cavilha e Lucas Foxx fazem solos juntos em dueto e esse é um dos momentos mais épicos do “Riding To The End”.

Mas, o que falta para esse disco ser ainda melhor?

“Flight Into The Night”

Antes de mais nada, um tema instrumental daqueles devastadores.

Eis que chega “Flight Into The Night” para satisfazer essa demanda e tornar o álbum, inegavelmente, uma master piece.

   
Divulgação / Facebook / SOULTHERN

“Caprice No.4” é mais um tema instrumental, o qual serve de transição para “Death Come From The Sky”, canção que encerra o disco. Ela se mantém instrumental por mais um minuto, até que os belos vocais de Cavilha assumam o seu devido lugar. O solo de guitarra está entre os mais bonitos do disco e esse trabalho não poderia terminar de outra forma, que não fosse com outra ótima música.

Reprodução / Facebook / SOULTHERN

Tive a honra de acompanhar o subgênero Speed Metal desde o início de 2020 e de haver resenhado os álbuns lançados que mais me chamaram atenção. Porém, não posso deixar de mencionar que o debut dos catarinenses do Soulthern, “Ridind ‘Till The End”, foi um dos que mais me agradaram naquela ano.

Aprovado e indicado aos apreciadores de Speed Metal old school.

Nota 9,2

Integrantes:

  • Flavio Cavilha – (voz e guitarra)
  •    
  • Lucas Foxx – (baixo)
  • Beto Barth – (bateria)

Faixas:

  • 1.Out Of Control
  •    
  • 2.Runaway
  • 3.Rock The Night ‘Till I Die
  • 4.Midnight Wild
  • 5.Christine The Killer
  • 6.Pillage The City (With Rock’N’Roll)
  •    
  • 7.Flight Into The Night
  • 8.Caprice No.4
  • 9.Death Come From The Sky

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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