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Sepultura: “Quem é que iria roubar um negócio daquele que estava destruído? Nossas contas estavam um caos porquê o Sepultura estava muito mal administrado”, diz Andreas Kisser

Sepultura: "Quem é que iria roubar um negócio daquele que estava destruído? Nossas contas estavam um caos porquê o Sepultura estava muito mal administrado", diz Andreas Kisser

Photo by Philip Cosores

Durante uma nova entrevista ao podcast G1 Ouviu, o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, comentou sobre a saída de Max Cavalera no final de 1996 e como ele lidou com isso. Indagado se logo após a saída de Max, ele percebeu que seria possível seguir sem o vocalista original, ele disse:

“Nós nunca desistimos. O Max e o Iggor saíram em dois momentos diferentes, dez anos de diferença. Eu falo que a saída DOS Cavalera não é um momento único COMO A GENTE VÊ. A saída do Max foi bem mais traumática porque a gente estava no Roots, o álbum de mais sucesso da época, fazendo turnê giganteS. Mas ao mesmo tempo ESTÁVAMOS completamente desestruturadoS, era um queijo suíço, [risos] cheio de buracos, cheio de falhas.

Musicalmente não, porque sempre fomos muito… eRA muito sagrado o nosso espaço. Os empresários, roadies e famílias não chegavam nesse espaço. A gente entrava no ensaio, fazia o nosso e brigávamos fora. No palco a gente tocava, e fora do palco era um caos. Então nesse aspecto nós fomos muito profissionais, inclusive, de fazer o que tínhamos que fazer, até o momento que a gente mandou A nossa empresária embora e o Max decidiu sair junto com ela.

O Iggor saiu dez anos depois, por diferenças de estilo e etc. Mas aquela saída do Max… Acho que todo processo trágico vamos dizer assim, de mudança, ele também é muito excitante, ele é sensacional porquê você tem um mundo livre à sua frente! Você tira algumas correntes que estão te prendendo e você tem espaço. foi o que nós fizemos. Nós não perdemos só o Max, perdemos a empresária, perdemos vários roadies, perdemos a confiança da gravadora, perdemos todo aquele processo que EM DEZ ANOS nós construímos, e ficou tudo com o Max e a Glória, com o Soulfly e etc.

E tivemos que resolver tudo do início, inclusive todas as dívidas. As pessoas fALAM, ‘Ah, vocês ficaram com o Sepultura, é fácil. Roubou o nome…’ Quem é que IRia roubar um negócio daquele que estava destruído? É aquela imagem: ‘Ah, o Sepultura está tocando em estádios, eles estão grandes.’ Mas dentro estava podre, entendeu? As nossas contas estavam um caos, porquê estava muito mal administrado [sEPULTURA].”

Assista a entrevista completa abaixo:

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