Durante uma entrevista recente ao Splash UOL, o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, explicou de que forma aconteceu a transição de duas guitarras para apenas uma guitarra após a saída de Max Cavalera. Acompanhe a seguir com a transcrição do site Mundo Metal:
“Foi lindo. Liberdade! Nos últimos anos o Max só fazia barulho no palco, com todo o respeito ao Sr. Cavalera, porque mano… Ele usava quatro cordas, a guitarra era toda desequilibrada porque ele quebrava guitarra em todo show, o roadie tinha que montar a guitarra dele em todo show, enfim… Fazia umas gambiarras, durava duas músicas e já quebrava.
Então a gente começou a acostumar, principalmente na turnê do Roots, de ser um trio, e o Max ficar mais livre, com berimbau, ficar coisas com as mãos, não sei o que… Nós achamos esse equilíbrio naquela turnê. Então nesse aspecto não foi tão difícil, e porque também eu não estava querendo reproduzir o que não está mais ali.”
A entrada de Derrick Green
Quando a gente começou procurar um novo vocalista… Tudo bem, o lance da guitarra era até uma preocupação nossa, mas não necessariamente, porque o Derrick tocava guitarra, mas ele toca Hardcore, não tem aquela pegada do Thrash Metal, aquela coisa da velocidade…
Até falei para ele quando ele entrou na banda: Derrick, você quer tocar no Sepultura, é o seguinte, você tem que pegar três discos e tocá-los inteiros, não solo, mas ritmo, e que são o Reign In Blood do Slayer, o Bonded By Blood do Exodus e o Kill ‘Em All do Metallica. Foi minha escola, de tocar Thrash. Se você aprender a tocar isso, beleza, você estará em um nível Sepultura.
Obviamente ele não foi, ele achou outro espaço, percussão, e ele sem guitarra é muito mais presença. E nós trabalhamos com os elementos do presente, o Sepultura é uma coisa mutante, é o que eu falei, não volta ao passado, não tem volta ao passado.”
Assista a entrevista completa abaixo: