Após anos de incertezas e muita perseverança, principalmente, por parte do guitarrista Andreas Kisser e do baixista Paulo Xisto, o Sepultura voltou a ocupar uma posição de destaque internacional.
Desde 1996, com a saída do vocalista/guitarrista Max Cavalera após o sucesso estrondoso do álbum “Roots”, a banda sofreu diversas críticas e percorreu um caminho árduo. Anos de trabalho renderam bons frutos e chegamos a apoteose dos momentos atuais com os sucessos de “Machine Messiah” e “Quadra” proporcionaram.
Com discos tão importantes, críticas tão favoráveis e uma ascensão vista somente nos anos 90, a banda quer desfrutar deste momento o máximo possível.
Em uma nova entrevista concedida ao podcast australiano “Everblack”, o guitarrista Andreas Kisser, explicou que estão focados em comemorar os 40 anos de estrada. Para isso, estão preparando um disco ao vivo muito especial e outras novidades.
Segundo Andreas:
“Estamos gravando tudo. Começamos na Europa durante o durante o mês inteiro gravamos tudo. Fomos para a Indonésia e Cingapura e gravamos lá também, e agora na Austrália no próximo Good Things Festival também. Então, queremos lançar 40 músicas em 40 cidades diferentes ao redor do mundo, cobrindo tudo o que fizemos. Claro, terão os clássicos, mas também os lados B e C, e realmente vamos fazer uma história muito completa e também vamos mostrar para onde podemos ir daqui para frente. Quer dizer, o Sepultura tocou em 80 países nesses 40 anos e temos fãs ao redor do mundo, e acho que já é hora de termos um álbum ao vivo como esse para comemorar junto com eles os 40 anos. E o disco vem nesse que é o nosso melhor momento… Nos sentimos ótimos no palco. Estamos tocando melhor do que nunca. Estamos nos divertindo, então acho que será um álbum ao vivo muito especial com todas as gravações que estamos fazendo agora. Será incrível.”
Quando questionado se um novo álbum de estúdio já está em pauta, Andreas negou:
“Não, de jeito nenhum, cara. Nenhum álbum novo em alguns anos. Estamos focando nas comemorações dos 40 anos. Teremos muitas coisas ligadas a isso. Criamos um logotipo, então queremos esticar este momento, queremos gravar o álbum ao vivo, comemorar e depois ver o que acontece. E não queremos nos forçar a escrever apenas por escrever. Tem que parecer como se tivéssemos algo novo para expressar. E eu sinto, e nós sentimos no Sepultura, que o álbum ‘Quadra’ ainda é muito poderoso, muito forte. Muitas pessoas não viram o álbum ao vivo ainda, como na Austrália, por exemplo, então queremos ir ao máximo de lugares que pudermos. É um álbum incrível para tocar ao vivo, então queremos aproveitar ao máximo a esta situação do ‘Quadra’ ter ido tão bem. Só depois disso poderemos seguir em frente.”
No último mês de agosto, em entrevista para Oran O’Beirne, da Bloodstock TV, Kisser já havia dito algo parecido. Veja:
“Na verdade, estamos gravando tudo agora, estamos gravando todos os shows. É ótimo que hoje em dia por causa da tecnologia tenhamos essa possibilidade. Não precisamos realmente ficar presos ou limitados a um ou dois shows para gravar um set completo ao vivo. Então a idéia é realmente coletar gravações de todo o mundo e preparar um lançamento muito legal de celebração da nossa história, de nossa música. Então, novas músicas ou um novo álbum, eu nem vejo acontecer num futuro próximo.”
E você, o que acha disso? O Sepultura deve mesmo comemorar o atual momento e aguardar para gravar o sucessor de “Quadra” ou uma demora muito longa pode prejudicar a sequência da banda? Deixe a sua opinião no espaço reservado para comentários!