Quando o assunto é Heavy Metal, muitos fãs se preocupam com o futuro do gênero. Muitas bandas se tornaram enormes na mídia e, há décadas, são os mesmos nomes que continuam sendo capazes de arrastar multidões para shows e festivais.
Mas uma pergunta não quer calar: e quando estas bandas pararem?
Um dia não teremos mais no palco nomes consagrados como Judas Priest, AC/DC, Metallica, Iron Maiden, Scorpions e etc. Algumas desta mesma estirpe, inclusive, já se aposentaram, casos de Black Sabbath, Kiss, Ozzy e outras.
Será que existe nesta nova safra algum nome que pode assumir o papel de um Iron Maiden?
Pode parecer um devaneio, mas muitos apontam o Sabaton como uma banda em franca ascensão e trilhando o caminho do estrelato com bastante sabedoria.
A ascensão do Sabaton
O grupo sueco tem se transformado numa máquina de engajamento e venda de produtos. A marca está cada vez mais consolidada, com a banda assumindo papel de protagonismo em diversos festivais, angariando fãs aos montes e lançando videogames, cruzeiros, canais de TV e, mais recentemente, um filme/show estreando em cinemas espalhados pelo globo.
O Sabaton pode ser considerado o mais próximo de um novo Iron Maiden que temos nesta era. Mesmo que isto signifique ainda estar muitos degraus abaixo da velha donzela, fica claro que este é o caminho.
Em uma recente entrevista concedida a David E. Gehlke, do Blabbermouth, o baixista e empresário Pär Sundström falou justamente sobre a gestão do Sabaton e como o grupo tem pensado sua carreira para o futuro.
Na Europa a banda já é uma realidade incontestável. Dessa forma, qual seria os planos para que o Sabaton comece a tocar em estádios e locais realmente grandes? Pär disse o seguinte:
“Claro que podemos fazer isso. Não estou nem um pouco preocupado com isso. É só uma questão de um pouco de tempo. Chegaremos lá. Já provamos que o Sabaton pode continuar a crescer. Não tenho dúvidas.”
Na esteira deste questionamento, é impossível deixar de mencionar que o mercado norte americano é algo muito mais difícil de se conquistar.
Muitas bandas enormes na Inglaterra e demais países da Europa, tiveram muitos problemas para estabelecer uma marca realmente forte nos Estados Unidos.
Pär Sundström parece ter um roteiro que inclui a América e não está nem um pouco intimidado. Ele disse:
Temos muitos planos para a América e vocês logo ficarão sabendo de alguns deles. Sabemos o que funciona para nós e isso é fazer shows. Sempre foi a coisa mais forte. Nós apenas fizemos mais shows no passado na Europa do que na América. Não estou preocupado, o Sabaton se tornará o que somos na Europa também na América. Vai levar um pouco mais de tempo, mas nós chegaremos lá.”
Sobre o filme/show do Sabaton nos cinemas, o baixista disse que esta é a prioridade da banda no momento:
“Qualquer projeto que fazemos sempre recebe muito amor. Esta é provavelmente a maior prioridade no momento. Então, sendo música ou outra coisa, tudo acontece em ondas. Não queremos fazer algo pela metade. No momento, esta é a coisa número um em que estamos trabalhando.”
O músico ainda foi questionado se o lançamento do filme nos cinemas é de fato uma das primeiras tentativas reais de fazer o Sabaton entrar no mainstream. Sundstorm ponderou:
“Eu ainda acho que será o núcleo de fãs do Sabaton que irá nos levar a isso. Eu não sei se isso vai atingir tanto além da nossa base de fãs principal. Espero, é claro, que haja algumas pessoas aleatórias que pensem, ‘o que é essa coisa legal? Eu vou ver’. Mas eu duvido que pessoas que não estão familiarizadas com a banda nos descubram através disso. Afinal, dá trabalho tirar a bunda do sofá, ir ao cinema e pagar os dólares para ver o filme. Eu não tenho certeza se isso vai atingir tanto além da nossa base de fãs, mas eu espero que possa atingir.”