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S.O.D.: “Algumas pessoas podem ter pensado: ‘isso é demais’, mas não éramos realmente daquele jeito. Estávamos sendo talvez um pouquinho imprudentes”

Alguns discos e bandas são totalmente produtos de suas épocas e jamais conseguiriam destaque nos dias de hoje. Imagine uma banda como o S.O.D. lançando um trabalho como “Speak English Or Die” em 2025. Provavelmente, seriam cancelados na primeira semana e as letras seriam totalmente incompreendidas.

   

O S.O.D. foi formado depois que Scott Ian, guitarrista do Anthrax, terminou de gravar o disco “Spreading The Desease”, em 1985. Ian havia criado um personagem detestável e começou a rabiscar a imagem dessa figura. Aos poucos, Ian foi criando a identidade de Sargent D e começou a escrever letras de músicas politicamente incorretas, que seriam as ideias do personagem ganhando vida.

Para colocar o projeto em ação, foram chamados o baterista Charlie Benante (Anthrax), o baixista Dan Lilker (Nuclear Assault) assim como o vocalista Billy Milano (M.O.D.). Apesar de despretensioso e cheio de letras imorais, o S.O.D. (Stormtroopers Of Death) acabou sendo um marco para o Metal, já que foi uma das precursores do crossover entre Thrash Metal e Hardcore.

Em uma nova entrevista para a Screamer Magazine, o icônico baixista Dan Lilker falou sobre o S.O.D. e o quão politicamente incorreto ele era. Dessa forma, Dan foi questionado sobre a controvérsia que aquelas letras deliberadamente ofensivas geraram até mesmo naquela época. Ele disse o seguinte:

“Havia algumas pessoas que queríamos irritar um pouco, mas era só você não se importar que estávamos sendo meio desagradáveis ​​e provocativos. As pessoas não estavam olhando para o quadro geral. Também tínhamos uma música no disco sobre estar de ressaca e não ter leite na geladeira, então você tinha que sair um pouco do foco também. E, a propósito, ‘Fuck The Middle East’ ainda é relevante. E escrevemos uma música sobre um cara em um filme com dedos impossivelmente longos que cortaria sua garganta. Então, claro, chamar o disco de ‘Speak English Or Die’, e não vamos entrar na conversa sobre cultura do cancelamento, a propósito. Eu sei que o álbum do SOD não poderia acontecer hoje, e todos nós sabemos disso. Mas vamos apenas dizer que sabíamos o que estávamos fazendo. Não me arrependo de nada. Sei que algumas pessoas podem ter pensado: ‘isso é demais’, mas não éramos realmente daquele jeito. Estávamos sendo talvez um pouquinho imprudentes, mas SOD era sobre a música. As letras eram meio que, como eu ia dizer, a cereja do bolo, mas como sal, não sei.”

Em 2018, Scott Ian defendeu o álbum. Ele disse o seguinte no podcast “Let There Be Talk”:

   

“Você tem que entender, esse era um personagem, eu estava escrevendo para um personagem. Não é assim que me sinto como Scott Ian. Eu criei um cara chamado Sargent D, sobre quem eu estava escrevendo uma história em quadrinhos e escrevi músicas baseadas nele. E se você não entendeu, vá se foder.

Eu nunca vou me desculpar, porque é daí que vem.”

   

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