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Resenha: Wolf – “Shadowland” (2022)

“Shadowland” é o nono disco da banda sueca de Heavy Metal, Wolf.

Dois anos e 19 dias após o lançamento de “Feeding The Machine”, o qual tive o prazer de resenhar, a banda sueca de Heavy Metal, Wolf, lança hoje, (1/4/2022), seu nono full lenght, “Shadowland”, pelo selo Century Media Records.

Divulgação / Facebook / WOLF

No registro anterior, as faixas “Shoot To Kill”, “Feeding The Machine” e a maravilhosa “Midnight Hour” foram as minhas favoritas, embora eu tenha gostado de todas as músicas. O que será que “Shadowland” reservou para mim?

Vamos conferir?

O álbum abre com seu primeiro single, “Dust”. Se “Shoot To Kill” serviu para incendiar “Feeding The Machine”, “Dust” faz exatamente o mesmo papel em “Shadowland”. Destaco, primeiramente, a dupla de guitarristas. Niklas Stålvind, que também é o vocalista de inconfundível e agradável voz, e Simon Johansson realizaram riffs que pegam na veia e, logo de cara, um dos solos mais arrepiantes do registro. Essa canção também é dona de um refrão pegajoso e contagiante.

“Realize we are but dust
Realize we are but dust
Just dust on a speck of dust”

“Visions For The Blind

Os riffs de “Visions For The Blind” continuam o trabalho, enquanto os solos com awah, que me remetem a Mick Box (Uriah Heep), me conquistam como sempre. O baixo de Pontus Egberg com seu belo fraseado, que dá mais peso ao refrão, e os bem encaixados repiques do baterista Johan Koleberg se sobressaem.

Stålvind

A beleza da voz de Stålvind e mais um solo de guitarra carregado de feeling marcam “The Time Machine”, uma das minhas favoritas do disco. Todos os riffs são simples, porém marcantes. “Evil Lives” carrega o refrão mais espetacular do álbum, impossível não refletir sobre o seu significado, pois não é somente o mal que habita nosso interior, mas o bem também e cabe a nós escolhermos um em cada uma de nossas atitudes e decisões cotidianas.

“Um diabo vive dentro de mim
E dentro de você há um também
O mal vive dentro
O mal vive dentro
O mal vive e o mal morre (dentro)
O mal vive dentro”

“Seek The Silence”

Um riff que soa épico introduz “Seek The Silence”, que é mais cadenciada que as anteriores. Além disso, as letras ocultistas são muito bem elaboradas.

“Eu os ouço chamando, mas /
Eu, eu procuro o silêncio / Apenas me deixe / Eu preciso do silêncio”.

“Shadowland”

Cada uma das temáticas líricas geraria uma resenha diferente pela riqueza de possibilidade de interpretações. O segundo single do full lenght foi justamente sua faixa título, “Shadowland”. É ela que contém os riffs mais elaborados da obra. O quarteto sai da “zona de conforto” de seu Heavy tradicional e executa um som mais elaborado e com uma atmosfera especial.

“The Ill-Fated Mr. Mordrake”

Por poucos segundos, “The Ill-Fated Mr. Mordrake” me remete a “Hangar 18” do Megadeth, porém isso só ocorre na introdução. Pois, na verdade, essa obra nada tem a ver com o clássico dos thrashers americanos.

De acordo com o que dizem por aí, Edward Modrake é uma “lenda urbana” britânica. Ele era herdeiro de um nobre inglês e tinha um rosto na parte de trás da cabeça. No entanto, teria esse rosto vida própria, podendo sussurrar coisas horríveis para Mordrake durante a noite, o que o teria levado ao suicídio aos 23 anos.

“Rasputin”

“Rasputin”, por outro lado, conta a história do místico russo Grigori Yefimovich Rasputin, o qual tinha influência sobre a família do czar Nicolau II, o último imperador russo. Ele era conhecido como santo e curandeiro, porém para alguns, não passava de um charlatão. Aliás, ele foi assassinado, porque dizem que sua reputação impulsionou a explosão da revolução socialista russa.

Divulgação / Facebook / WOLF

“Exit Sign”

Na reta final, “Exit Sign” continua transbordando Heavy tradicional para deleite extremo de seus apreciadores. Inclusive, eu me incluo entre eles. O solo de guitarra soa mais uma vez perfeito. O vocal de Niklas é realmente muito especial para a minha audição exigente.

Cantar Heavy com uma voz desse nível é para poucos afortunados pela natureza. “Into The Black Hole” encerra a nona página completa da história do Wolf, veterana banda sueca fundada na cidade de Örebro, como o nome de Wolverine, em 1995.Comparando o atual lançamento ao anterior, digo que, embora “Shadowland” não tenha uma “Midnight Hour” para ficar grudada na mente, mantém um bom nível equilibrado em todo o seu track list, o que iguala o atual registro ao seu antecessor.

Se você, assim como eu, é admirador de Heavy tradicional, ouça sem moderação.

Nota 9,0

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

A FIM DE LER A RESENHA QUE PUBLICAMOS DO ÁLBUM ANTERIOR, “FEEDING THE MACHINE” (2020), CLIQUE NO LINK ABAIXO:

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