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Resenha: Saxon – “Power and the Glory” (1983)

“Power and the Glory” é o quinto full lenght da banda britânica de Heavy Metal, Saxon.

   

O sucessor do poderoso ao vivo “The Eagle Has Landed” (1982) e antecessor do bom “Crusader” (1984) é, na opinião deste que vos escreve, o melhor registro da banda em estúdio (ao lado do glorioso “Strong Arm Of The Law”, de 1980).

Lançado em março de 1983, o quinto álbum do Saxon representa muito na história da banda, assim como na história da música pesada da década de 80. Pois, temos que nos lembrar que é o primeiro registro depois da “Trinca de Ferro”, “Wheels of Steel”/”Strong Arm Of The Law”/”Denim and Leather”, o que por si só não era tarefa fácil, tendo em vista que o quinteto chegava no auge de sua popularidade em sua terra natal.

É bem verdade também que o direcionamento musical já está mais aberto ao mercado devido à “Sindrome de Def Leppard”, que ganhava o mercado americano na época. Era uma corrida pelo ouro que se iniciava nesse período e talvez tenha atingido seu ápice em 1986, com grandes bandas britânicas e alemãs se entregando às tentações.

Mandatory Credit: Photo by Gunter W Kienitz/Shutterstock (104748c) SAXON Various – 1983

A estreia em estúdio do baterista Nigel Glocker

Nem por isso o disco é comercial. Muito pelo contrário, já que para mim é um dos mais próximos da definição de Heavy Metal clássico. Esse disco também é o primeiro de estúdio com o baterista Nigel Glocker, que já havia se juntado à banda anteriormente, no primeiro disco ao vivo. Suas batidas pesadas trouxeram uma roupagem mais inclinada ao Metal do que aquela mais Heavy Rock que Pete Gill entregava na época.

   

Foi no outono de 1982, que os 5 britânicos de Barnsley entraram no Axis Sound Studio, na fria Atlanta, a fim de gravarem esse grande clássico.

“Power and the Glory”

Logo na abertura, a faixa título mostra a tônica do restante do álbum: ou seja, puro Heavy Metal Britânico da melhor qualidade. Me lembro bem que o videoclipe promocional rolava com certa frequência em alguns dos poucos programas televisivos da época, entre eles o Som Pop, capitaneado por Paulinho Heavy, fazendo com que a banda se tornasse bem popular entre os headbangers tupiniquins. Grande refrão e final. Petardo.

“Redline”

Em seguida, a energética “Redline” entra rasgando com riffs agudos da Gibson SG de Graham Oliver, segurando bem a pegada inicial do disco. A faixa trata da temática símbolo da banda, máquinas + velocidade. Aproveito para dizer o quanto sempre preferi os solos dele aos do Paul Quinn.

“Warrior” / “Nightmare”

“Warrior” é simplesmente Power Metal cavalgado e muito pesado, com temática de guerra, que permeia parte do álbum. Ao passo que “Nightmare” é onde se percebe que a tal síndrome supracitada começa a fazer efeito. Longe de ser uma faixa ruim, mas não há dúvidas que destoa bem da pegada metálica que a bolacha transborda.

Lado B – “This Town Rocks”

O lado B do vinil é só pancada. Mr. Glocker mostra a que veio numa introdução violenta de “This Town Rocks”, faixa, ao mesmo tempo, rápida e forte, que funcionava muito bem ao vivo, chegando a ser um proto Thrash.

   
Biff Byford / Saxon / Reprodução / Acervo

“Watching The Sky” – “Midas Touch”

Logo após, “Watching The Sky” tem um refrão pegajoso e um solo bem legal, além de um final diferenciado. Uma boa faixa. Depois, a grande “Midas Touch” se inicia com um poderoso riff e cadências e dinâmicas variadas, uma das minhas preferidas desse registro.

“The Eagle Has Landed”

Enfim, a esmagadora “The Eagle Has Landed”, que trata da chegada do home à Lua. Uma faixa longa, no entanto, muito bem elaborada, daquelas que vão criando um clima onde se torna impossível não bater a cabeça.

“Take it easy. Take it slow. Don´t go fast. Don´t let go. The eagle has landed.”

Que sonzera!

Uma curiosidade: o riff final dela é exatamente o mesmo riff final de “Fade To Black” do Metallica, porém “Power and the Glory” foi lançado um ano antes. Assim como também, o riff inicial da faixa título é muito parecido com “Two Minutes To Midnight”, do Iron Maiden, lançado dois anos depois.

Foi um álbum que marcou muito a minha adolescência, num período onde a banda gozava de grande prestígio na Europa e era headliner de festivais como o Monsters Of Rock.

   

O disco foi produzido por Jexx Glixman (que trabalhou com Kansas, Gary Moore, Black Sabbath, entre outros) e saiu aqui pelo selo Carrere (RGE). (Sim, aquele rosa horroroso). A arte capa foi desenvolvida por Nic Tompkin, e até hoje é amada por uns e odiada por outros.

Para quem ainda não conhece e curte o Clássico Metal Britânico Tradicional, esse registro é obrigatório.

Integrantes:

  • Biff Byford (vocal)
  • Graham Oliver (guitarra)
  • Paul Quinn (guitarra)
  •    
  • Steve Dawson (baixo)
  • Nigel Glockler (bateria)

Faixas:

  • 1.Power and the Glory
  • 2.Redline
  •    
  • 3.Warrior
  • 4.Nightmare
  • 5.This Town Rocks
  • 6.Watching the Sky
  • 7.Midas Touch
  •    
  • 8.The Eagle Has Landed

Redigido por: Alan Breslau

   

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