“Born to Rot in Hell” é o quarto full lenght da italiana de Thrash Metal , Razgate, que é sucessor de “After the Storm… The Fire” que saiu em 2020. O quarteto da cidade de Sinalunga nasceu no ano de 2011, porém só lançou o seu primeiro registro, o EP “Countdown To The End”, três anos mais tarde. Em 2017, veio o primeiro full lenght, “Feral Evolution”, em seguida, já em 2018, foi a vez do segundo álbum completo, “Welcome Mass Hysteria”. O line-up, atualmente, conta com: Giacomo “Capo” (vocal/guitarra), Iago Bruchi (bateria), Francesco Monaci (guitarra) e Niccolò Oliveiri (baixo).
“Born to Rot in Hell”
Assim como eu dissera na resenha que escrevi sobre o disco anterior, na ocasião de seu lançamento, Razgate tem uma sonoridade que mescla o Thrash old school com toques mais modernos. No entanto, há em sua música uma explícita atmosfera Slayer, que torna o seu Thrash Metal verdadeiramente mais empolgante.
Violência Sonora
A canção ”Tyrants of Depravity“, que introduz o novo trabalho, é simplesmente um avalanche de caminhões scania desgovernados, pois a violência sonora predomina do primeiro ao último acorde. Acompanhada pelo baixo de Olivieiri, a bateria de Iago Bruchi acelera o ritmo, enquanto as guitarras de Giacomo e Francesco impõe seus riffs e solos avassaladores. Como vocalista, “Capo”, inegavelmente, encarna a fase mais brutal de Tom Araya.
“Curse of Blood” dá a impressão, a princípio, que vai ser mais moderna e menos pancadaria. Porém, esse cenário muda em menos de meio minuto e ela arde em peso e velocidade. Thrash Metal como deve ser, inclusive com aquele break down que prepara o solo que vem logo depois. Em seguida, “The Holy Grail” é ainda mais rápida e pesada. Destaque para as variações rítmicas de Bruchi, assim como também para os solos de guitarra de Monaci.
Musicalidade e agressividade, uma mistura perfeita
Após a audição da trinca inicial, eu achei que tinha desfrutado do grau máximo de aceleração e voracidade do disco, mas estava redondamente enganado. “Born Rot” transmite, sem exagero algum, ainda mais energia que suas antecessoras, embora isso parecesse improvável.
Já “The Thing at the Edge of Sanity” inicia com um bonito dedilhado. Enfim, parece que haverá alguns instantes para descansar os tímpanos. Em aproximadamente um minuto, a canção ganha ritmo e peso, contudo ainda pode ser considerada moderada, se compararmos ao que ouvimos antes.
“Interlude” é somente uma ponte para música que vem em seguida, “Fill Up The Grave”. Olivieiri executa uma linha de baixo sensacional, ainda assim acompanhando o ritmo de Bruchi, que simplesmente resolveu afundar o pé do acelerador até a sagrada hora do break down.
Os últimos quatro golpes antes do nocaute
“Violence, Vengeance, Chaos” é o primeiro dos quatro golpes finais. Mas, não se engane, pensando que Razgate aliviou a sua agressividade nessas derradeiras canções. O ritmo segue supersônico, enquanto o instrumental está tão devastador quanto um tsunami.
Apesar de não querer citar Slayer novamente, essa música me obriga. “More I See More I Hate” lembra aquelas canções que são mais voltadas para o crossover, misturando Thrash Metal e Hard Core. “Nailed to the Crossfire”, igualmente, segue essa tendência mais crossover, contudo nessa o Thrash prevalece um pouco mais. “Hail to Fallen” encerra o excelente quarto full lenght da história do Razgate, “Born to Rot in Hell”, da mesma forma como ele iniciou, ou seja, com peso, velocidade e agressividade.
Congratulazioni, Razgate, per il tuo eccellente lavoro musicale. Thrash Metal di prim’ordine.
Nota: 9,2
Integrantes:
- Giacomo “Capo” James Burgassi (vocal e guitarra)
- Iago Bruchi (bateria)
- Francesco Monaci (guitarra)
- Niccolò “Snacchio” Olivieri (baixo)
Faixas “Born to Rot in Hell”
- 1.Tyrants of Depravity
- 2.Cursed Blood
- 3.The Holy Grail
- 4.Born to Rot
- 5.The Thing at the Edge of Sanity
- 6.Interlude
- 7.Fill Up the Grave!
- 8.Violence, Vengeance, Chaos
- 9.More I See, More I Hate
- 10.Nailed to the Crossfire
- 11.Hail to the Fallen
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz