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Resenha: Prestige – “Reveal The Ravage” (2021)

Após um longo hiato de quase duas décadas, chegou “Reveal The Ravage”, quarto disco da banda de Thrash Metal finlandesa, Prestige, no dia 13 de agosto, pelo selo Massacre Records. Sendo ele, portanto, o sucessor de “Parasites In Paradise” de 1992. O quarteto nasceu em Tampere/ Pirkanmaa, no ano de 1987, em plena era old school do subgênero que espanca ouvidos.



Após lançar três primeiros discos: “Attack Against Gnomes” de 1989, “Selling The Salvation” e 1990 e o já mencionado “Parasites In Paradise”,Prestige encerrou suas atividades, voltando em 2006, porém o novo registro, ainda assim, tardou bastante em sair. Antes de mais nada, já adianto que a sonoridade da velha escola oitentista não foi abandonada por eles.

Photo By Peero Lakanen

Thrash Metal da velha escola 80’s

A internet nos deu essa maravilhosa oportunidade de conhecer bandas que não chegaram até nós em seus primórdios. Prestige é uma dessas ofuscadas pela insuficiente divulgação das décadas de 80 e início dos anos 90, pois suas composições são claramente influenciadas em bandas americanas, mas eles têm sua personalidade própria bem evidenciada.

“Reveal The Ravage”- “Line-up”

“Innocent” já demonstra bem o que acabo de afirmar, pois conta com os riffs e solos esmagadores da dupla Jan “Örkki” Yrlund e Ari Karppinen. Enquanto isso, a bateria de Matti Johansson passa por cima de tudo feito um rolo compressor. O vocal a la Tom Araya de Aku Kytölä, que também é o baixista, compõe a cozinha pesada e precisa com Johansson.



“Burn My Eyes” – “Blessed Be”

Um riff assassino introduz “Burn My Eyes”, e ainda que ela seja mais cadenciada que a faixa anterior, a intensidade do peso é mantida com sucesso. Além disso, o solo no break down pega na veia, dando lhe atmosfera diferenciada. Um lindo dedilhado encerra o peso em calmaria.

Em seguida, o acelerador volta a ser acionado em “Blessed Be”, além disso, Kytölä varia mais os seus vocais, soando diferente das duas primeiras músicas, todavia segue a agressividade que os caracteriza.

“Pick Your Poison”

O nível da audição continua em uma escala crescente de alto nível. Os riffs que iniciam “Pick Your Poison” são os mais anímicos até o momento. Não há, portanto, pontos negativos que possam ser apontados no trabalho das guitarras. Apesar do longo hiato, os quase vinte anos longe do estúdio só fizeram bem ao Prestige.

“Exit”

Eles provaram que a chama não se apagou ainda que a espera tenha sido longa. “Exit”, primeiro single do álbum, lançado no ano passado, soa ainda mais 80’s que as demais faixas, remetendo, ao mesmo tempo, a Angel e Slayer.



Influências na Bay-Area

A Bay Area mostra-se presente entre as referências sonoras do quarteto e, convenhamos que, isso jamais deve ser visto como um ingrediente negativo na fórmula. Logo depois, tenho a nítida impressão que vou ouvir Heavy tradicional a la NWOBHM. No entanto, segundos depois o Thrash toma conta das ações. Esse talvez tenha sido o primeiro single desses finlandeses em muito tempo e eles acertaram no alvo.

“You Weep”

“You Weep”, que foi single em formato de lyric vídeo, lançado no dia 7 de maio, soa um pouco mais atual. É bom ressaltar que embora o som do Prestige seja baseado na velha escola, eles não fecharam as portas para a modernidade e suas canções não soam datadas em momento algum, ainda que as referências nas raízes do Thrash sejam nítidas.

“In Remains” “Ready?”

A quase Speed/Thrash Metal ,“In Remains”, tem uma pegada um pouco mais teutônica, saindo um pouco do Thrash americanizado e viajando por outra importante influência dentro desse riquíssimo subgênero. Como resultado, isso dá a canção uma pitada a mais de peso que não deixa esfriar o prazer da degustação do disco e, pelo contrário, ainda aumenta a sua temperatura na reta final.

A receita inicial volta em “Ready?”, que, assim como todo o conteúdo nessa obra, não tem a intenção de redescobrir o fogo, mas é muito agradável de ouvir, mesmo não sendo algo novo. Dessa forma, o seu andamento rápido renova a adrenalina, estando próxima a hora da clausura.



Photo by José Emilio Paqué Lorenzo

Parte Final

“Self Destruct” tem recheio de solos em seu começo. Seus backing vocals me fazem lembrar Anthrax, Exodus, Overkill e Testament em seus primórdios. Dentro dessas fantásticas referências, o deleite é certo. “Prime Time”, canção que encerra o tardio quarto álbum do Prestige, vem à luz bem melódica e acompanhada de um dedilhado que logo em seguida ganha repiques de bateria, que lhe dão mais pesado e velocidade.

A melhor carta ficou para o fim do jogo. Pois, “Prime Time” é para mim o Joker que forma a canastra que vai a mesa, trazendo a vitória contra o oponente. Além de ser a minha favorita, ela foi a surpresa desse trabalho, pois, após nove faixas, ouvir algo assim nem passava pela minha cabeça. Ser surpreendido com qualidade é sempre bom.

Photo by José Emilio Paqué Lorenzo

O ano de 2021 cresceu muito na categoria Thrash Metal e esse fato me deixou bastante contente já que eu não conhecia o trabalho do Prestige e gostei muito. Em suma, espero conseguir explora-lo mais.

Aprovado e indicado, portanto, para fãs de Thrash Metal old school ou não.



Nota: 8,9

Integrantes:

  • Ari Karppinen (guitarra e vocal)
  • Jan “Örkki” Yrlund (guitarra e vocal)
  • Matti Johansson (bateria)
  • Aku Kytölä (vocal e baixo)

Faixas:

  • 1.Innocent
  • 2.Burn My Eyes
  • 3.Blessed Be
  • 4.Pick Your Poison
  • 5.Exit
  • 6.You Weep
  • 7.In Remains
  • 8.Ready? 9.Self Destruct 10.Prime Time

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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