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Resenha: Dirty Glory – “Miss Behave” (2021)

Seis anos após o lançamento de “Mind The Gap”, o quarteto paulista Dirty Glory está de volta com um novo álbum de inéditas. O segundo da carreira. Intitulado “Miss Behave”, o disco apresenta 10 faixas inéditas, repetindo a mesma fórmula usada em seu debut. Ou seja, Hard Rock de excelente qualidade, pomposo, alegre, divertido, executado por uma banda que dispensa maiores comentários.

   

Trazendo em sua sonoridade influências de nomes como Def Leppard, Crashdiet, Velvet Revolver, Guns N Roses, Danger Danger, Van Halen, Hardcore Superstar, Kickin Valentina, Ted Poley, Gemini Five e outros, o disco é uma excelente pedida aos fãs dos grupos supracitados, bem como uma pérola aos amantes de Hard e Glam Rock.

Trazendo em seu line up: Jimmi DG (vocais, guitarras), Reichhardt (guitarras), Vikki Sparkz (baixo, backing vocals) e Sas (bateria), o grupo lançou um dos melhores trabalhos do estilo, garantindo vaga na lista de “Melhores do Ano” na categoria Hard Rock. Por motivos óbvios.

Crédito: Photo By @carmenfernandesfotografia

Sem delongas, é hora de mergulhar nas melodias divertidas e viciantes de “Miss Behave”. Vem comigo!

.”Solid Brand”: Excelente faixa de abertura que traz inúmeras influências de nomes do Hard ao Glam Rock. Rápida, melódica, refrão grudento e vocais muito bem postados, estamos diante uma canção cuja sonoridade nos remete a nomes como Crashdiet, Velvet Revolver e Guns ‘n Roses. Um tiro certeiro para abrir o disco.

   

.”Faded Mirrors”: single que antecedeu o disco e ganhou um excelente videoclipe. Em suas melodias guitarras com uma pegada a la Gemini Five, principalmente no disco de estreia. Grudenta, pegajosa, refrão chiclete e vibe lá em cima, esta é tão somente o segundo momento do full que ainda tem muito a oferecer. Destaques para as linhas de baixo de Vikki Sparkz.

.”Out of The Line”: Hardão com riffs de guitarras pesados, e cara daquelas bandas de pós-punk dos anos 80, embora tenhamos aqui uma música que transita por uma veia mais moderna do Hard Rock que nos traz à mente nomes como Kickin Valentina e Hardcore Superstar. Nas partes onde as guitarras comandam o espetáculo (leia, solos), a simplicidade do bom e velho Rock ‘N, Roll são o grande atrativo.

Destaque mais uma vez para as linhas de baixo de Sparkz (Vikki), bem como as guitarras de Reichhardt, mostrando uma veia”bluesada” em seu início.

Ao final, aperte a tecla “Repeat” de seu aparelho e ouça inúmeras vezes (sem moderação).

.”Everybody Cares’: Juro que os violões iniciais desta canção me fizeram lembrar de “The Last Mile”(versão acústica) dos americanos no Cinderella.

   

Claro que estas referências são momentâneas, já que ela segue um ritmo mais Pop/Rock, trazendo em suas harmonias algo de Bon Jovi da fase mais recente. Ou seja, nada de extraordinário e talvez a música de menos impacto do disco (Opinião pessoal), porém, que certamente seria um Hit nas FM ‘s da vida, caso fosse trabalhada e divulgada.

.”Fight The Fight’: Sabe aquelas músicas que já nascem fadadas a hit e ao sucesso pleno? Pois é exatamente o que temos aqui. Vamos lá! Numa vasilha, misture Guns ‘n Roses, Chashdiet, Reckless Love, Maverick, Blackrain, adicione uma dose de Skid Row da fase “Slave To the Grind”, bata bem, e pronto! temos aqui o resultado final de “Fight Th Fight”, uma das melhores (senão a melhor) faixa do disco e nada mais precisa ser dito.

.”60 Seconds To Sunrise”: Pegue as melodias instrumentais e a bateria de “Maniac” de Michael Sembello, adicione alguns sintetizadores, jogue vocais de qualquer banda de Glam Rock e este é o resultado final. A verdade é que temos aqui uma música “diferentona” de todo o disco, seguido de uma constatação: Os caras se dariam muito bem caso se aventurassem em sonoridades voltadas ao Retrowave, Synthwave ou Synthpop.

.”The Maze”: De volta ao Hard/Glam, o quarteto manda seu momento Motley Crue. Calma, eu explico! Tente ouvir “The Maze” e não imaginar “Dr. Feelgood” (disco) dos americanos. Eu diria que é quase impossível, e digo mais, esta música certamente foi inspirada no citado álbum ou na própria “Dr. Feelgood”(música).

.”Shy Way”: Pegue seu isqueiro, baixe a luz da sala, abrace seu porta retrato com a foto de seu/sua ex, feche os olhos e mergulhe nas melodias da canção. Dona de bela harmonias e com uma pegada de Hard Ballad, estamos diante uma das melhores músicas do disco. Daquelas que merecem (e muito) um videoclipe e execuções em rádios ou qualquer mídia ligada a música.

   

Ouvindo atentamente seus acordes, nos deparamos com uma canção cujas referências poderiam ser Aerosmith, Poison e Guns ‘N Roses, principalmente nos timbres de guitarras à la Slash.

Apenas tente se desgrudar desse refrão: “Don’t have to bear no crown / Throw it over, misbehave /Y ou learn that you never drown / We choose the waves we engage / It’s ok to turn around / To take the wrong path, to shy away / It’s ok to be left out, don’t run away.”

.”Sacred Hatred”: A vontade aqui é de soltar um palavrão, porém não seria pertinente e soaria “deselegante” de minha parte. Meus amigos, que música é essa? Trazendo uma pegada cem por cento Hard Rock, mergulhamos de cabeça em mais um momento grandioso do disco. Tudo aqui é absurdamente muito bem executado. Vocais, backing vocals, baixo, bateria e claro as guitarras, grandes responsáveis por um solo simplesmente F#@!&*.

Não seria exagero dizer que temos aqui melodias que nos remetem ao que fazem com maestria, grupos como H.E.A.T, Crazy Lixx, Animal Drive, Dirty Shirley, Palace, Wig Wam e outros nomes do Hard/Melodic Hard Rock.

Crédito: Photo by Facebook of Dirty Glory

Ouviu até a última estrofe e ao final não fez uso da tecla Repeat? Então é certo que o amigo esteja com sérios problemas de audição.

   

.”Blame It On Faith”: Fui conferir se estamos de fato na reta final do disco, ou se minha matemática estava errada. Constatei que estamos de fato na última faixa e ela vem numa pegada mais Rock ‘n Roll e isso é notório principalmente pelos riffs de guitarras que lá no fundo manda uns licks mais “Classics”. Traduzindo tudo: Este é mais um excelente momento do quarteto, fechando em alto estilo um disco excepcional, daqueles que pedem imediatamente uma segunda, terceira, quarta, quinta audição.

Alguns pontos na carreira do Dirty Glory que precisam ser exaltados: “Miss Behave” é mais um daqueles casos de discos que nasceram prontos e fadados ao sucesso, já que tudo é muito bem feito.

Em seus 10 anos de vida, e com apenas dois discos lançados, o quarteto fez melhor que muitas bandas grandes, donas de extensa discografia e em alguns casos,lançaram discos totalmente desnecessários e irrelevantes.

Não bastasse o estilo escolhido e musicalmente uma banda com músicos excepcionais, o grupo também se preocupou na parte gráfica e principalmente na parte de produção. Trabalhos como “It’s On”(EP-2011),”Mind The Gap”(2015) e “Miss Behave” (2021) mostraram que além de boas canções, oferecem aos ouvintes produções que dispensam comentários.

Por fim, é difícil tentar entender o encerramento das atividades de uma banda que lançou um dos melhores discos de Hard Rock de 2021, e que certamente teria muito a oferecer em seus próximos trabalhos.

   

Que esta pausa nas atividades seja revista e que retomem a carreira rumo ao sucesso, que não por acaso lhes é merecido.

Na lista de Melhor Disco de Hard Rock de 2021, “Miss Behave” é presença garantida, e certamente estará numa excelente posição de destaque.
Banda e álbum perfeitos.

PS: Em 2017, o grupo lançou um single cuja música é uma versão Hard Rock para “Uma Noite e Meia”, gravada originalmente por Marina Lima.

Nota: 9,5

Integrantes:

   
  • Jimmi DG (vocal, guitarra)
  • Reichhardt (guitarra, vocal)
  • Vikki Sparkz (baixo, vocal)
  • Sas (bateria)
   

Faixas:

  • 01.Solid Brand
  • 02.Faded Mirrors
  • 03.Out of Line
  • 04.Everybody Cares
  •    
  • 05.Fight the Fight
  • 06.60 Seconds To Sunrise
  • 07.The Maze
  • 08.Shy Away
  • 09.Sacred Hatred
  •    
  • 10.Blame It On Faith

Redigido por: Geovani “MegaGigio” Vieira

   
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