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Resenha: Dagor Sorhdeam – “Phoenic Wrath” (2021)

“Phoenic Wrath” é o segundo full lenght da banda brasileira de Power Metal, Dagor Sorhdeam, lançado no último dia 3 de setembro, em formato independente. O sucessor de “Fog Of War” sai, portanto, dois anos após o seu lançamento. O quarteto foi fundado em 2019, mesmo ano de lançamento de seu primeiro registro, na capital paulista. A sonoridade do Dagor Sorhdeam tem tudo a ver com a qualidade e tradição do Power Metal “Made in Brazil”.

   

Line-UP

A voz de Gus Castro possui todos os elementos comuns em bons vocalistas do subgênero, com o acréscimo de uma pequena pitada de agressividade em sua interpretação, o que deixa o seu trabalho personalizado. Já Bruno Sena, o responsável, ao mesmo tempo, pelas 6 e 4 cordas, executa ambas com competência, compondo também a cozinha precisa com o baterista Alex Cristiopher. Fe Nabhan, por sua vez, é o responsável pelas as orquestrações (teclados, sintetizadores). A química de todos eles juntos tem um resultado satisfatório, fato que poderá ser compreendido melhor na análise das faixas, que vem em seguida.

“Transfigured Fight”

“Transfigured Fight” introduz o disco com riffs intensos e velocidade. Alex Cristopher deixa a vibe altíssima executando o seu ritmo. A voz de Castro invade a canção dando melodia ao peso, assim como suavidade ao caos. Os solos de Bruno Sena reúnem técnica e feeling de forma equilibrada.

A orquestração de Fe Nabhan é destaque desde que a faixa introduz e serve para contrabalancear o peso durante toda a sua duração.

“Victory Is Mine”

Ainda que siga os mesmos ingredientes de sua antecessora, “Victory Is Mine” a supera em todos os seus elementos. O refrão é mais grudento, a velocidade é tão acelerada quanto, o solo é ainda mais poderoso. Ou seja, todas essas características mostram que o álbum ainda tem muito a oferecer.

   

“Sacred Fire”

Nabhan introduz “Sacred Fire”, a qual a cada novo compasso adiciona mais instrumentos. A música, que parecia que seria mais lenta, assume novamente uma pegada Speed /Power Metal, porém intercala pequenos instantes mais cadenciados. Ela fecha a primeira trinca junto com “Transfigured Fight” e “Victory Is Mine”, e mesmo sendo a menos empolgante das três, ainda sim é ótima canção.

“Traidores da Pátria”

Bruno Sena dá um show à parte com os riffs introdutórios de “Traidores da Pátria”. Embora o título seja em português, ela é cantada em inglês, o que me deixou confuso na primeira audição, confesso. Apesar disso. a canção mantém o mesmo nível de suas anteriores, com um solo de guitarra mais técnico e com veia mais agressiva.

Lullaby

A hora da música lenta finalmente chega com “Delenda Homines”. A princípio, ela chega a se assemelhar com lullaby (canção de ninar), pela suavidade de seu instrumental e a melodiosa interpretação de Castro. Porém, quando entra a bateria, seu ritmo fica mais alegre e seu formato balada se define. O lindo solo de Sena tem até um momento a la Blackmore, sendo um dos mais bonitos do full lenght. No final ela acelera um pouco mais, entretanto sem desfazer o seu clima diferenciado dentro do contexto.

“Heroes Of Bolhrad”

“Heroes Of Bolhrad” pode ser definida como Heavy/Power, inclusive com uma discreta pitada de AOR. Pelo menos é essa a impressão. Ela não é rápida como as quatro primeiras faixas, mas é excelente. Pois o que lhe falta em momentos velozes, sobra em bonita linha melódica. O solo remete aos guitarristas virtuosos dos anos 80, porém sem exageros, tudo na medida certa.

Dagor Sorhdeam

O segundo álbum completo do Dagor Sorhdeam (o nome é complicado e estranho, eu também achei, rs), intitulado “ Phoenic Wrath”, termina com a canção “Alea Jacta Est”, que segue fórmula semelhante a “Heroes Of Bolhrad”, mas ainda melhor. Já que as orquestrações de Nabhan exercem um papel fundamental nessa diferenciação. Os solos, de guitarra e teclado, são fantásticos, enquanto a voz de Gus Castro se manteve impecável do primeiro ao último segundo.

   

Power Metal nacional

Dagor Sorhdeam fez, inegavelmente, jus a tradição do Power Metal nacional. Pois, inclusive, quando comecei a escrever a resenha, ainda era o dia de aniversário de 50 anos de André Matos. Nosso saudoso e inesquecível herói foi um dos principais responsáveis, senão o principal, pela escola nacional de Power Metal ter a tradição que tem. Dagor Sorhdeam , de agora em diante, passa a fazer parte dessa linda história. Álbum aprovado e indicado aos fãs de Power de todas as idades.

Nota: 8,8

Integrantes:

  • Alex Cristopher (bateria)
  • Bruno Sena (guitarra, baixo)
  • Fe Nabhan (orquestração)
  •    
  • Gus Castro (vocal)

Faixas:

  • 1.Transfigured Fight
  • 2.Victory Is Mine
  • 3.Sacred Fire
  •    
  • 4.Traidores da Pátria
  • 5.Delenda Homines
  • 6.Heroes of Bolhrad
  • 7.Alea Jacta Est
   

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

   
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