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Resenha: Feanor – “Power Of The Chosen One” (2021)

Gravadora: Massacre Records

   

Conhecida por sua garra nos mais diversos eventos esportivos, a gloriosa Argentina, que possui o nome mais legal para gritar em coro dentro de um estádio, também possui sua força voltada para o sagrado Heavy Metal. E o grande representante da vez é o Feanor, banda que já havia impressionado positivamente em discos anteriores a este que vos digita esta nobre epístola flamejante, que novamente está na área como o eterno Gabriel Omar Batistuta para cabecear e fazer o gol para o selecionado hermano. Sucedendo o consagrado álbum, “We Are Heavy Metal” de 2016, temos o novo trabalho intitulado “Power Of The Chosen One”, álbum este que foi lançado no dia 23 de abril via Massacre Records, trazendo para a banda a marca de quatro álbuns de estúdio. Três guerreiros assinam a mixagem e masterização de “Power Of The Chosen One”, sendo eles: o baixista da banda, Gustavo Acosta, juntamente com o guitarrista David Shankle (ex-Manowar), e fechando o trio, Sebastián Manta. O também guitarrista Walter Hernandez e o vocalista Sven D’Anna (Wizard) fecham o quinteto oficial. A arte do disco foi feita por Valgorth, enquanto quem elaborou e assinou a capa foi Dušan Marković.

O Feanor é uma banda que passeia pelas tundras do Heavy e as planícies do Power, sempre prestando homenagens ao passado na forma de suas canções. Para os mais ávidos por informações, o nome da banda vem de Fëanor, que por sua vez, é um personagem de “The Silmarillion” do lendário escritor J. R. R. Tolkien. Ainda neste ano, mais precisamente no dia 30 de setembro, a banda disponibilizará o EP “Boundless I Am Free”, também pelo selo Massacre Records. E desde o ano de 1996, os residentes da capital Buenos Aires estão fazendo o seu barulho com a intenção de unir os fãs de Heavy Metal em prol da boa “múzga”. Será que conseguiram novamente presentear seus adeptos com mais um excelente trabalho ou deixaram a desejar? Momento para um breve suspense… E nem pense em partir para o fim do texto, caso contrário, a partida terminará e o resultado será dado por W.O.

“Rise Of The Dragon” official videoclip

“Rise Of The Dragon”

   

Agora com a adição de um novo parágrafo, podemos sair desse suspense e partir logo para o ataque, com passes rápidos e uma jogada desconcertante para o adversário. Saindo do campo de jogo para o campo de batalha, nos deparamos com um descampado que permeia uma grande batalhe em meio à ascensão do dragão, que incendeia os vilarejos e proclama a independência dos arredores montanhosos, exigindo o fim de um povo fraco e imprestável que reside nesta terra. As guitarras emulam os tremores de terra causados pela ventania distribuídas pelas asas assassinas de um demônio insaciável e com sede de sangue fresco. O campo minado é estendido pela artilharia pesada de uma bateria cavalgada e cheia de energia convidativa aos adeptos de plantão que desejam apoiar aos bravos guerreiros nessa aventura. Lute! Lute! Pena soberania e poder do Heavy Metal! Os solos tornam cada golpe mais esperançoso que o anterior e esta noite não terá um fim nenhum pouco breve.

“Power Of The Chosen One” official lyric video

“Power Of The Chosen One”

Para enfrentar o poderoso dragão vermelho, dono da montanha do sol radiante, era preciso o surgimento daquele que possui o poder necessário para impedir e destruir a criatura que assola a toda humanidade presente no vilarejo. Em coro o conglomerado marcha para a frente de batalha sem pestanejar e jamais olhar para trás. Riffs sãos despejados como pétalas de rosas cortadas pelas garras da criatura que só pode ser barrada pelo escolhido, que busca despertar seu verdadeiro poder para enfim, eliminar o dragão que assola este mundo. Um baixo cavalgado, acompanhado de melodias construídas sob medida, causam um efeito mágico capaz de refletir toda a magia envolta do guerreiro destemido, que enfrenta além de tudo os seus verdadeiros medos, e a ansiedade em finalmente vencer através dos solos melodiosos, que são regidos por uma bateria contínua e firme.

“This You Can Trust”

   

Os desafios trazem a informação de que você pode confiar nisso tudo que está acontecendo, pois é real e tudo depende de você, jovem bravo e corajoso cavaleiro… Os cavalos partem à toda velocidade pelo desfiladeiro, incorporados pelo espírito de vingança contra toda a devastação causada pelos piores inimigos que aquele povoado já teve. O trilho leva a tropa de encontro ao Power Metal, e antes do Sol nascer será a hora de definir o resultado com solos empolgados e bateria que dilacera o peito do combatente apaixonado e ávido por mais uma conquista.

“Metal Land”

Junto à terra do Metal, é claro que os detentores da tocha que permanece acesa durante toda a guerra, seguirão em frente rumo a uma vitória coberta de louvor e cadência, reunindo mais peso, o peso das perdas que vão crescendo conforme o combate prossegue. É sentido o momento de que se deve mudar a tática, pois não se pode perder parte da tropa em tão pouco tempo. E nesta terra repleta de minerais preciosos, além dos metais mais valiosos, é preciso tomar uma providência acompanhada por belos acordes e solos que clamam por uma farofa temperada, e um frango assado na fogueira após o desfecho de toda a situação catastrófica atual.

“Hell Is Waiting” – official videoclip

“Hell Is Waiting”

   

É sábio dizer que o inferno espera por todos aqueles que derramarem seu sangue nas lâminas que selarão os seus respectivos destinos… O sangue escorre por toda a armadura, banhando os cavalos em vermelho, e pintando o céu com toda essa substância que foge dos corpos após uma profunda abertura de tecido orgânico, causada por mais um ataque poderoso vindo do alto da montanha principal na terra do Metal. Suba a ribanceira… Não desista… Persista… Acompanhe os solos a lá Deep Purple, e lá no topo estará a grande chance de terminar com todo esse documentário. As guitarras realizam esse chamado.

“Together Forever”

Em uma batalha acompanhadas por irmãos não apenas de armadura do mesmo reino, mas por serem irmãos de alma, e até mesmo parentes sanguíneos, é importante permanecer junto até o fim, sempre prezando pela honra e a perseverança frente ao ataque inimigo… É a partir daqui que avistamos o que o peso e a distorção de um contrabaixo bem executado pode causar diante de quem desafia o seu povo. Juntos seremos cada vez mais vivos e fortes. Juntos para sempre, mesmo que esse sempre possa durar menos de um segundo nesta vasta e fértil terra… Continue solando por mim, e mesmo que eu não esteja mais contigo nesta batalha em campo físico, tenha plena certeza de que estarei junto em forma astral para derrotar o inimigo de uma vez por todas.

“Bringer Of Pain”

Observando toda a trama sempre estará o representante que irá contar toda essa história, ou seja, o bravo bardo errante, que carregará toda a dor de uma nação ao se designar como aquele que carregará consigo a prova real de uma era celestial, e que certo dia veio de encontro ao seu destino final… O fim se aproxima de forma narrada, e em seguida, novamente cantada para que não haja dúvida quanto ao sofrimento para diferenciar o que vem a ser o real e o que é imitação. Guitarras alinhadas ao alicerce elaborado pelo baixo e pelos pedais equilibrados de bateria, mostram o caminho para portador de toda a dor da dúvida e do sacrifício constante de todos aqueles que um dia juraram defender seu território lado a lado, não importante o que fosse acontecer… E está acontecendo…

   

“Lost In Battle” – fan-made lyric video

“Lost In Battle”

Os ataque sumários vão eliminando dezenas de combatentes e aumentando a pilha de corpos carbonizados, e em pedaços, isso quando não são esmagados pelas patas pesadas, escamosas, com unhas enormes, e uma ardência provocada na pele nunca vista ou sentida antes… É mais do que certo o baixo aparecer com notas distintas e escrever toda a tomada aérea desse enredo “muzgal”. Toque a distorção, utilize de harmônicos somados aos acordes mais limpos, e não se esqueça de todo apuro é pouco para quem está nesse percurso desde o início. Siga lutando por esse sonho que temos em comum. Vamos vencer e vocês irão ver!…

“Fighting For A Dream”

O sonho de ver mais uma vez a luz do dia se torna cada vez mais inerte ao propósito da batalha, ao mesmo tempo em que essa imaginação se torna cada vez mais longínqua e praticamente impossível de alcançar. Porém, ninguém está disposto a pedir clemência jamais, e todos estão dispostos a lutar até o fim… Até o último suspiro do último componente que vive por esse sonho recheado de acordes mais românticos, retratando o mais puro romance entre o homem e a sua terra. Feche os seus olhos e sinta a “múzga” correndo em suas veias, fortalecendo a sua alma e não lhe permitindo se dar por vencido. Seu coração vibra e sua visão clareia, te mostrando o caminho para a realização de um sonho, o sonho de poder viver e tocar Metal de forma esplêndida, despejando solos como se pudesse simular uma cachoeira, sem que os outros instrumentos sejam perdidos de vista.

   

“The Return Of The Metal King (The Odyssey In 9 Parts)”

Dividida em nove capítulos, a batalha final tem seu personagem principal retornando e sagrando-se o campeão da terra do Metal. O todo-poderoso Rei do Metal recobrava o seu trono de direito, e ao dominar o dragão, ele olhou ao seu redor e percebeu que não estava sozinho, pois mesmo agonizando, seus aliados estavam ali presentes até a última fagulha de suas almas para não deixar o reino perecer esta noite… É quando o violão resolve ditar o ritmo da trama, a ponto de incrementar mais um elemento para o livro de guerras territoriais envolvendo a sagrada terra do Metal. As guitarras provocam o adepto a ir de encontro ao Heavy/Doom Metal nos primeiros capítulos, até que os violões acenam para as tropas e dizem: “há guitarras solando por aqui sim”. Corvos ao longe e trovões finalizam até então.

A perseguição começa e o campo de batalha ferve diante da agressividade dos oponentes, que não deixam passar um segundo sequer sem que provoquem qualquer desastre aos fracos e oprimidos por toda essa violência. A fome de Metal é lamuriante e não perdoa a quem possa recusar mais um pedaço desse bolo sonoro. Seja veloz nos riffs, mas seja prudente para não perder os dentes ao cair do palco. Solos mirabolantes surgem junto à ‘rifferama’ desenfreada, que por fim, é finalizada com uma lâmina decepando uma cabeça.

Um canto gregoriano é iniciado e o piano de calda entra em ação para dar mais emoção a este filme em forma de álbum de Metal. Quase que à capela, nos sentimos jogados dentro desse sonho tão perseguido desde os primeiros minutos do disco. Isso serve para apontar o que vem lá do alto para finalmente salvar a todos. O bravo e escolhido guerreiro já controla o seu poder e está com vontade de vencer. Peso e cadência, devidamente, calculados para que sejam adicionadas várias colheres de chá de solos de guitarra, sempre fervilhantes e prósperos.

Pássaros, mar calmo, sons da natureza e cânticos enfeitados por vozes femininas, nos fazendo mergulhar nesse sonho, e ao mesmo tempo acordar em alto mar… Não era na montanha? Montanhas são muitas vezes cercadas por rios que se bifurcam nas cordilheiras antes de chegarem ao oceano… Faltava enfrentar a criatura em local desvantajoso para ela. Afinal, o que voa dificilmente sabe nadar… Os soldados estão animados, interpretados pelos vocais originais que caminham a favor de uma rica conquista. O Metal ferve na alma de quem o tem como verdadeiro mensageiro da verdade e da esperança de um mundo melhor e sem nenhum tipo de “curva”, que venha a atrasar o lado de qualquer ser bondoso existente.

   

E assim como no início deste pergaminho portenho, terminamos esta aventura no campo inicial que vem a ser este aqui. “É mais um gol argentino, meu povo! Encha o peito, solte o grito na garganta e confira comigo no replay! Foi, foi, foi, foi ele…! Feanor, o craque da camisa número 9! Quando eram jogados 01:03:26 do mais novo disco, ela foi lá… No gogó da ema!… Balançou o capim no fundo do gol dos vacilões de plantão… Antônio Petrin, o que só você viu?”

“By the power of the chosen one
The sacrifice of your life
We stand by your side
Hail
Hail
Hail”

Nota: 9,0

Integrantes:

  • Walter Hernandez (guitarra)
  • Gustavo Acosta (baixo)
  •    
  • Emiliano Wachs (bateria)
  • Sven D’Anna (vocal)
  • David Shankle (guitarra)

Faixas:

   
  • 1. Rise Of The Dragon
  • 2. Power Of The Chosen One
  • 3. This You Can Trust
  • 4. Metal Land
  • 5. Hell Is Waiting
  •    
  • 6. Together Forever
  • 7. Bringer Of Pain
  • 8. Lost in Battle
  • 9. Fighting For A Dream
  • 10. The Return Of The Metal King (The Odyssey In 9 Parts)
  •    

Redigido por: Stephan Giuliano

   

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