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Resenha: Desaster – “Churches Without Saints” (2021)

Gravadora: Metal Blade Records

   

“A herança permanece nua das cinzas. As cinzas são o único consolo da vida.” É assim que iniciamos a nossa jornada por este tecido multiversal que abrange os versos e linhas sonoras desta que honrosamente será apresentada a seguir. O fim é o início e vamos entender isso durante esse misterioso percurso…

Após o lançamento de “The Oath Of An Iron Ritual” em 2016, os fãs dos alemães do Desaster foram aos céus do mundo inferior graças ao mais novo trabalho tão fantástico à época. E em 2016, a rivalidade ficou bastante acirrada com outros maravilhosos lançamentos. “The Raging Tides” dos compatriotas do Exumer, “Incoming Death” dos holandeses do Asphyx e “Decision Day” do Sodom colocaram o equilíbrio e a qualidade lá no topo, sendo difícil apontar qual destes álbuns foi o melhor disco lançado no ano citado. Agora em 2021, o Desaster presenteia seus adeptos e fãs de Black/Thrash Metal com mais um lançamento que chama a atenção das camadas mais profundas do underground satânico. Com o Sodom fora da disputa, já que lançou o mais incrível ainda “Genesis XIX” no ano passado, e o Exumer com seu “Hostile Defiance”, lançado em 2019, a briga fica com o Asphyx que lançou o não menos sensacional “Necroceros”. No Mundo Metal as disputas são feitas por estilos, mas sabemos que existem disputas gerais e essas são as competições que fazem o certame pegar fogo através destes medalhões que possuem a energia de garotos com vontade de fazer bonito e agradar aos seus respectivos apoiadores.

Para o Desaster seria um desafio e tanto lançar mais um álbum de inéditas após a explosão sonora que conseguiram construir com seu penúltimo full length. Entretanto, é muito melhor passar por esse desafio do que tentar superar algum disco duvidoso e sem sequer pensar no assunto, os residentes de Koblenz, Rhineland-Palatinate, seguiram em frente com suas ideias para o vindouro álbum. Lembrando aos caros amigos do esporte sonoro que o Desaster lançou dois split albums em 2020. São eles: “Ancient Gallery Volume 2 – The Battle of Armageddon” (Marduk, Mayhemic Truth, Antichrist, Orcrist e Ancestral Ceremonye estão presentes) e “Desaster / Decayed” (com a participação do Decayed). Além do single chamado “Black Celebration”, na qual eu achava se tratar de um cover para a clássica canção do Depeche Mode, do disco de mesmo nome, porém o single possui duas faixas e não tem ligação com o todo poderoso Depeche. E como eu citei isso, devo mencionar que as faixas são: Black Celebration (Congratulation From Satan) e Primordial Obscurity. Agora sim está completa a informação, não é mesmo? Ainda na mesma linha digo que é difícil encontrar algum mal provocado pelo aguerrido Desaster, que sempre se propôs a oferecer um cardápio repleto de blasfêmia sonora qualificada, sem cair em nenhum tipo de modismo que viesse a descaracterizar as ideias principais da banda desde os seus primeiros anos de estrada. Resta saber se essa jornada permanece intacta nesse quesito e se o novo baterista, Hont, consegue manter o nível deixado pelo seu antecessor, o ótimo Tormentor. Através dos singles “Learn To Love The Void” e “Endless Awakening”, pudemos ter uma palhinha de como poderia ser o disco. Porém, nada como mergulhar de cabeça nesse mar de lava vulcânica e apreciar as ondas borbulhantes desse novo rito arcano para saber se esse novo artefato sonoro alegra o antidivino ou não.

O novo full length dos germânicos será lançado no dia 4 de junho via Metal Blade Records, e tendo sido gravado, mixado e masterizado pelo ‘live mixer’ da própria banda, Jan “Janosch” Gensheimer, na própria sala de ensaio deles. Através de um local bastante familiar puderam manter as tradições da sonoridade executada pelo Desaster ao longo do tempo, isso se baseando no local de trabalho como sendo o mesmo da gravação do disco. Só não se pode afirmar com total certeza se realmente isso aconteceu, mas como o fã do Desaster é um adepto parecido com o do Sodom, o mesmo nem se preocupa tanto com possíveis novidades em sua base sonora, já que se trata de outra banda linear ao relacionar o histórico de seus trabalhos anteriores. Embora “The Oath Of An Iron Ritual” possua uma veia mais Speed que o normal, o pilar híbrido principal permanece intacto, ou seja, o Black/Thrash praticado por estes feiticeiros do Metal do submundo da boa “múzga”. Agora, com “Churches Without Saints” a coisa fica ainda mais séria por se tratar do sucessor de uma obra tão competente quanto o álbum de 2016. Os singles oferecidos ao público como um belo aperitivo até mostram como será o álbum no geral, mas enquanto não se ouvir por inteiro sempre ficará a dúvida no ar. E sem enrolar nos próximos versos desta epístola musical, vamos à terra do aprendiz do eterno maldito que busca alcançar a desgraça plena e dominar o planeta com seu conhecimento arcano, que será espalhado verso a verso e riff a riff por toda a extensão desta obra que nos convoca neste exato momento. Ainda sobre as informações adicionais, quem assina a bela arte da capa é Marcos Miller.

   

“Learn To Love The Void” official single

“Und ihr … ihr tretet an … das kosmische Spiel zu gewinnen?”

Um breve e sinistro silêncio nos avisa sobre a graça do pecado em “The Grace Of Sin”, que logo se transforma em uma abertura misteriosa e angustiante, que se acaba rápido como o sopro de um vento bem gelado, trazendo a graça do pecado e precedendo o que está por vir… Emendada a este aviso, a primeira lição do jovem guerreiro do clã maligno é aprender a amar o vazio através de “Learn To Love The Void”. Faixa esta que dispensa maiores cerimônias e ignora os braceletes cravejados de ouro dos grandes líderes das tropas sombrias do outro mundo, mostrando um Desaster bastante direto em seus primeiros momentos nessa nova estação. A distorção característica do guitarrista Infernal segue sendo inconfundível, o que torna o som do Desaster ainda mais poderoso e macabro. Unindo o Black ao Thrash, toda a receita tradicional das duas linhas juntas é acionada e aproveitada da melhor forma. O baterista Hont, que está na banda desde 2018, mas que até então não havia gravado nenhum full length com os caras, mostra a que veio e simplesmente destrói através do seu kit. Riffs e viradas marcantes, notas harmônicas e todo o aparato para esse tipo de sonoridade está bem presente nesta que veio a se tornar uma ótima faixa inicial após a intro, sendo que esta foi lançada como um dos dois singles para a apresentação do novo álbum. Enquanto os deuses observam o ato envolto por piras incandescentes, o homem cria e o homem destrói, sem precedentes, sem remorso, sem chance para uma segunda vez. Não há salvadores e negarão sua voz. A súplica é em vão e o fim é interminável para os que nem ao menos nasceu para descrever parte dessa história. Um emaranhado embaraçoso e abstrato toma conta da cadeia alimentar entre os diversos planos existentes para que confunda a mente de todos e todos estes sejam presas fáceis para o senhor feudal do subsolo de lava fervente. “O homem cria, o homem destrói / Permita-me negar sua voz / A morte sempre nos separará / Sem salvadores lá fora, leve isso de forma inteligente.” Mais acelerada e arrebatadora de zumbis que se proliferam nesse mundo repleto de mentiras que viram verdades absolutas pelo tanto que são citadas, temos “Failing Trinity”, faixa esta que condiz com a não muita surpresa do público quanto aos álbuns do Desaster, que sempre opta por seguir a sua linha sonora, sem se distrair com outras coisas que não tenham ligação com o seu propósito. A falha da Trindade e todos os seus enganos perante a sociedade somente aceleram o processo da decadência humana e terrena, e revela ser o seu próprio mal. A dissecação da arte proibida, acobertada por demônios responsáveis pelos pactos nefastos, ocorre da forma mais putrefata possível, levando aos céus aqueles que não possuem penas em suas asas, mas sim muito ódio em sua essência corrompida e vendida em troca da verdade sobre a tirania da Trindade. O prazer carnal e a troca da vida pela cura mental são elementos chave para toda essa lista de acontecimentos horrendos que infestam e controlam este plano astral. Para detalhar um pouco mais, a Trindade nada mais é do que a junção entre Pai, Filho e Espírito Santo.

Em quarto lugar não é o Alexandre Barros, motociclista que competia na famosa categoria MotoGP, e que quase sempre terminava a corrida na 4ª posição, mas sim a canção “Exile Is Imminent”. Esta sim é uma canção que poderia figurar no pódio de qualquer disputa. Não que o piloto brasileiro fosse ruim, mas a sua escuderia não era uma das principais da categoria em que o mesmo competia. Voltando ao disco, a faixa apresenta a primeira mudança sutil em seu super armamento sonoro ao apresentar uma introdução mais leve, que vai crescendo ao se aproximar do verdadeiro início desta parte da trama. O baixo de soa como se fosse uma trombeta grave que sustenta as notas mais agudas e melódicas da guitarra de Infernal Após esse pequeno trecho, a estrada cheia de terra batida toma conta das solas gastas do guerreiro que segue com sua jornada de aprendizado. Hont, que fora um estudioso do tipo de som que o Desaster trabalha, e isso foi destaque junto às notícias do novo disco, o que acaba por ser mais do que comprovado, dando a entender que ele parece ser um integrante mais antigo da banda por colocar toda a sua técnica com facilidade. Em determinados momentos nos deparamos com o próprio Metal extremo encarnado nas veias dos alemães que suportam toda a carga e mantém o tanque de guerra na direção certa sempre. “Sangre meu subconsciente / O exílio é iminente / Reina meus pensamentos / O exílio é iminente” – o exílio do guerreiro que se opôs ao que era espalhado aos quatro cantos do planisfério existente, e que para isso precisava colocar o seu subconsciente à tona, à frente do seu antes importante consciente que hoje não passa apenas de uma mera miragem que permeia á volta de todo ser que se deixa levar por falsas verdades nos manuscritos doentios e cobertos de ganância e fome de controle da liberdade de quem não deseja ser guiado por ninguém.

Sinos badalando ao fundo… Chuva densa… Guitarras nitidamente entristecidas e carregadas de melancolia com tudo isso somado ao mais puro ódio aos malditos vendilhões do templo. A canção se arrasta de tal forma prontamente contrapondo seus pares antecessores e dando aquele ar característico do Black Metal, não tão primitivo por manter seus arquétipos nos mesmos moldes apresentados antes. “Churches Without Saints”, como o próprio nome diz é um dos hinos construídos pelos germânicos para exaltar a liberdade que vem a ser a tradução deste título. Não poderia ser outra faixa a carregar o nome do disco, pois esta sim tem a vantagem de intimidar logo de cara todo aquele que é cercado de ritos e dizeres sem sentido que só prejudicam a si mesmo. Apóstolos de ninguém, caídos na fé, santos de escravos, igrejas sem Santos, alta manipulação de ódio, mentirosos que seguem por ti esperando… Vai cair nessa? São escolhas, atributos e habilidades dispostos a te guiar, a te prender e a te amaldiçoar. Se isso é bom para você, não corra o risco de machucar mais ninguém. A escolha é sua, mas saiba que… “Churches Without Saints”.

   

…a sabedoria permanente de ídolos desconhecidos, estritamente escravizados e não abusado por ninguém. Os Reinos do pó, enfraquecidos para sofrer, junto aos senhores da repulsa. Que haja mente poderosa o suficiente para resistir às tentações e curar os insanos.

Passos de salto alto se aproxima e têm início mais um massacre!… “Hellputa” é claramente uma jura à completa luxúria. “Perversão sem fim – Desejo total / Desejo de luxúria – Prazeres da carne / Medo de afeto – Apenas adoração / Traga-me o céu – Alegria sem fim” – peguei a parte mais atrativa da letra para não ser jogado desfiladeiro abaixo sem concluir toda a história que começa soltando a cavalaria para uma invasão completa de todo o seu território que entra em chamas num piscar de olhos vermelhos. Reverência, adoração, culto ao perverso e solos de Infernal que se enquadram nesse ritmo de encaixe profundo e pura profanação contornada pela danação que invade a sua mente e o transforma naquilo que você mais se amedrontava. Faixa completamente Thrash/Black que termina com aqueles “sons” característicos de um belo rito voltado ao coito. “Sadistic Salvation” se apresenta naquele estilo com Sataniac em plenos pulmões vociferando os primeiros versos de mais um hino errante que ecoa por toda a extensão fora da existência carnal. “Tempos de glória perdidos / Mudado por esta fé furiosa / Viciado em adrenalina / Visões extáticas foderam meu cérebro” – pegando mais um trecho da parte lírica para mostrar a indignação que esta passa ao contar seus devaneios mundanos e as vastas e comuns enganações de sempre. A falsa fé que não te leva a nada de útil e aos contos absorvidos que se tornam punitivos com o passar dos anos. O aprendiz segue a sua jornada sendo forçado a encarar essa luta de frente e sem sequer pensar em descanso. Voando nas asas das trevas você acaba por ser estuprado por demônios bem conhecidos onde a devoção dominada na obediência aumenta e traz consigo diversas doenças amaldiçoadas e abençoadas para te iludir e te derrubar de vez. O portão voltado para uma absurda danação conduz a trama para a única saída que vem a ser uma salvação sádica. E se não bastante todo esse sacrifício, a canção por si só é ainda mais intensa e extrema que quase todas as outras que já anotamos aqui. Em certo momento os faróis do comboio da morte se apagam e a canção segue de forma mais cadenciada, porém, em várias passagens a bateria de Hont se mantém em grande velocidade e peso. E, de repente, o teto desaba e tudo volta ao ponto mais devastador e empolgante para todos os asseclas da desolação presentes.

Muito anos 80 essa abertura de “Armed Architects Of Annihilation (In Clarity For Total Death)”, com riffs mais puxados para o Thrash, mas sem perder nada de suas principais características. O baixo de Odin lembra o que o baixo de Tom Angelripper do Sodom costuma fazer, através de muito peso e uma marcação impecável na canção. Se você não gosta de Black Metal irá gostar do disco e se somente gostar de Thrash também irá curtir. Afinal, se trata do glorioso Desaster! “Receptivo a sugestões / Como você sabe que existe? / Intuitivamente óbvio” – No começo havia apenas escuridão em meio às trevas sem forma e profundo vazio. São os arquitetos armados da aniquilação que carregam a chama que detém clareza até a morte plena. Para muitos ouvintes, este pode ser o melhor do disco e se disserem isso não estarão errados e, por isso, são os arquitetos armados da aniquilação em clareza para a morte total. Com certeza, se ouvir essa faixa de novo, vai sentir vontade de bater palmas antes do momento para entrar no mosh e exorcizar os seus demônios. A obscuridade primordial não apresenta nenhuma redenção para ser encontrada, não possui visão, e segue sem esperança, sem eternidade, num completo vazio coberto de crimes e castigos por toda a eternidade fracassada que só enxerga a doença se contrapor a um furacão de tolos que invade o cenário como uma praga que envenena as águas e se infiltra nas entranhas do destino que se torna cada vez mais abstrato e irracional. Esse é o recado de “Primordial Obscurity”, que por sua vez, retoma a dianteira do bom e velho Black/Thrash Metal supremo sem oferecer clemência a nenhum infeliz e reles mortal. Os vocais de Sataniac transparecem bastante vigor e sede de sangue, sintomas característicos de um cantor que está vibrando com seu próprio trabalho. Infernal com sua criatividade ímpar conduz o seu time para mais uma vitória satânica e de goleada como manda o script com seu parceiro de cordas, Odin, conduzindo o seu cavernoso baixo para a obscura e magnânima glória.

“Endless Awakening” official single

De modo mais intimista, através de um violão, começa mais uma canção.“Endless Awakening” é o segundo single lançado pela banda e ao aposentar a viola, mostra a que veio, preparando o ouvinte para mais um resultado triunfal. Será? Os primeiros riffs indicam que sim e lembram bastante a sonoridade dos discos “Satan’s Soldiers Syndicate” (2007) e “The Arts Of Destruction” (2012). O bombardeio musical mostra o passeio de singularidade diante de uma cortina de eventos que resultam numa construção equivocada de tudo. O divino permanece perdido e a catástrofe só aumenta com o passar das eras. “Violando o multiverso, sai para zero / Tomado por todos, pronto para nenhum / Escravizado pelo horizonte / Sinta a necessidade de passar.” O fim completamente … é perfeito e joga no centro de tudo a aura negra do Black Metal que explode tudo à sua volta e fixa na mente de cada um que se prestar a ouvir tal façanha contida neste álbum novo. Sabendo que a herança permanece nua das cinzas, as cinzas são o único consolo da vida, sendo assim, “Aus Asche” se mostra disposta a mostrar para o bravo combatente o real significado da vida e o quão ébrios são aqueles que tentam a todo custo esconder a verdadeira essência e início de tudo. O fim é o início, pois a destruição vem antes da criação. Sussurrada no seu idioma local, a canção possui uma veia Dark em seu percurso, e o cheiro de incenso que acenderam na praça nesse momento combinam com o horário da análise desse novo material oferecido pelos soldados infernais alemães. Um final digno para uma obra tão brilhante mesmo sendo contrária à luz. Contrária à falsa luz, melhor dizendo. “Betrunken nur nach Masse strebend / Verwundert nur dem Scheine dienend / Degeneriert in Angst entmündigt / In Asche liegt der Start begründet.”

   

Mais uma vez o antidivino comemora por mais um trabalho amplamente digno dos alemães do Desaster. A banda soube explorar cada ritual de maneira bastante concentrada e livre ao mesmo tempo. A banda vive um grande momento que vem desde o último disco, fincando os doze pés no mármore da glória satânica como a principal banda da subvertente híbrida que conhecemos por Black/Thrash Metal. Há quem possa dizer que este posto pertence a alguma outra banda, mas como hoje o dono do nanquim sou eu, então os lances de penas de ganso sou eu quem escolho como fazer. O álbum em si soa como uma continuação de seu irmão anterior, porém, com mais pitadas lúgubres que até flertam com temas obscuros oitentistas dos quais aprecio bastante. Isso tornou o álbum ainda mais único e anos-luz longe de se parecer com seus pares. É bem verdade que Infernal, durante algumas entrevistas de divulgação do novo trabalho citou o clássico álbum “Tyrants Of The Netherworld” (2000) como uma de suas principais fontes de inspiração, e é mais claro ainda por poder notar a presença de vários elementos desse disco histórico contidos neste novo pergaminho da maldade impetuosa. Sobre os integrantes, Markus “Infernal” Kuschke está cada vez mais afiado quanto aos seus arranjos, solos e composições; Volker Moritz não carrega a alcunha de “Odin” à toa, pois seu baixo até imita uma trombeta conforme foi citado em nossa viagem que acompanhou o treinamento de um bravo guerreiro das trevas; Guido “Sataniac” Wissmann prova a cada lançamento ser peça fundamental da banda, seja através de um gutural mais grave, seja de modo rasgado e cuspido como uma criatura que faz jus ao seu pseudônimo, e também seja através de seus risos e dizeres que enfeitam a obra e a tornam ainda mais maquiavélica; Marco Hontheim, ou simplesmente “Hont” para os mais íntimos, se mostrou tão eficiente ao demostrar muita garra, e, sobretudo muita técnica, além do próprio feeling, que não foi sentida a falta do também grande baterista e meu chará Stefan Hüskens, vulgo “Tormentor”, e que está no comando da bateria do glorioso Asphyx. O que posso dizer nestes minutos finais da leitura é que esse é um dos melhores álbuns da década que mal iniciou, mas que certamente figurará sempre entre os melhores trabalhos desde então. Longa vida ao supremo Desaster e que possam retornar ao Brasil em breve quando a poeira sangrenta baixar.

“Enslaved and obliterated
Embrace your emptiness
All hope will fall your visions fade
As death takes the abstract
Pure damnation, final fall
Pest cadaver, rotten soul
Bleed for holy nothingness
Best for poisoned hearts”

Nota: 9,4

Integrantes:

  • Infernal (guitarra)
  • Odin (baixo)
  •    
  • Sataniac (vocal)
  • Hont (bateria)

Faixas:

  • 1. The Grace of Sin
  •    
  • 2. Learn To Love The Void
  • 3. Failing Trinity
  • 4. Exile Is Imminent
  • 5. Churches Without Saints
  • 6. Hellputa
  •    
  • 7. Sadistic Salvation
  • 8. Armed Architects Of Annihilation (In Clarity For Total Death)
  • 9. Primordial Obscurity
  • 10. Endless Awakening
  • 11. Aus Asche
  •    

Redigido por: Stephan Giuliano

   
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