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Resenha: Blackslash – “No Steel No Future” (2022)

Quase quatro anos após o lançamento de “Lightning Strikes Again”, a banda alemã de Heavy Metal, Blackslash, lançará no próximo dia 11 de março, pelo selo Iron Shield Records, seu quarto full lenght, “No Steel No Future”.

   

Embora a sonoridade do quinteto teutônico tenha como principal referência o Heavy tradicional 80’s, podem ser notadas outras influências, como o Hard Rock, também da década de oitenta, e seus conterrâneos do Scorpions, principalmente, na construção das guitarras de Christian Haas e Daniel Hölderle, nos riffs e em grande parte dos solos.

O vocal de Clemens Haas é agradável, lembrando o timbre de Jon Bon Jovi em muitos momentos, porém completamente adaptado a música do Blackslash. O baixista Alec Trojan e o baterista David Hofmeier formam uma cozinha que dá sustentação a sua música. Todas essas características supracitadas recebem uma importante adição da personalidade própria que o grupo impõe a suas composições.

Reprodução / Facebook / Blackslash

Singles

No dia 12 de junho de 2020, foram adiantadas duas canções do registro atual, “Gladiators Of Rock”, sétima faixa e “The Power”, terceira música do disco.

A primeira citada, Heavy tradicional simples, direto, melódico e envolvente. Belo cartão de visitas para o que virá adiante. Por outro lado, “The Power” é uma das minhas favoritas desse trabalho. É cadenciada com um riff pegajoso.

   

Imaginem Bon Jovi cantando, elegantemente, Heavy Metal de primeira qualidade. Imaginaram? É exatamente isso que encontram aqui. Além do maravilhoso solo de Christian Haas.

Esses dois singles, muito bem escolhidos, não representam tudo o que há de melhor em “No Steel NoFuture”, mas são aperitivos para todos os bons elementos que serão disfrutados.

Apresentados os singles, vamos às demais canções?

A belíssima “Queen Of The Night” abre o track list. Ela igualmente está entre as minhas favoritas. Estrofe e refrão são pegajosos e um convite a cantar junto. A parte instrumental é impecável, tanto em termo musicais, quanto na parte de produção. Evidencio o fantástico timbre metalizado de Trojan.

Em seguida, temos “Midnight Fire”, que é uma pitada menos melódica e mais agressiva que sua antecessora, porém não menos qualificada. A já citada “The Power” fecha a primeira trinca do disco com méritos.

Divulgação / Blackslash / Clemens Haas

“Under The Spell” talvez seja a música que melhor explique a referência em Scorpions, a qual já foi citada. Na introdução, é como se eu estivesse ouvindo alguma faixa do “Animal Magnetism”, porém com uma pegada mais voltada ao Heavy.

   

Isso é algo simples de compreender, pois se o Scorpions influenciou bandas no mundo inteiro, imagina na Alemanha. A canção título tem um riff matador, sendo também mais acelerada. Novamente destaco o timbre do baixo, a voz de Clemens e o absurdo solo de guitarra de Christian.

Heavy Metal a la NWOBHM

A produção da mesma forma caprichou no som de cada peça da bateria. Isso conta muito para mim, me deixando feliz quando acontece. “Hammertime” abre com um solo de guitarra que remete a Uli Roth, impressionante e de arrepiar até os fios de cabelo, porém, pouco tempo depois, a composição se converte em Heavy Metal a la NWOBHM, usando aquela receita infalível.

Preciso dizer que adorei? Acho que é desnecessário mencionar, pois todos já compreenderam.

Reprodução / Facebook / Blackslash

Como já falei de “Gladiators Of Rock” anteriormente, vamos direto a trinca final. “One For The Road”, que introduz com o som de uma lata de cerveja sendo aberta, é talvez a música mais Hard’N’Heavy do disco, com direito a mais um solo de guitarra devastador.

Bombers, a qual inicia com um riff mais a la “Judas/Maiden”, mantém a qualidade altíssima das criações da obra no instrumental e na parte cantada, talvez, sendo ela a possuidora do refrão mais contagioso de “No Steel No Future”, embora os refrãos sejam todos de simples assimilação.

   

Ato final

Assim sendo, fica difícil cravar uma escolha. Enfim, o quarto capítulo musical completo da história do Blackslash fecha com “Demons Of Life”, mantendo o Heavy proposto desde o início do registro, fazendo do simples, a palavra de ordem, porém sem abrir mão da qualidade técnica e da excelente produção de estúdio.

Aprovado a e indicado, portanto, aos admirados de Heavy Metal e Hard Rock, 70’s e 80’s.

Nota 8,8

Integrantes:

  • Clemens Haas (vocal)
  • David Hofmeier (bateria)
  •    
  • Alec Trojan (baixo)
  • Christian Haas (guitarra)
  • Daniel Hölderle (guitarra)

Faixas:

  • 1.Queen Of The Night
  •    
  • 2.Midnight Fire
  • 3.The Power
  • 4.Under The Spell
  • 5.No Steel No Future
  • 6.Hammertime
  •    
  • 7.Gladiators Of Rock
  • 8.One For The Road
  • 9.Bombers
  • 10.Demons Of Life
   

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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