Aviso prévio: salientamos que os discos e bandas mencionados no nosso quarteto fantástico estão, acima de tudo, relacionados ao gosto pessoal do autor. Ou seja, os registros referidos aqui escolhidos são, dentro de critérios subjetivos, PERFEITOS!
Introduzindo Quarteto Fantástico
A difícil missão ao escolher um trabalho de uma determinada banda começa quando muitas vezes o referido álbum “não é o auge” do artista, principalmente, na opinião de críticos ou da chamada mídia especializada.
Porém, como fãs somos levados pela emoção com a qual o disco nos toca, em especial, quando ele foi a porta de entrada que nos levou de encontro ao Heavy Metal em si, ou de um gênero/subgênero musical em particular.
Há casos onde o referido disco é o grande responsável por nosso mergulho na discografia da banda, bem como o responsável por nos fazer mergulhar em um gênero musical em particular, seja ele Heavy, Hard, Black, Death, Thrash, etc.
Acredito que cada um de nós tem um “disco predileto” guardado a sete chaves em nossas coleções, ou mesmo em nossa memória, uma vez que por algum motivo fomos obrigados a se desfazer de nosso bem precioso em algum momento de insanidade, carregando consigo a grande culpa até os dias atuais (eu que o diga).
Disto isto, é hora de mergulhar no nosso novo quadro intitulado “Quarteto Fantástico”, onde na visão do autor, os discos apresentados são na verdade o auge, o ápice e o grande momento musical da(s) referida(s) banda(s).
Observação: discordar e/ou argumentar negativamente sobre os trabalhos aqui citados é na verdade perda de tempo, uma vez que nenhum argumento será capaz de mudar ou tirar o méritos destas quatro pérolas musicais, escolhidas por motivos óbvios.
Dimmu Borgir: “Enthrone Darkness Triumphant” (1997).
Após os lançamentos de “For All Tid” e “Stormbläst”, em 1995 e 1996, respectivamente, os noruegueses do Dimmu Borgir, na época composto por Silenoz (guitarras, backing vocals), Shagrath (vocais principais), Stian Aarstad (teclados), Nagash (baixo) e Tjodalv (bateria), mostraram ao mundo seu poder de fogo com o magnífico “Enthrone Darkness Triumphant”, terceiro registro de sua longa carreira, e em minha humilde opinião, o melhor e perfeito registro de sua discografia.
Desde a abertura com “Mourning Palace”, faixa que se transformaria em um dos hinos do Black Metal e, evidentemente, da banda, até o encerramento com “A Succubus In Rapture”, uma musicalidade macabra, densa, sombria, perturbadora, assim como pesada e agressiva, nos envolve.
Mais que um disco do chamado Symphonic Black Metal, ele tornou-se uma das das grandes referências e influências do “novo” Black Metal, lançado no final dos anos 90, quando o Heavy Metal viveu uma de suas piores fases, tendo inclusive sua morte decretada (tsc).
Felizmente, bandas como Dimmu Borgir mostraram que havia um equívoco enorme por parte de alguns. Desse modo, a morte que decretaram do Heavy Metal ainda terá que esperar por longos anos.
Veredicto: uma palavra que define todo o conteúdo musical e espetacular que envolve “Enthrone Darkness Triumphant”. PERFEITO!
Resultados positivos/Ascensão
Em 2005, o disco despontou na 298ª posição do “The 500 Greatest Rock & Metal Albums Of All Time” da revista Rock Hard. Já em 2020, a revista Metal Hammer elegeu o disco como um dos “20 Melhores Álbuns de Heavy Metal lançados em 1997”.
Em 2021, a mesma publicação elegeu “Enthrone Darkness Triumphant” como o 7º Melhor Álbum de Metal Sinfônico de todos os tempos.
Posições de Destaque
Alemanha: 764ª posição
Finlândia: 25ª posição
Paradise Lost: “Draconian Times” (1995)
Após quatro discos excepcionais editados entre 1990 a 1993, os ingleses do Paradise Lost lançaram em junho de 1995, sua obra prima musical intitulada “Draconian Times”.
Trata-se do quinto registro do quinteto, composto na época por: Nick Holmes (vocais), Aaron Aedy (guitarras), Greg Mackintosh (guitarras), Steve Edmondsson (baixo) e Lee Morris (bateria). Esse line-up apresentou aos fãs um dos maiores e melhores registros do chamado Gothic/Doom Metal.
Mais que um novo disco na carreira da banda, “Draconian Times” apresenta um equilíbrio musical ao apresentar em suas 12 faixas inéditas a sonoridade que mescla o lado pesado, sombrio, denso e arrastado de seus trabalhos anteriores, aliado aos riffs mais “Heavy Metal” de sua nova fase, agora, com uma produção primorosa, porém sem perder sua essência e sua fórmula que permaneceram intactas.
Desde a abertura com “Enchantment” até o encerramento com “Jaded”, mergulhamos em um trabalho primoroso de uma banda que certamente serviu (e serve) de referência e influência para novos nomes dos estilos supracitados.
Resultados positivos/Ascensão
O tiro certeiro com “Draconian Times” garantiu ao Pardise Lost números expressivos de vendas, além de posições importantes em charts ao redor do mundo. Dentre elas, a 16a posição na UK Albums, em sua terra natal.
Não obstante, o disco ainda despontaria em paises como Alemanha (15a), Austria (21a), Bélgica (24a), Finlândia (24a), Holanda (46a), Suécia (16a) e Suíca (20a).
Clipes na MTV
Ainda sobre o sucesso de vendas, “Draconian Times” garantiu para a banda dois videoclipes rolando na programação “rocker” da antiga MTV. Aliás, na época um dos melhores véiculos para a música pesada.
Foram eles: “Last Time” e “Forever Failure”. Este último contendo um trecho de fala de Charles Manson, assassino americano que liderou a seita conhecida como “A Familia Manson” na segunda metade dos anos 60.
Apesar de não ter um videoclipe oficial, “Jaded” ganhou anos depois um vídeo feito por fãs muito bem feito e perfeitamente editado/produzido.
Veredicto: uma palavra que define todo o conteúdo musical espetacular que envolve “Draconian Times”. PERFEITO!
Queensryche: “Operation Mindcrime” (1991)
Após o lançamento do EP auto intitulado, seguido de “The Warning”, álbum oficial de estreia e depois “Rage For Order”, editados respectivamente em 1984 e 1986, o Queensrÿche, banda americana de Heavy/Progressive Metal mostrava ao mundo “Operation Mindcrime”, terceiro registro de sua carreira e indiscutivelmente um dos grandes trabalhos atemporais e grandiosos de todos os tempos.
A história envolvendo o disco
Conceitual e lançado em maio de 1988, o terceiro disco do quinteto, que na época contava com Geoff Tate (vocais), Chris DeGarmo (Guitarras), Michael Wilton (guitarras), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bateria), narra a história de Nikki, um viciado em drogas tomado pela desilusão com a sociedade moderna corrupta de sua época. Ele passa a se envolver com um grupo pós revolução cuja missão é assassinar líderes políticos.
Resultados Positivos/Ascensão
Aclamado e bem recebido por fãs e críticos, o disco elevou o nome do quinteto ao estrelato. Não somente isso, mas também o consideraram como uma das maiores Rock Óperas já lançadas, ao lado de discos como “The Dark Side Of the Moon”, do Pink Floyd, e “Quadrophenia” do The Who.
Sucesso comercial/vendas
Os números positivos em vendagens elevaram o nome da banda aos quatro cantos do mundo. Além disso, ocorreu a ascensão nos charts de países como Alemanha (4ª posição), Bélgica (111ª pósição), Canadá (75ª), Holanda (29ª), Finlândia (13ª, Japão (64ª), Suécia (25ª), Suiça (21ª) e Reino Unido (58ª).
O sucesso de “Eyes Of stranger” e “I Don’t Believe In Love”, singles do álbum cujos clipes rolaram exaustivamente na MTV, levaram a banda ao disco de platina pelas vendagens superiores a 1 milhão de cópias apenas nos Estados Unidos (na época). Não obstante, o disco ainda mergulhou de cabeça na US Billboard 200, onde atingiu a 5ª posição.
Em 1990, a música “I Don’t Believe In love” recebeu indicação ao Grammy na categoria “Melhor Performance de Metal”. Em 1989, a revista Kerrang colocou o disco na 34ª posição na lista de “100 melhores álbuns de Heavy metal de todos os tempos”.
Participação especial
O disco ainda traz a participação da cantora e compositora americana Pamela Moore na faixa “Suite Sister Mary”, interpretando a personagem Sister Mary. Em alguns shows da turnê de divulgação bem como no VHS lançado na época, Pamela deixou sua marca ao dividir o palco com a banda.
Veredicto: uma palavra que define todo o conteúdo musical, e espetacular que envolve “Operation Mindcrime”. PERFEITO!
Pretty Maids: “Future World” (1987)
Após os lançamento de “Pretty Maids”, EP homônimo, seguido do primeiro full lenght, “Red, Hot and Heavy”, editados em 1983 e 1984, respectivamente, os dinamarqueses do Pretty Maids lançariam em 1987, “Future World”, terceiro e espetacular álbum de sua longa carreira e, certamente, um dos grandes registro do quinteto. O line up trazia na época: Ronnie Atkins (vocais), Ken Hammer (guitarras), Allan Delong (Baixo), Phil Moorhead (bateria) e Alan Owens (teclados).
Recepção e produção
Bem recebido por fãs e críticos, o disco abriu as portas do estrelato para a banda. Como resultado, a mesma vendeu na época aproximadamente 300 mil cópias em todo o mundo.
Antecipando o álbum, os singles “Future World” e “Love Games” mostraram aos fãs que o grupo apresentaria um dos discos mais fortes da época.
A princípio, o disco seria produzido por Eddie Kramer. Porém, segundo o guitarrista Ken Hammer, Kramer foi demitido por “tirar um leve cochilo” durante as mixagens. Com sua demissão, a nova missão fora transferida para Chris Isca. Ele foi creditado como co-produtor, ao lado de Flemming Rasmunssen, responsável por trabalhos de nomes como Morbid Angel, Rainbow e Metallica. Além de Kevin Elson, responsável por trabalhos ao lado das bandas como Journey, Mr. Big e Europe.
Resultados positivos e Ascensão
Numa época onde a internet não existia e plataforma de streaming era algo impensável, o Pretty Maids conseguiu elevar seu nome através de sua música e, claro, através de um trabalho magistral como “Future World”, que, certamente, é uma das portas de entrada para grupos futuros de Hard Rock e Melodic Hard Rock.
Desde sua abertura com “Future World”, faixa que batiza o disco, até o encerramento com a excepcional “Long Way To Go”, somos envolvidos em melodias grudentas, refrãos grandiosos, e uma banda que atingiu seu ápice ao lançar um dos melhores discos de Hard/Heavy de todos os tempos, atingindo inclusive a 165ª posição da Billboard americana.
Arte e participações
Além de sua musicalidade, o disco ainda conta com uma das mais belas artes gráficas de todos os tempos, criadas através das mãos do extraordinário Joe Petagno, responsável por trabalhos ao lado de nomes como Motorhead, Pink Floyd, Led Zeppelin, e outros.
Como a “cereja do bolo”, o registro ainda conta com as participações especiais de Graham Bonnet, além do cantor e compositor americano Phillip Hart.
Veredicto: uma palavra que define todo o conteúdo musical, e espetacular que envolve “Future World”. PERFEITO!
Quanta banda boa essa Hein????!!!!! Já passei por tanta dificuldade na minha vida e infelizmente me desfiz de muita coisa boa de antigamente…principalmente alguns vinis do Paradise Lost e Iron Maiden que eu tive que vender, saudades daquela época!!!! Difícil dizer qual a melhor banda, estilo ou música…essa é a vedade, fato que conhecimento é o que adquirimos com o tempo depois dessa vida sonora do Rock em todas a suas vertentes!!!! A arte, conceito e letras se mesclam tornando-se toda uma obra musical…independente do estilo que seja, valeu!!!!